Garotos e “desacreditados” atropelam e viram estrelas improváveis em finais

A disputa dos Estaduais deste ano reservou aos finalistas dos principais torneios uma particularidade: a da transformação de jogadores que começaram o ano com pouco prestígio – ou até mesmo eram pouco conhecidos – e chegam à decisão como peças fundamentais de Corinthians, São Paulo, Flamengo, Vasco, Atlético-MG e Cruzeiro. Internacional e Grêmio também tiveram jogadores que se revelaram ao longo da competição, mas eles não ganharam a importância vista nos outros clubes.

O caso mais emblemático é o da final do Campeonato Paulista. De um lado, um São Paulo repleto de jogadores que no começo do ano quase ninguém apostaria que chegassem a uma final com tamanho destaque. Do outro, um Corinthians que tem como principal artilheiro Gustagol, que em sua primeira passagem foi um fiasco.

No jogo que abre a decisão, neste domingo, no Morumbi, o time titular do São Paulo terá as presenças certas de Luan e Antony, sendo que Igor Gomes e Everton Felipe, caso não iniciem o jogo, ao menos se transformaram em opções imediatas para Cuca. Em contrapartida, nomes como Jucilei, Nenê e Diego Souza, fundamentais em 2018, perderam prestígio, sendo que o atacante inclusive deixou o clube.

Luan, por exemplo, chegou a ter oportunidades no último ano, mas longe da regularidade que ganhou com Vagner Mancini. Ao voltar do Sul-Americano Sub-20, o volante conquistou espaço e deixou o antes titularíssimo Jucilei no banco. Tem ao lado no meio-campo Liziero, que confirmou a ascensão do último ano e hoje também tem lugar cativo no time.

Completando a boa fase dos meninos de Cotia, Igor Gomes foi integrado ao elenco após o Sul-Americano Sub-20 e brilhou nas quartas de final contra o Ituano, marcando os dois gols no Morumbi. Virou titular, assim como Antony, atacante que se destacou na conquista da Copa São Paulo deste ano, pulou degraus e tem sido o principal jogador do time nas últimas partidas. Aos 19 anos.

Everton Felipe, por sua vez, teve um primeiro ano sem destaque no São Paulo e começou 2019, para muitos, como carta fora do baralho. Passou a ser utilizado com frequência por Vagner Mancini, jogou de titular e inicia a final valorizado, embora sem o protagonismo dos garotos de Cotia.

Pelo lado do Corinthians, Gustagol voltou credenciado pela excelente campanha na Série B com o Fortaleza, mas ainda sob desconfiança da torcida pela primeira passagem frustrada em 2016. Mesmo com a concorrência de Boselli e Vagner Love, agarrou a titularidade e só não participou de 4 jogos por lesão. Marcou oito gols em 18 partidas oficiais no ano, deu duas assistências e inicia a decisão como principal esperança de gol corintiana.

Clayson hoje não tem o mesmo protagonismo de Gustagol, mas o Paulista não deixa de ser uma redenção a ele. Esteve próximo de ir para o Atlético-MG e terminou 2018 criticado pela torcida, mas ganhou atenção especial de Carille. Com sequência, brilhou nas quartas de final contra a Ferroviária a na primeira semifinal contra o Santos, virando peça fundamental para a decisão.

Quem também mudou de status em três meses foi o lateral esquerdo Danilo Avelar. Autor de gols decisivos e mostrando regularidade, o jogador passou de contestado a preocupação para o clube, mas por causa do fim do empréstimo na metade do ano. O técnico Fabio Carille pediu e o presidente Andrés Sanchez já trabalha pela compra em definitivo do jogador junto ao Torino.

Ascensões no Vasco

Um chegou quase despercebido, emprestado pela Chapecoense. Outro ainda não passava de uma promessa ao liderar o Vasco até a final da Copa São Paulo. Hoje, o volante Lucas Mineiro e o atacante Tiago Reis chegam à decisão do Campeonato Carioca contra o Flamengo como nomes inquestionáveis da torcida.

Com vínculo com a Chapecoense, Lucas Mineiro jogou emprestado para a Ponte Preta no último ano. Chegou sem pompa e virou titular absoluto de Alberto Valentim. O volante de 23 anos ainda se destacou ao marcar gols decisivos tanto no Carioca como na Copa do Brasil.

Já Tiago Reis teve um início de ano avassalador na Copa São Paulo, com nove gols. No time principal, estreou aos 19 anos no começo de março, na vitória contra o Boavista pela Copa Rio. Desde então, ganhou espaço com a lesão de Maxi Lopes ao marcar quatro gols em sete jogos. Pode até iniciar a final no banco, mas tem grandes chances de ser utilizado por longo tempo durante os jogos finais.

Do outro lado, o Flamengo tem sido montado pelo técnico Abel Braga sem grandes surpresas, com prioridade a jogadores estrelados que compõem o elenco. Mas a firmação de Rodrigo Caio na zaga do time titular merece destaque. Embora o Flamengo tenha pago R$ 22 milhões em sua contratação, o zagueiro chegou sob desconfiança depois de lesão e um 2018 de poucas oportunidades no São Paulo. Hoje tem atuado com segurança e é titular absoluto.

Fonte: Uol

Um comentário em “Garotos e “desacreditados” atropelam e viram estrelas improváveis em finais

  1. ATENÇÃO JOGADORES : VOCÊS JOGAM EM UM TIME GIGANTE QUE PODE TUDO ,FOCO E INTELIGENCIA PARA JOGAR OS 180 MINUTOS .

    ESQUEÇAM ESSA COISA DE TER GANHAR DE TODO JEITO NO MORUMBI , O QUE VOCÊS PRECISAM PARA SER CAMPEÕES É SER MAIS FRIO E MAIS FOCADOS NOS 180 MINUTOS

    O GIGANTE VAI ACORDAR

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