Maior pontuador do NBB, Shamell chega ao SP para tentar título inédito

Na última sexta-feira, o São Paulo apresentou oficialmente sua equipe de basquete para disputar o NBB pela primeira vez. O clube, que conquistou vaga na elite do esporte nacional após adquirir a franquia que pertencia ao Joinville na última temporada, investiu forte para logo de cara competir para conquistar todos os títulos possíveis. Para isso, contratou nomes de peso, como o ala Shamell Stallworth, um dos maiores nomes da história da competição e que agora que transmitir sua experiência defendendo as cores são-paulinas.

Aos 38 anos, o norte-americano com quase 15 temporadas no Brasil, estará em quadra na estreia do Tricolor no Campeonato Paulista, às 20h,  diante do Basquete Osasco no Ginásio Geodésico. Será a primeira competição oficial do time comandado por Cláudio Mortari em 2019/2020. O NBB, título que Shamell jamais conquistou, tem início somente em outubro, mas o norte-americano já está de olho no que virá pela frente nos próximos meses.

– Quando você pega um projeto montado desde janeiro, acho que está no caminho certo. Estamos trabalhando para isso, para disputar todos os títulos, não vai ser fácil, o mercado está muito movimentado, várias equipes se reforçando. A gente vai disputar o Paulista, primeira vez que vai disputar o NBB, e assim a gente vai caminhando. Vamos fazer o máximo, se não der, vamos continuar trabalhando, com a minha experiência, eu sei que as coisas nem sempre são como a gente quer, mas estamos entrando forte para disputar os campeonatos – falou o ala ao LANCE! na última sexta-feira.

Shamell esteve na apresentação do time, em evento realizado na sala de imprensa do estádio do Morumbi, e foi um dos mais requisitados para conversar com a imprensa. Não é à toa, pois se trata do maior cestinha da história do NBB, competição em que está desde o início, na temporada 2008/2009, quando defendia o Limeira. Depois ficou cinco edições no Pinheiros e mais cinco no Mogi das Cruzes, onde disputou sua primeira final, em 2017/2018. Foi o seu último clube antes de chegar ao São Paulo.

– Está bem legal, todo ano está entrando time novo, agora tem uma liga de desenvolvimento, para os meninos com menos de 20 anos, acho que tudo está crescendo, o investimento está melhorando. Não é fácil, ainda fico um pouquinho triste, porque alguns clubes duram um ano, se no ano seguinte não tem dinheiro. Acho que essa parte ainda tem que melhorar, a cada ano tem sido mais organizado, que é o que a gente quer, não só para competir com as ligas da América do Sul, mas com a Europa, nos últimos dois ou três anos equipes brasileiras ganharam a Liga das Américas, foram lá competir com a Euroliga, fez uns bons jogos, faz pré-temporada na NBA, está evoluindo – analisou antes de completar com um receio:

– O maior medo é se um dia parar, mas todo ano você tem que buscar as novidades. Você sabe, normalmente o brasileiro tem medo de novidade, mas a gente tem que aceitar as novidades, igual se um técnico americano vier aqui, fizer um trabalho. Está mudando, tem que mudar, tem que andar para frente, está no caminho certo.

Depois de todo esse histórico em território brasileiro, sempre como um dos melhores jogadores do NBB e referência nas equipes que joga, Shammell topou participar de um projeto novo como o do São Paulo com dois objetivos em mente: conquistar seu inédito título da competição e fazer história em clube gigante. A receita para isso ele tem: continuar trabalhando.

– Nas últimas duas ou três equipes que eu joguei, eu consegui fazer história, eu gosto muito de fazer história. Eu estou trabalhando muito para ser campeão do NBB, não é fácil, no ano passado, depois de dez anos, foi a primeira vez que eu cheguei na final, só mostra o quanto é duro, mas eu sou trabalhador. Nada na minha vida foi fácil, do mesmo jeito que trabalhei no começo da minha carreira, continua sendo assim, estar em clube como o São Paulo, você quer trazer as alegrias para eles, porque você faz parte da criação desse basquete, e eu quero representar. Eu sempre converso com o Mortari sobre deixar o nome na história, sendo campeão aqui, campeão Paulista ou Brasileiro, você deixa sua marca naquele clube, aí eu gosto disso, depois eu encerro a carreira, mais uns dois anos, sendo campeão do NBB, aí eu serei mais feliz ainda, mas eu vou continuar trabalhando para isso.

Com sua experiência, Shamell acredita que o São Paulo tem feito tudo certo para disputar os títulos em alto nível já nesta temporada. Para ele, a montagem do time, e toda a estrutura oferecida aos jogadores são exemplos que podem deixar o torcedor otimista para os resultados do Tricolor tanto no NBB quanto no Campeonato Paulista, que tem início nesta quarta-feira.

– Acho que o time foi montado da melhor maneira que poderia ser feita, claro que temos jogadores mais novos, mas temos vários deles que jogam bem. Você pega o Holloway, que jogava na Argentina, e já foi MVP do NBB, o Jones, que fez uma bela campanha na Liga Ouro, tem o Kurtz, o Jefferson, que já foi campeão do NBB, tem o Renan, que está em uma fase boa da carreira, e tem os jovens, o Georginho, que já rodou, já foi para os EUA, acho que está bem montado, mas é claro que a gente aceita mais jogadores, sempre. Nosso foco é ganhar, um clube grande como o São Paulo sabe fazer as coisas certas, muito organizado, desde que eu cheguei aqui, me trataram com carinho, não tenho o que reclamar, tudo será resolvido sem problemas, essas coisas os jogadores gostam, quando entramos na quadra, só focamos no basquete, e o São Paulo está fazendo isso – concluiu.

O São Paulo enfrenta nesta quarta-feira, às 20h, o Basquete Osasco, no Ginásio Geodésico, na cidade de Osasco. Além deles, o Grupo A do Campeonato Paulista tem ainda Franca, Pinheiros, Mogi, América e Liga Sorocabana de Basquete. No próximo sábado o Tricolor enfrenta o Mogi, também fora de casa. O primeiro jogo como mandante será no dia 8, contra o Pinheiros.

 

Fonte: Lance

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