Ex-presidente que contestou proposta do Arsenal pede Ceni longe de pênaltis

Paulo Amaral foi presidente do São Paulo entre 2001 e 2002. Sua gestão ficou marcada pelo surgimento de Kaká, pela conquista do torneio Rio-São Paulo e pelo maior atrito da história da carreira do goleiro Rogério Ceni. Em 2001, o ex-presidente contestou a veracidade de uma proposta do Arsenal (ING) por Ceni, levada pelo atleta à diretoria e comprou briga. Na noite desta terça-feira, Amaral reapareceu, disse não querer reviver o episódio, falou que não se arrepende, mas pediu que Ceni se afaste das cobranças de pênaltis.

“Como batedor de pênaltis, não [deveria continuar]. Quando você errou três pênaltis, você está sob pressão para bater o quarto. Essa pressão ficou para ele e depois de três cobranças ele não estava com confiança. É uma responsabilidade muito grande”, afirmou o ex-presidente, em conversa durante evento de lançamento de campanha do candidato à presidência pela oposição, Kalil Rocha Abdalla – aliado de Marco Aurélio Cunha – que ele apoiará.

Na ocasião, em julho de 2001, Ceni levou à diretoria uma proposta do Arsenal, de US$ 4 milhões, por sua contratação. O documento que continha a oferta havia sido apresentado em texto timbrado pela Tango Sports e Marketing, de propriedade de Álvaro Reis Cerdeira, e citava o empresário Arion Bueno Oliveira Júnior como autor da proposta. Oliveira Júnior, depois, disse tratar-se de apenas uma sondagem. Cerdeira, no entanto, manteve que o agente havia enviado uma proposta oficial em nome do clube inglês.

Depois da proposta, Ceni disse que tinha acertado com a diretoria do São Paulo acordo para ter um aumento salarial, e afirmou que isso não estava sendo cumprido. Paulo Amaral contestou a veracidade da proposta e chegou a mostrar um fax que, segundo ele, havia sido enviado por David Dein, então diretor do Arsenal, no qual negava a oferta financeira para contratar o goleiro. Rogério se revoltou, afirmou que Amaral teve tom agressivo nas conversas, o desrespeitou. Ceni ameaçou deixar o São Paulo.

Hoje, Amaral evita falar sobre o desentendimento de 2001: “Quanto ao episódio meu com o Rogério Ceni, é um episódio que pertenceu ao passado. Eu não pretendo revivê-lo. Nunca mais tive contato com ele. Não houve reconciliação porque durante o período entre 2001 e 2002 tivemos uma relação simplesmente profissional”, afirma. Mesmo assim, diz que não se arrepende das decisões tomadas na ocasião. “Absolutamente. Não me arrependo de nada”, completa.

Questionado sobre a veracidade da proposta do Arsenal, à época, Amaral novamente se esquivou. “Já falei, não quero voltar a esse assunto. Não quero, não quero reviver porque é um assunto doloroso que envolve um atleta muito considerado pelo clube”, disse o ex-presidente.

Em 2013, pela segunda vez Rogério Ceni teve um atrito público com a diretoria. Desta vez, com o ex-diretor de futebol Adalberto Baptista, que disse que todos viam que o goleiro vivia má fase com a bola nos pés e, mais tarde, que ele se colocou acima da instituição. Um dia antes Rogério Ceni havia dito que o São Paulo parou no tempo, após ser derrotado pelo rival Corinthians na Recopa Sul-Americana. Paulo Amaral afirma que Adalberto Baptista não cometeu um erro, mas diz não concordar com o ex-diretor de futebol.

 

Fonte: Uol

3 comentários em “Ex-presidente que contestou proposta do Arsenal pede Ceni longe de pênaltis

  1. Pagamos um alto salário para um certo centroavante que deveria chamar essa responsabilidade para si, mas fica bem quietinho como se não fosse com ele….

  2. Esse ex-presidente fez um mandato MEDÍOCRE !!
    Foi GROTESCO em várias situações ,
    com certeza é um nome para se ESQUECER !!
    Quem é mesmo ? rsrsrs

    • É, mas mesmo assim, o Rogério está jogando muito mal com os pés: não só por ter errado vários pênaltis seguidos, bem como, está errando quase todas as saídas de bola.
      Para ele, assim como pra nós, bastaria ele continuar pegando bem no gol. Até tentar alguma falta em lugar determinado, vai lá; mas pênaltis nunca mais. . .

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