Lugano diz que camisa levou Tricolor à semi da Libertadores: “Pesa muito”

O São Paulo é o único brasileiro entre os quatro semifinalistas da Copa Libertadores da América. Em comparação aos rivais Corinthians e Palmeiras, foi o que menos investiu em contratações para a disputa da competição. No entanto, a tradição sobrepôs a falta de recursos e amparado em sua história na competição o clube está a quatro jogos do tetracampeonato, segundo o zagueiro Diego Lugano.

O Tricolor estreou mal na Libertadores ao sofrer a vexatória derrota por 1 a 0 diante do The Strongest, em fevereiro, em pleno Pacaembu. Depois, empatou em 1 a 1 com o River Plate e Trujillanos-VEN, terminando o primeiro turno da fase de grupos em situação delicada.

“Depois que perdeu para o The Strongest, falei que o São Paulo iria se estabilizar na Copa e à medida que vai passando, vai ficando forte. Porque é um time de camisa, de tradição, força, como foi o Boca, que quase caiu na primeira fase. A gente mais experiente sabe disso e passa para os garotos, porque a nossa história é assim. Mas estamos perto da glória e vamos atrás disso, que é a coisa mais linda que o jogador pode ter”, contou o uruguaio em entrevista coletiva concedida na última sexta-feira.

A volta por cima do time comandado por Edgardo Bauza começou com a acachapante vitória por 6 a 0 frente à equipe venezuelana, no Morumbi, em jogo com quatro gols de Jonathan Calleri, protagonista do triunfo por 2 a 1 na partida seguinte diante dos argentinos do River, também no estádio são-paulino. A classificação às oitavas de final, no entanto, seria sacramentada de maneira dramática em La Paz, na Bolívia. O Tricolor buscou o empate por 1 a 1 e o manteve até o final com o zagueiro Maicon no gol, substituindo o expulso Denis.

“A tradição foi o que trouxe o São Paulo até a semifinal da Libertadores, principalmente quando todo mundo falou que o time estava fora na primeira fase. Essa camisa pesa muito”, bradou o jogador de 35 anos, campeão da Libertadores com o time paulista em 2005.

Nas oitavas, a equipe brasileira praticamente liquidou o Toluca-MEX no jogo de ida, no Morumbi, onde os mandantes fizeram 4 a 0 sem dificuldades. O revés por 3 a 1 no México não evitou a vaga na fase seguinte. Nas quartas de final, dois jogos eletrizantes com o Atlético-MG: triunfo por 1 a 0, em casa, e derrota por 2 a 1, no Independência, resultados que classificaram o Tricolor pelo critério do gol fora de casa.

O próximo adversário do único clube brasileiro remanescente no torneio continental será o Atlético Nacional-COL, equipe de melhor campanha na fase de grupos. Os duelos estão marcados para os dias 6 e 13 de julho, em São Paulo e Medellín, respectivamente. O vencedor desse confronto enfrentará na decisão o Boca Juniors ou o Independiente del Valle-EQU.

“Mesmo com o time bom do Atlético Nacional-COL, ninguém na América vai falar que eles são favoritos. Se você perguntar para qualquer um, todo mundo vai falar que a disputa será equilibrada, talvez contra outro time eles seriam favoritos. Ninguém no Brasil se arrisca em deixar o São Paulo fora antes do jogo”, concluiu Lugano.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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