Em ano de ilusão e vexames, Tricolor fecha 2016 com futuro promissor

Mais baixos do que altos. Assim 2016 pode ser resumido para o São Paulo. Ao longo da temporada, o Tricolor acumulou alguns vexames, mas terminou o ano vendo no horizonte um 2017 promissor, com o maior ídolo de sua história assumindo o comando da equipe.

Com o copeiro Edgardo Bauza à frente da equipe desde janeiro, o São Paulo fez um irregular Campeonato Paulista, do qual foi eliminado sem vencer nenhum clássico e após cair por 4 a 1 para o surpreendente Grêmio Osasco Audax, nas quartas de final.

Goleada que seria perdoada e esquecida com um eventual tetracampeonato da Libertadores. Mas ele não veio. Na estreia da fase de grupos do torneio continental, o Tricolor perdeu em pleno Pacaembu e permitiu que o The Strongest acabasse com um jejum de 34 anos sem vencer longe da Bolívia na competição.

Os são-paulinos, contudo, reagiram e buscaram a vaga à fase de mata-mata em La Paz, em um empate inesquecível, com o zagueiro Maicon terminando a partida no gol. O mexicano Toluca e o compatriota Atlético-MG ficaram pelo caminho nas oitavas e quartas de final, respectivamente, deixando a torcida tricolor deslumbrada com a possibilidade do tetra.

Mas passar da semi não foi possível. Isso porque o Atlético Nacional, da Colômbia, apresentou à agremiação brasileira o carrasco Miguel Borja e foi superior nos dois jogos (2 a 0, no Morumbi, e 2 a 1, em Medellín), acabando com a ilusão são-paulina.

Na ressaca da eliminação, o São Paulo perdeu importantes nomes para o futebol do exterior, como o meio-campista Paulo Henrique Ganso e os atacantes Jonathan Calleri e Alan Kardec. Não bastasse isso, o técnico Edgardo Bauza trocou o Morumbi pela seleção argentina.

Com Ricardo Gomes no comando, o Tricolor viu a última chance de erguer uma taça na temporada se esvair após a eliminação nas oitavas de final da Copa do Brasil para o Juventude, que disputava a Série C do Campeonato Brasileiro.

Campeonato Brasileiro em que o São Paulo também não foi bem. Inclusive, lutando em boa parte dele contra o rebaixamento, do qual se livrou apenas na reta final, quando torcida, diretoria e elenco chegaram a sonhar com uma vaga na Libertadores. Que não veio por conta de novos tropeços – como derrota para o lanterna América-MG.

Nesse meio tempo a política também estremeceu os bastidores do Morumbi. Criticado por torcida e dirigentes pela montagem de um elenco enxuto, Gustavo Vieira de Oliveira foi demitido do cargo de diretor executivo de futebol em setembro. Marco Aurélio Cunha, bem quisto por situação e posição, assumiu a vaga. No entanto, a calmaria política não veio. Isso porque, dias depois, Roberto Natel renunciou à vice-presidência geral do clube por conta de desavenças com Carlos Augusto de Barros e Silva – Natel, inclusive, não descarta concorrer com Leco no pleito de abril.

Crise política à parte, Ricardo Gomes não resistiu aos maus resultados e à sombra de Rogério Ceni, que já especulava um retorno ao futebol, e caiu. Com duas trocas de técnicos ao longo da competição, o Tricolor terminou bem no meio da tabela, no 10º lugar, com 52 pontos. Um desfecho promissor, com o auxiliar Pintado passando o bastão para o grande ídolo da história do clube.

Apesar de tantas decepções, a torcida termina 2016 esperançosa. Muito mais em função da contratação do ídolo Rogério Ceni para dirigir a equipe a partir do ano que vem do que pela perspectiva de reforços – até o momento só Wellington Nem e Sidão foram anunciados oficialmente pelo clube.

O ex-goleiro promete um time ofensivo e capaz de brigar por títulos em igualdade com os principais rivais na temporada que vem, que tem o ponta pé inicial nos Estados Unidos, com a disputa da Copa Flórida, entre os dias 7 e 21 de janeiro.

Veja abaixo algumas estatísticas do São Paulo em 2016:

Vitórias: 27 – Amistoso: 1; Campeonato Paulista: 6; Copa Libertadores: 5; Campeonato Brasileiro: 14; Copa do Brasil: 1

Empates: 18 – Campeonato Paulista: 4; Copa Libertadores: 4; Campeonato Brasileiro: 10

Derrotas: 26 – Campeonato Paulista: 6; Copa Libertadores: 5; Campeonato Brasileiro: 14; Copa do Brasil: 1

Gols marcados: 86 – Amistoso: 1; Campeonato Paulista: 18; Copa Libertadores: 21; Campeonato Brasileiro: 44; Copa do Brasil: 2

Gols sofridos: 71 – Campeonato Paulista: 18; Copa Libertadores: 15; Campeonato Brasileiro: 36; Copa do Brasil: 2

Principal artilheiro: Jonathan Calleri, com 16 gols

Líder em assistências: Bruno, Kelvin, Michel Bastos e Paulo Henrique Ganso, com sete passes precisos

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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