Juvenal fica no meio da guerra entre Rogério Ceni e Adalberto Baptista

A crise está instalada. Dentro de campo, o São Paulo perdeu o rumo. A equipe não ganha um jogo desde o dia 29 de maio. Os principais jogadores seguem falhando, e nem a mudança na comissão técnica (saiu Ney Franco e entrou Paulo Autuori) melhorou as coisas. Fora de campo, os problemas são ainda maiores. Falastrão e centralizador, o presidente Juvenal Juvêncio tem nas mãos um grande pepino para resolver: a guerra fria entre o goleiro Rogério Ceni e o diretor de futebol, Adalberto Baptista.

O capitão são-paulino não esconde de ninguém que não gosta do homem forte do futebol tricolor. A amigos, disse que o clube está largado e não vê perspectiva de melhora, justamente naquele que deve ser o seu último ano como atleta profissional. Para Ceni, foi um grande erro contratar Ney Franco depois de demitir Emerson Leão – outro, aliás, de seus desafetos. Ney Franco foi bancado por Adalberto Baptista que lutou, até o último instante, para evitar a demissão do treinador.

Após a derrota para o Bahia, na última semana, o goleiro ficou furioso e avisou que daria entrevista coletiva. Sua intenção era “colocar a boca no trombone”, ou seja, falar tudo que está errado no clube. A assessoria de imprensa entrou em ação e, alegando um misterioso problema no microfone, cancelou a entrevista. Após o tropeço diante do Corinthians, no entanto, não teve jeito. O goleiro veio a público e bateu forte. Disse que o São Paulo parou no tempo, enquanto os adversários continuaram crescendo. E que, para melhorar a situação, será preciso recomeçar o trabalho do zero, apesar de o clube já estar no meio da temporada.

Adalberto Baptista, por sua vez, não perdeu a oportunidade de dar uma estocada no goleiro. Na última quinta-feira, durante a rápida entrevista coletiva que concedeu no CT da Barra Funda, o dirigente, além de rebater a acusação feita por Ceni, disse que o goleiro falou de cabeça quente porque está prestes a se aposentar e segue cometendo algumas falhas. Na mesma coletiva, no entanto, não rebateu as frases fortes ditas por Luis Fabiano, reforço contratado por ele.

– Eu gosto de analisar as manifestações quando são feitas de cabeça mais fria. Todos sabem que ele (Rogério) está em vias de se aposentar e que gostaria de terminar o ano com algum título. Todos sabem que ele tem uma lesão e que ainda sente dores no pé. Isso ainda o dificulta em seu ponto forte, que são as jogadas com o pé, a reposição de bola, todos veem que ele está com essa deficiência, inclusive pela dor no pé. Então acho que a gente precisa analisar as coisas mais friamente, sem emoção e no calor da derrota para um rival – afirmou.

Adalberto Baptista vive uma situação curiosa no Tricolor. Odiado pela torcida e criticado por muita gente de dentro do clube, segue trabalhando com total liberdade, já que continua prestigiado por Juvenal Juvêncio. O presidente, porém, terá de se posicionar nessa disputa – ou fica do lado do goleiro e grande ídolo atual ou dá ainda mais status ao dirigente. No meio desse problema, está Paulo Autuori que, além de treinador, ataca de bombeiro para acalmar os ânimos de todos os lados.

 

Fonte: Globo Esporte

9 comentários em “Juvenal fica no meio da guerra entre Rogério Ceni e Adalberto Baptista

  1. Que dureza, nem o Rogério Ceni aguenta mais os desmandos e amadorismo dos assessores de JJ, o pior de tudo isso que vamos perder no mínimo de 2 a 3 anos só o SPFC voltar há se tornar um postulante com chances reais de ganhar títulos.

    Conselho para 2013: Evitar rebaixamento e se possível conquistar uma vaga na Copa do Brasil.

  2. JJ do lado do M1TO?
    Balela… O playboy, FDP e incompetente só fez essa declaração porque o patrão mandou. Ele é boneco de ventrículo do JJ. Não tem competência para nada, muito menos para dar uma declaração dessa natureza. Todos sabem que pela cabeça dele, ele só fala e faz merda. Sem dizer que é um.
    Por isso o patrão mandou alguém fazer o trabalho sujo. Nada melhor que alguém que já está mais do que sujo para isso.
    Tudo isso porque a declaração do Rogério soou no Morumbi como discurso do MAC. Hoje, tudo que é relacionado ao MAC é execrado dentro do clube mesmo que por acaso venha do maior ídolo do clube.
    Para uma diretoria que ignora até hoje as maiores conquistas do clube, como os dois Mundiais e Libertadores dos anos 90 porque foram obtidas pela oposição, e conseguiu em 1990 mandar o time para segunda divisão do Paulista, manchar a imagem do M1TO é ‘café pequeno’ para eles.

    • Discordo na questão da segunda divisão. Veja o regulamento do campeonato e verá que isso é matéria plantada desde que o Corinthians caiu somente pra tirar o foco da queda deles.

      De resto concordo com o que disse, desde o início o Adalberto sempre foi o cara que criticava a postura de jogadores e porque agora não seria diferente. Já está tão queimado na praça que nem é mais cogitado para assumir a presidência em 2014. Ainda bem, um incompetente a menos.

      • O tal grupo II ou módulo amarelo que jogamos em 1991 era, sem dúvida, uma espécie de segunda divisão.
        Foi ‘inventado’ para diminuir os clubes da inchada primeira divisão do paulistinha. Como consolo para quem ficasse nesse grupo, Farah, então presidente da FPF, definiu que os dois primeiros desse grupo jogariam as finais do Paulista contra os dois primeiros do grupo verde (onde estavam os clubes grandes). Era uma chance dos clubes pequenos chegarem as finais contra os grandes e uma artimanha para abafar uma revolta pela diminuição do número de clubes na primeira divisão (e perder aliados). Ah, e jamais deveriam chamá-lo de “segunda divisão”.
        Só que ninguém esperava que nenhum grande fosse parar nesse grupo. E o São Paulo de JJ foi. Fez a façanha de conseguir cair para o módulo amarelo com ridícula penúltima pior campanha em 1990.
        Mas a verdade é que o São Paulo não ‘virou’ a mesa em nenhum momento como a imprensa gambá gosta de sugerir. Disputamos honrosamente o módulo amarelo em 1991 e fomos para as finais, como previa o regulamento.
        Chame o módulo amarelo como você quiser, mas a verdade é que conseguimos ficar entre os dois últimos no Paulista de 1990. “Legalmente” não era segunda divisão. “Moralmente” sim.

        • Ver são-paulino falar que houve virada de mesa é triste…Mais triste ainda ao constatar que, diferente dos papagaios que saem por aí repetindo as tolices que ouvem, você parece saber o que realmente aconteceu.
          Não faz o menor sentido aplicar o famigerado contraste entre legalidade e moral nesse caso. No mundo dos esportes, ser “moralmente rebaixado” só pode significar violação do dever de lealdade com o adversário, seria algo como aceitar dinheiro da máfia russa, subornar árbitro, desligar as luzes do estádio, atletas fingindo lesão para encerrar a partida etc. Não vejo nenhum problema “moral” na derrota limpa.
          O clube deu vexame e ficou entre os últimos. Isso já é muito ruim para a história do clube. Não precisa inventar mais.

          • Triste é o maior problema do brasileiro com acesso à informação: o analfabetismo funcional. Lê o que está escrito, não entende e sai por ai opinando com sua parca interpretação.
            Leia mais ou pelo menos direito.

    • Falha minha: fui gentil com um idiota. De quantas formas pode ser interpretada a seguinte frase “e conseguiu em 1990 mandar o time para segunda divisão”? Depende. Se o autor da frase for um covarde que nao sustenta o que diz, inúmeras. E para gerar essas interpretações vale tudo, até inserir bordões idiotas (ilegal x imoral) onde não cabe. 

  3. E com tem razão, RC.

    Vide demais clubes, para não dizer todos, que estão se reforçando, contratando, e o SPFC? Parado, inerte.
    Será que o problema é dinheiro? Duro de entender, já que o clube efetuou um venda muito grande, pegou dinheiro da TV, do patrocinador.
    A folha salarial, se comparada com as de rivais, é baixa, então, para onde está indo este dinheiro? Será que o clube está mergulhado em dívidas, e isso nunca veio a tona?
    Se há dinheiro, então, senhores diretores, porque não contratam? Clube de Futebol, vive de Futebol, FU-TE-BOL, que significa TÍTULOS.
    E time campeão não se faz apenas com garotos mal formados na base (com suas raras exceções), e sim com jogador formado, mesclando experiencia, com juventude/talento.

  4. É óbvio que a razão está do lado do M1to… Aguentar o Leão e logo depois o Ney Fraco é dose para mamute…A terra ficou arrasada e só mesmo começando do zero. Além disso, como agravante, a dupla Juve-Adal continua suas atrapalhadas consumando a contratação de jogadores meia-boca, tipo Caramelo, Roni, Silvinho, Reinaldo…esperar o quê? O M1to não merecia encerrar sua carreira atuando seu último ano num time ridiculamente ruim!!!

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