Nesta quinta-feira, Edgardo Bauza se despede do São Paulo após o confronto com o Atlético-MG, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Morumbi. Apesar das atenções ainda voltadas para o treinador que assumirá a seleção argentina, o foco dos dirigentes do clube já está no mercado, em busca de um novo técnico para tomar a frente do elenco tricolor para a sequência da temporada. E apesar da cúpula são-paulina pregar cautela e mistério quando abordada sobre o assunto, a tendência é de que o profissional escolhido seja brasileiro dessa vez.

Os nomes mais cotados são Abel Braga e Fernando Diniz. O primeiro é visto como um ‘medalhão’ no país. Atualmente desempregado e com histórico de sucesso por Internacional, Fluminense, além dos Emirados Árabes. Para muitos, sua contratação adiantaria o processo de aceitação do elenco, por Abelão ser um técnico considerado “cascudo”, como se diz no meio do futebol, e teria como benefícios o fato dele já conhecer o futebol brasileiro e a maioria dos atletas do São Paulo.

Já Fernando Diniz seria mais uma aposta. Seu trabalho na campanha que levou o Osasco Audax ao vice-campeonato Paulista no primeiro semestre encantou o presidente Leco. Há o temor em cima de seu nome por Diniz nunca ter dirigido um time de massa, mas, é ponto pacífico que há uma pré-disposição favorável dentro do São Paulo quando seu nome é citado.

Como era de se esperar, o nome de Vanderlei Luxemburgo sequer é comentado no Morumbi. O estilo ‘manager’ do treinador nunca agradou o São Paulo e, ao que tudo indica, não será desta vez que a postura mudará.

Com poucas opções, os nomes de treinadores estrangeiros não estão descartados. O problema é a falta de tempo que este profissional teria para se ambientar, conhecer seus atletas, se adaptar ao clube e entender o futebol brasileiro. Fosse início de ano, talvez um “gringo” tivesse a preferência. Mas, depois de Juan Carlos Osório e Patón Bauza, o caminho segue aberto no Tricolor. Facundo Sava, técnico do Racing, da Argentina, tem seu nome comentado nos bastidores, mas, por enquanto, não se sabe de nenhuma aproximação oficial.

“Há uma pluralidade de perfis. É uma resposta abstrata, mas internamente estamos em um processo de filtragem. Todo trabalho tem as premissas que pautaram a nossa condução nesse primeiro semestre. Se não foram vitoriosas, nos levaram ao bom caminho. Desde o início, temos direcionado nossas decisões para atender as vontades da torcida, o que não quer dizer que nossas decisões seriam as que a torcida tomaria democraticamente, mas são baseadas em atendê-la”, explicou o diretor-executivo Gustavo Vieira de Oliveira, abusando do vocabulário para fugir de qualquer direcionamento à imprensa.

Fonte: Gazeta  Esportiva