Em baixa com Muricy, Jadson tenta renascer na ausência de Ganso

A chegada de Muricy Ramalho e a reação do São Paulo no Campeonato Brasileiro transformaram o ano de Jadson. Para pior. Principal jogador do clube no primeiro semestre, o meio-campista caiu em desgraça nas últimas semanas, perdeu espaço e viuPaulo Henrique Ganso explodir. Mas, nesta quarta-feira, contra o Nacional de Medellín, às 21h50m, no Morumbi, pelas quartas de final da Copa Sul-Americana, o camisa 10 tem a chance de se reerguer.

Com a expulsão do maestro na vitória sobre o Universidad Católica, em Santiago, Jadson será o responsável por criar as jogadas ofensivas do Tricolor, função no qual brilhou nos primeiros meses do ano. Curiosamente, no período em que Ganso ainda alternava boas e más atuações e estava longe de empolgar.

O rendimento do meio-campista desabou desde a convocação para a disputa da Copa das Confederações. Pouco utilizado por Felipão durante o torneio – entrou apenas no segundo tempo da decisão contra a Espanha –, ele perdeu ritmo e, na volta ao São Paulo, encontrou um time desajustado e mergulhado na crise. Ganso também havia melhorado, passando a ser mais participativo nos jogos.

Muricy, aliás, bem que tentou colocá-los juntos em virtude da qualidade técnica. Paulo Henrique ganhou preferência por atuar mais centralizado, enquanto Jadson passou a cumprir funções táticas de ajudar na marcação pelo lado direito e abriu mão de ser um dos “cérebros” da equipe. O resultado não foi nada favorável a ele. Atualmente, Douglas vem cumprindo esse papel.

Os números comprovam a queda do camisa 10, sobretudo após as saídas de Ney Franco e Paulo Autuori. Nas 14 partidas dirigidas por Muricy, ele foi titular em apenas seis e sem fazer nenhuma grande exibição. A má atuação no clássico contra o Santos, na Vila Belmiro, foi definitiva para isso acontecer. Depois desse confronto, Jadson só pisou no gramado diante do Corinthians, em virtude da suspensão de Ganso pelo terceiro cartão amarelo.

Apesar do momento ruim, o armador ainda é um dos principais jogadores do São Paulo, com 49 partidas disputadas – Aloísio é o recordista, com 60. O meio-campista também aparece como o terceiro artilheiro da equipe na temporada, com dez gols. Somente Luis Fabiano, com 21, e o Boi Bandido, com 20, estão acima.

A missão de Jadson agora não é nada fácil. Mais do que conduzir o São Paulo a um triunfo para largar na frente na briga por uma vaga nas semifinais, ele precisa colocar uma dúvida na cabeça de Muricy sobre quem poderá ser o meio-campista criativo do time na reta final das duas competições. Por enquanto, a vantagem de Ganso é enorme.

 

Fonte: Globo Esporte

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