Com exceção de Rodrigo Caio, candidatíssimo a ser o próximo a deixar o São Paulo, o time titular da derrota por 3 a 2 para o Santos era composto inteiramente por jogadores com pouquíssimas atuações pelo clube. A formação titular, escalada por Pintado, tinha dois estreantes, um atleta disputando a segunda partida, outro na quarta, e o “veterano” era Júnior Tavares, de 20 anos, promovido das categorias de base há seis meses.
Mais utilizado do ano, o lateral-esquerdo chegou a 36 jogos pelo Tricolor, mesmo número de Renan Ribeiro, goleiro há quatro anos no clube, mas que apenas agora se firma na posição.
NÚMERO DE JOGOS DOS TITULARES DO SAN-SÃO (com o clássico incluído)
- Arboleda e Gómez: 1
- Petros: 2
- Denilson: 4
- Marcinho: 12
- Pratto: 25
- Jucilei: 26
- Buffarini: 35
- Renan Ribeiro e Júnior Tavares: 36
- Rodrigo Caio: 229
Também entre os titulares do último domingo, apenas Rodrigo Caio e Renan Ribeiro são contratados do São Paulo há mais de um ano. Todos os outros nove chegaram de agosto de 2016 em diante.
A estatística, fruto das intermináveis mudanças de elenco promovidas pela diretoria, ajuda a justificar o desentrosamento escancarado em momentos importantes do clássico, em problemas de cobertura na marcação ou na frágil articulação ofensiva.
Rodrigo Caio é o recordista em jogos pelo clube, tem 229. Mas está na mira do Zenit, e na última sexta-feira os russos informaram que pagariam a multa rescisória de 18 milhões de euros (R$ 67 milhões). O São Paulo não quer e nem admite negociar outro valor, mas se isso acontecer, ficará de mãos atadas e terá que aceitar a saída do zagueiro.
Em sua entrevista de apresentação, Dorival Júnior falou em estancar entradas e saídas de jogadores. Em resumo, ele não quer mais negociações. Deseja manter o grupo pelo maior tempo possível para dar aos atletas tranquilidade e confiança. A situação é delicada. O São Paulo é penúltimo colocado no Campeonato Brasileiro. Na próxima quinta-feira, enfrentará o Atlético-GO, lanterna, no Morumbi.
Fonte: Globo Esporte