Kaká quer jogar e reestreia pode ser em palco de céu, e rival de inferno

Goiânia, Estádio Serra Dourada. Estreia. A combinação é especial na carreira de Kaká e ressurge agora no São Paulo. Quis o destino que, 12 anos depois, o meia tivesse a possibilidade de voltar a jogar pelo clube justamente na mesma cidade e palco em que debutou pela Seleção Brasileira.

Domingo, o Tricolor enfrenta o Goiás no Serra, pelo Campeonato Brasileiro. A reestreia ainda não está confirmada, mas aumentou consideravelmente a possibilidade de ela acontecer no domingo. O camisa 8 vem treinando bem – como nesta terça-feira – e já disse que quer estar em campo. O time precisa se reabilitar. A torcida quer ver “aquele” Kaká. Cheiro de nostalgia…

No dia 31 de janeiro de 2002, um franzino Kaká, com 20 anos, é chamado por Felipão e entra no lugar de Juninho Paulista, aos 21 minutos do segundo tempo. O Brasil já vencia a frágil Bolívia por 4 a 0. Kaká passou em branco e teve participação discreta no amistoso. Mas o 6 a 0 marcou o início da trajetória do meia com a Amarelinha, que culminou no pentacampeonato no Japão. Goiânia, então, entrou para a história dele.

A cidade também reaproxima Kaká de sua origem. O meia nasceu no Gama, região do Distrito Federal, localizada a cerca de 150 quilômetros da capital goiana. São boas lembranças. De Goiânia. Do Goiás, não.

O Esmeraldino tornou-se uma verdadeira pedra no sapato do craque durante pouco mais de dois anos no profissional do São Paulo. Foram duas ocasiões para esquecer, antes da saída conturbada para o Milan.

A eliminação nas quartas de final da Copa do Brasil, em 2003, inclusive, deu início aos protestos da torcida pedindo sua cabeça. Kaká sairia meses depois, para ser melhor jogador do mundo, em 2007, e se consagrar.

Sem ele, o São Paulo seguiu com o jejum de nunca ter vencido a competição. Em contrapartida, ganhou três Brasileiros, uma Libertadores, um Mundial. Kaká volta com a missão de recolocar o clube no caminho dessas taças, mas o tempo é curto. São seis meses de contrato.

Até por isso, a estreia em Goiânia ganha força. Caso contrário, deve ser no dia 2, contra o Criciúma, no Morumbi. É o desejo do presidente Carlos Miguel Aidar. Já o de Kaká…

PELA SELEÇÃO EM GOIÂNIA

Brasil 6×0 Bolívia – 31/1/2002 – Amistoso
A partida serviu para Felipão testar jogadores para a Copa e Kaká começou ganhar espaço. Já era titular absoluto do São Paulo e entrou no segundo tempo. Recebeu um cartão amarelo. A Seleção teve maioria de reservas do penta. O time formou com: Dida, Juan, Ânderson Polga e Cris; Belletti (Kleber), Gilberto Silva, Kleberson (Esquerdinha), Juninho Paulista (Kaká) e Paulo César; Edilson (Marques) e Luizão (Washington). Cris, Gilberto Silva (2), Kleberson, Washington e Polga marcaram.

JAKÁ CONTRA O GOIÁS

Eliminação
Empates em 0 a 0, na ida, no Serra Dourada, e 1 a 1, no Morumbi, eliminaram o São Paulo da Copa do Brasil 2003. Kaká foi mal nos dois jogos e torcida não perdoou.

Expulsão
Um mês depois, equipes voltaram a se enfrentar e Kaká teve outro triste episódio. Foi expulso pela segunda e última vez com a camisa do São Paulo – até então, só tinha recebido vermelho num clássico contra o Santos. Dois meses depois, deixou o clube rumo à Itália.


Fonte: Lance

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