Na volta de Ganso à Vila Belmiro, Jadson prevê São Paulo melhor

O São Paulo gastou R$ 17 milhões em setembro do ano passado para, junto com o Grupo DIS, tirar Paulo Henrique Ganso do Santos. A temporada acabou, o “ano do Ganso” chegou, mas quem ganha cada vez mais espaço é o camisa 10 Jadson, que vive seu melhor momento no clube. Neste domingo, na volta de Ganso à Vila Belmiro, o São Paulo encara o Santos, às 17h, no primeiro clássico válido pelo Paulistão

Na última sexta-feira, Ney Franco anunciou que Ganso será titular contra o ex-clube no jogo deste domingo. Segundo o técnico, que não divulgou o resto da escalação, o time será composto por “Ganso e mais dez” – para Jadson, que espera boa parceria com o companheiro, Ganso e mais o 10.

– Fiquei sabendo que ele vai jogar, mas ainda está em aberto. O Ney ainda vai falar o que ele decidiu, vai fazer um trabalho tático e vai falar como vai armar o time. Se jogarmos juntos, acho que o time pode ganhar muito em campo e esperamos poder formar uma grande dupla no meio de campo – disse o camisa 10, ao L!Net.

Ao contratar Ganso antes mesmo do fim do ano passado, diretoria e comissão técnica do São Paulo sempre avaliaram que o meia era um reforço para 2013. Neste ano, na estreia do Paulista, ele atuou como titular ao lado de Jadson, mas foi sacado para as partidas decisivas contra o Bolívar (BOL), pela primeira fase da Libertadores. Agora, deverá ter sequência de três jogos – Santos, Ponte Preta e Guarani – entre os 11 para lutar pela titularidade antes da volta à Libertadores, dia 13, contra o Atlético-MG.

Na única vez em que Jadson e Ganso atuaram juntos como titulares, contra o Mirassol, o camisa 10 sofreu. Ney Franco tenta manter o esquema no 4-2-3-1, que fez sucesso no ano passado, mas ainda depende de um substituto para Lucas na ponta direita. Na ocasião, Jadson foi deslocado para a direita e não apareceu bem, e Ganso atuou centralizado. No decorrer da mesma partida, Ganso foi sacado e Jadson passou ao centro – mudança que resultou em gol e melhora do camisa 10.

Na pré-temporada em Cotia, Ney Franco chegou a testar três diferentes esquemas táticos. Jadson sempre deixou claro que não é um ponta, mas disse que o técnico poderia contar com ele. Hoje, com as ótimas atuações no início de ano (três gols e três assistências), ficou difícil de tirar o camisa 10.

Jadson quer aproveitar fase para marcar primeiro gol em clássicos

Desde que chegou ao São Paulo, Jadson disputou nove clássicos e ainda não conseguir marcar o seu gol. Em alta, ele espera acabar com a seca o quanto antes:

– Já que estou vivendo um bom momento, se eu conseguir fazer um gol fico muito feliz, estou precisando marcar em um clássico. É sempre importante, todo grande jogador faz gols em clássicos. Minha primeira função é articular jogadas e servir os atacantes, mas é sempre bom poder deixar um golzinho também. Se pintar um gol, ainda mais com uma vitória do São Paulo, seria perfeito.

A chance mais próxima que o camisa 10 teve para marcar aconteceu no Majestoso do ano passado, pelo Campeonato Paulista, quando ele desperdiçou um pênalti na derrota por 1 a 0, no estádio do Pacaembu. Este clássico diante do Corinthians foi o primeiro de Jadson pelo São Paulo.

Bate-bola: Jadson, em entrevista ao L!Net: ‘Título me deu mais moral e confiança para seguir’

L!: Contra o Santos, você com a 10 de um lado, Montillo com a 10 de outro. Além deles, Ganso, Luis Fabiano, Neymar… Grande jogo?
Jadson: Tem tudo para ser, os dois elencos são muito qualificados. O Santos tem Neymar, Montillo, Arouca… O São Paulo com Ganso, Osvaldo, Luis Fabiano, eu também em um bom momento… Acho que tem tudo para ser nota 10, com certeza. Vou dar meu melhor para que pelo lado do São Paulo seja.

L!: Você será parceiro de Ganso em campo. Como é a relação com ele no dia a dia do clube?
J: Ele é bem tranquilo, é mais na dele, mas sempre participa das rodas de conversas e brincadeiras. É um cara super humilde e se dá bem com todos. O grupo o acolheu muito bem para deixá-lo e ajudá-lo a desenvolver um bom futebol.

L!: Na pré-temporada, você disse que queria superar neste ano os números de 2012. Hoje, já tem bons números, em apenas três jogos…
J: No ano passado demorei um pouco para engrenar, mas nesse ano já fiz três gols, dei três assistências e tenho tudo para superar 2012. Espero que seja um grande ano para mim e para o São Paulo. Fico feliz com esse começo de temporada e se Deus quiser vou melhorar cada vez mais para ajudar o São Paulo. Trabalho e empenho nunca vão faltar.

L!: Espera que esse seja o grande ano de sua carreira? Quais são as metas?
J: Estou trabalhando para isso, para fazer boas partidas, conquistar cada vez mais a torcida e levantar títulos. A campanha na Sul-Americana foi muito boa, e o título me deu mais moral e confiança para seguir. Espero que esse ano seja um excelente ano, tanto para mim, quanto para o São Paulo.

L!: O Tricolor não vence na Vila desde 2009. Incomoda ou isso nem entra em campo? Com o Ney, o time ainda está invicto em clássicos…
J: O tabu incomoda um pouco, não tem como dizer que não, mas dentro de campo, nos noventa minutos da partida, é complicado ficar pensando nessas coisas. Isso é mais para antes do jogo, para motivar ainda mais. Todo jogador entra em campo pensando em vencer, principalmente num clássico, e faremos de tudo para conseguir a vitória.
Fonte: Lance

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