Goleiro reserva do São Paulo já foi nadador, tenista e até lutador de MMA

Renan Ribeiro, 25 anos, é goleiro do São Paulo e, como tal, candidato a suceder Rogério Ceni quando o Mito encerrar a carreira no fim deste ano. No entanto, o jovem natural de Ribeiro Preto, interior de São Paulo, hoje poderia ser um nadador, tenista, lutador de MMA…

A natação surgiu antes mesmo do futebol e poderia ser o meio de vida de Ribeiro até hoje, não fosse pela intervenção da família. O goleiro conta que não tinha outra vocação a não ser um esportista e nadar era mais do que isso, era questão de sobrevivência.

– Não sei como eu estaria hoje. Mas se estou aqui foi porque Deus me proporcionou a situação. A natação urgiu na minha vida porque eu tinha bronquite e falavam que era bom para curar. Fui ganhando incentivo de clubes de Ribeirão Preto que viam minha academia e falavam que eu tinha tudo para dar certo. Recebi até patrocínios. Fui gostando, me dedicando… Só comecei futebol com dez anos e, mesmo quando já tinha clube por lá para jogar, continuei nadando por causa da bronquite. E, em nome de Jesus, não tenho mais essa coisa. Competia entre clubes na cidade, aí valia coxinha, pão de queijo (risos) – revelou o goleiro, em entrevista ao LANCE!.

A vida de “poliesportista” não foi abandonada com o futebol. Mesmo porque Renan Ribeiro precisou suprir a ausência da bola, já que ficou quase um período afastado do Atlético-MG, seu ex-clube. O goleiro tinha assinado um pré-contrato com o São Paulo seis meses antes de vencer seu vínculo com o Galo, em 2013, e por isso o clube mineiro resolveu encostá-lo. Ele treinava em horários alternativos do grupo profissional, às vezes às 6h da manhã. Aí surgiu a luta…

– Gosto muito de UFC, já fiz judô e muay thai. Nesse período em que fiquei no Atlético afastado do futebol, fazia muito essas lutas. Sempre gostei. Se pudesse fazer os dois juntos, faria, mas envolve muito contato, não tem como. É um outro tipo de arte que admiro muito. Talvez atrapalhasse no futebol. Pratiquei judô, muay thai, jiu jitsu… Fiz de tudo um pouco. Judô parei na faixa amarela. Jiu jitsu não fui muito a fundo, mas no MMA aprendi de tudo – disse Renan.

E ainda tinha o tênis.

– Gosto de jogar, mas hoje em dia é muito difícil. Em Minas jogava mais, Não sou muito bom, mas conseguia passar a bola para o outro lado pelo menos. Começou a gerar dor no punho também, então preferi deixar um pouco de lado – declarou o poliesportista.

Renan só não tem tanta intimidade com o pebolim. Em visita à redação do LANCE!, o goleiro, em dupla com seu assessor, foi derrotado pelos repórteres por 5 a 3. Melhor seguir no futebol…

Confira abaixo um bate-papo com Renan sobre suas práticas como atleta:

Quando você virou jogadoor mesmo?
Quando você está em sua cidade, você leva na brincadeira, tem os pais. Quando saí de casa com 13 anos, passei a primeira semana longe, pensei: “Agora sou eu aqui sozinho”. Quando eu saí, tinha outras opções. Podia ir para Minas Gerais, podia vir para o Juventus aqui em São Paulo… Uns amigos foram para BH e pensei: ‘Seja o que Deus quiser”. Comecei aquela rotina do futebol e vi que não tinha como escapar, que era o que eu queria. Fui ficando e tudo deu certo.

E quando decidiu ser goleiro?
Foi com dez anos que virei goleiro. Eu era volante. Um dia faltou um goleiro para um torneio de clubes da cidade e o maior ia para o gol. Era o maior e fui para o gol. E fui ficando. Tinha qualidade de volante, só fui por ser o maior. Falei: “Vou, né”. Nunca fui muito entendedor da posição de volante (risos), mas era dedicado. Vontade eu tinha. Não sei como seria se eu tivesse continuado.

Porque pratica outros esportes além do futebol?
Falou que é esporte estou indo. Gosto muito da adrenalida de me superar no dia a dia. E todas essa modalidades cobram isso, cobram perfeição e aprendizado. E eu gosto muito de aprender.

Fonte: Lance

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*