Lucas estava no gramado do Gillette Stadium quando o São Paulo anunciou a demissão de Paulo Autuori e, momentos depois, a contratação de Muricy Ramalho. Ídolo da torcida tricolor, o atacante do PSG (FRA) e da Seleção Brasileira ficou sabendo da notícia pela reportagem do LANCE!Net. Ao ressaltar a tristeza com a atual situação do clube, ele disse não saber se o certo era trocar de comando.

– Fico muito triste com essa situação. O São Paulo é um clube que vai sempre estar no meu coração. Se estou aqui na Seleção, devo muito ao São Paulo, foi o clube que me revelou para o futebol. Estou sempre acompanhando e torcendo. É uma fase ruim que todo time grande passa. Mas o clube tem estrutura, elenco, dá as condições para o jogador desenvolver o seu futebol e acredito que vá sair dessa situação. Um novo treinador motiva muito o jogador, todo mundo quer brigar pelo espaço. Não sei se era o momento certo de trocar o treinador, mas a gente sabe que futebol é assim, feito de resultados. Infelizmente, não saiu dessa situação, mas isso vai mudar – disse o jogador, ao L!Net, em evento da Gillette.

No Brasileirão, o São Paulo corre sério risco de ser rebaixado para a Série B em 2014. Em 19 rodadas, a equipe somou apenas 18 pontos. No segundo turno, terá de fazer campanha acima da média para escapar da situação.

Mesmo após se transferir para o clube francês no fim do ano passado, Lucas ainda tem uma forte identificação com o Tricolor. Em julho, enquanto estava de férias, ele esteve no Morumbi para acompanhar a final da Recopa Sul-Americana entre São Paulo e Corinthians. O rival levou a melhor e muitos são-paulinos brincaram que ele deveria ter entrado em campo.

Até os dias de hoje, ele mantém contato com jogadores do atual elenco.

– Tenho muitos amigos lá, sempre converso com o Wellington, com o Rogério (Ceni)… É difícil explicar o que acontece. Não é por falta de entrega, todo mundo luta bastante. O principal obstáculo do São Paulo é a parte psicológica, todo mundo entra com aquela pressão, que tem de ganhar de qualquer jeito, senão aumenta a pressão, senão continua na zona de rebaixamento. Isso atrapalha o time e não deixa o jogador fazer o melhor que pode. Qualidade existe e é questão de conseguir uma vitória para reencontrar o caminho das conquistas – analisou o jogador.

Espaço no clube e na Seleção

Nos últimos tempos, Lucas tem convivido com o banco de reservas no PSG (FRA) e na Seleção Brasileira. Com a Amarelinha, inclusive, ele deixou de ser a primeira opção de banco durante a Copa das Confederações, quando Felipão começou a apostar mais em Bernard. O meia do Shakhtar Donetsk (UCR) foi titular contra a Austrália, no último sábado.

Lucas garante que seguirá batalhando para fazer parte da lista dos 23 convocados para a Copa de 2014. Nesta segunda, Felipão garantiu que o goleiro Julio Cesar fará parte do grupo do Mundial.

– Nenhum jogador tem lugar cativo. O Julio é um goleiro experiente, tem uma passagem bonita pela Seleção, está com pé lá. Os outros têm de provar a cada dia. Não adianta se acomodar porque fomos campeões da Copa das Confederações. Vou fazer isso no PSG e, quando estiver na Seleção, vou procurar conquistar a confiança do Felipão a cada dia – disse.