Flamengo é espelho para São Paulo sair da pressão: ‘Futebol é resultado’

O volante Hudson é um dos líderes do elenco do São Paulo e, após empate em 1 a 1 com o Corinthians em meados de julho, chegou a dizer que o time havia aprendido a jogar e que dificilmente seria derrotado pelos rivais. De lá para cá, no entanto, o Tricolor amargou mais três tropeços – cinco seguidos na temporada – e agora busca inspiração para se recuperar.

Na 11ª colocação do Campeonato Brasileiro com apenas 23 pontos, a equipe treinou nesta sexta-feira pela primeira vez sem a presença de Edgardo Bauza, apresentado na mesma hora pela seleção da Argentina. Os trabalhos no CT da Barra Funda ficaram sob responsabilidade do interino André Jardine, que comandava a equipe sub-20 do clube paulista.

– Teve uma breve conversa, mais uma apresentação, e o Jardine mostrou que vai se doar ao máximo para a gente crescer junto. Ele é muito vitorioso na base e vamos trabalhar juntos. Claro que ter um interino não é um cenário ideal, mas os jogadores já conversaram para que alguns erros não voltem a acontecer e os resultados venham para diminuir a pressão – afirmou Hudson.

O marcador admite que o cenário não anda nada favorável aos são-paulinos e lembra que apenas o retorno das vitórias no Brasileirão retomará a paz no Morumbi. É com essa visão que ele deixa subjetiva a opinião de que perfil de técnico precisa ser buscado pela diretoria e mantém uma esperança de que até mesmo com Jardine será possível reagir.

– O André a gente já conhece o trabalho dele, vira e mexe vem treinar aqui e tem uma certa liberdade com a gente. Isso facilita, ele nos conhece. Tem o Pintado, o René (Weber, coordenador técnico), pessoas que vão facilitar essa transição. Tende a dar certo, porque já é vitorioso na base. Futebol é movido a resultados. O menino assumiu o Flamengo, os resultados vieram e ele se firmou. Se nos adaptarmos ao André para fazer o trabalho e os resultados chegarem, ele pode ficar – projetou o camisa 25.

O “menino do Flamengo” citado por Hudson é Zé Ricardo, que foi campeão da Copa São Paulo de Juniores neste ano e promovido a técnico do profissional depois que Muricy Ramalho deixou o cargo para cuidar de problemas de saúde. Após período como interino, os resultados e o desempenho do Rubro-Negro melhoraram e o time passou a brigar pelo G4 – tem 31 pontos, em sexto lugar.

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Hudson:

Por que o time não vence?
Não vou conseguir especificar. Nesses dois últimos jogos em casa buscamos a vitória o tempo todo, mas os erros custaram a vitória. Precisa de mais atenção e concentração para que esses erros fatais não aconteçam. Eles tornam os jogos muito mais difíceis, ainda mais no Brasileirão. Temos que ter mais atenção e mais tranquilidade na hora de fazer os gols.

As saídas de jogadores atrapalham?
Saída de jogadores nunca é algo benéfico para a equipe, ainda mais quando era um time já formado. Mas não podemos nos apoiar nessas desculpas. Temos que resolver as coisas em campo.

Técnico estrangeiro teria cenário adverso?
Acredito que não. Futebol é resultado, pode ser qualquer um a chegar e arrumar a casa, se o grupo se adaptar rápido. Não tem uma fórmula exata de que um estrangeiro agora dá errado, ou um brasileiro dá certo. Quem vier, temos que entender rapidamente os pedidos para vencer.

Qual a realidade no Brasileirão?
Não posso pensar em título sem pensar no G4. A Libertadores mostrou que precisamos dar um passo de cada vez. Se entrarmos no G4 e sobrarem rodadas para isso, por que não pensar em título? O São Paulo é grande para isso.

Fonte: Lance

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