Jadson sabe e admite que seu momento não é bom no São Paulo. Mas o camisa 10, que nesta quarta-feira, contra o Atlético Nacional (COL), terá uma chance entre os titulares pela suspensão de Ganso, não concorda que ele seja o culpado por ter perdido espaço no clube.

– Acho que não foi culpa minha, não. Porque todas as vezes que eu entrei, eu me dediquei ao máximo, sempre tentei dar o meu melhor. Teve jogos que eu saí exausto de campo, muitas vezes por correr muito, correr dobrado e marcando. Coisas que em outras equipes eu não era acostumado a fazer. Mas, para ajudar os companheiros e a equipe, eu sempre corri dobrado. Acho que não foi culpa minha não. Estou com a consciência tranquila. Mas futebol é assim. Por causa das derrotas que tivemos sempre acaba pesando para um lado e acabou pesando para o meu – declarou, ao LANCE!Net.

Quando chegou, Muricy Ramalho deixou claro que queria armar o meio de campo com os dois meias juntos. Fez isso nas primeiras partidas, mas o time só deslanchou quando Jadson foi sacado para Douglas exercer função mais defensiva pelo lado direito.

O camisa 10 não marca um gol desde maio e quer voltar a ter participações diretas nas jogadas decisivas da equipe. Assim como Luis Fabiano, ele entende que uma grande atuação, com assistência e bola na rede, pode fazer com que Muricy Ramalho e a torcida são-paulina voltem a depositar confiança nele.

Seleção, gols, assistências… Todas as metas pessoais traçadas antes ficaram em segundo plano. O objetivo para esta reta final de temporada é apenas um e pode começar a ser alcançado diante dos colombianos:

– Meu pensamento é voltar para a equipe titular do São Paulo. Para você ser lembrado pela Seleção, você tem de estar bem no seu clube. Hoje o meu momento não é bom, estou na reserva do São Paulo. Tenho consciência disso e vou dar o melhor para voltar para a equipe titular. Quero conseguir isso neste fim de ano. Ano que vem penso na Seleção e nas minhas metas.

Confira um bate-bola com o camisa 10 são-paulino:

O que você está achando do futebol do Ganso nos últimos jogos?
O Ganso está jogando muito bem. Ele é um jogador de qualidade, todos sabem disso, está vivendo um grande momento. O time está bem encaixado, mas vou brigar pelo meu espaço e tenho uma nova chance de mostrar o meu futebol.

Você não tem sido decisivo nos jogos. Concorda que para a sua posição é fundamental participar dos lances capitais das partidas?
Acho que sim. Eu sou meia e o último passe tem que sair do meu pé para os atacantes marcarem os gols. E também quando tiver uma chance de finalizar para fazer um gol tenho de aproveitar porque essas chances não são muitas. Então acho que o meia tem de estar sempre participando dos momentos decisivos.

Por você ter sido contratado pelo Adalberto Baptista, acredita que pode sofrer algum tipo de represália interna por questões políticas?
Eu não tinha pensado dessa forma. Acho que quando um jogador é contratado, não é só o diretor que tem a palavra, passa pelo presidente e comissão técnica. Acho que todos têm de dar o aval e por isso que fui contratado aqui no São Paulo. Todo mundo sabe que tem política no futebol, mas acho que nessa ocasião não tem nada a ver não.

Muricy conversa com você?
Muricy é um cara que fala mais com a equipe que está jogando. Quando vou para a equipe titular, ele sempre fala bastante. Ele é quieto, não é muito de conversar.

Fonte: Lance