Em alta, PH Ganso supera Pato em duelo de desfalques milionários

Paulo Henrique Ganso e Alexandre Pato estão fora do clássico do próximo domingo entre São Paulo e Corinthians, mas uma torcida vai lamentar mais a ausência que a outra. Reforços milionários, os dois viveram altos e baixos desde que chegaram em suas novas casas, mas hoje o meia tricolor vence uma disputa particular com o colega corintiano.

O camisa 8 do São Paulo é, atualmente, o maestro da equipe, função que se esperava dele desde que fora contratado há pouco mais de um ano, por R$ 23,9 milhões. Livre no meio-campo, ele tem assumido a função de armação em um momento difícil de sua equipe, em que jogadores como Jadson, Osvaldo e Luis Fabiano, em alta na época de sua chegada, atravessam má fase. Não por acaso, Ganso tem recebido elogios rasgados.

“Esse menino antevê umas quatro jogadas antes. É impressionante a qualidade dele com a bola no pé”, disse Rogério Ceni. “Acho que ele está melhor, viu? Está participando mais, chamando a responsabilidade. Ele está jogando com o Maicon, parceiro dele de armação. Acho que aumentou muito essa participação dele. Não precisa de números, é só a gente olhar. A gente vê ele melhor”, emendou Muricy, que o treinou também no Santos.

Ganso completou um ano de clube em 21 de setembro e, na última quarta, chegou ao seu 54º jogo no ano, igualando seu recorde pessoal em uma única temporada. No próximo domingo, não poderá ajudar sua equipe no Morumbi por ter recebido o terceiro cartão amarelo.

Pato não jogará por conta da seleção brasileira. O corintiano foi convocado por Luiz Felipe Scolari para ser reserva de Jô na turnê do time pela Ásia, contra Coreia do Sul e Zâmbia. A presença na equipe nacional, porém, não diz tanto assim sobre o momento do jogador.

O camisa 7 é o atacante menos utilizado por Tite no ano e já recebeu críticas veladas do treinador pela falta de competitividade. Se marca seus gols – é o artilheiro do time no Brasileiro, com sete bolas nas redes -, Pato também coleciona chances desperdiçadas. A postura em campo e seu custo para o clube completam uma soma de fatores que faz a torcida colocá-lo em xeque.

Contratado por R$ 40 milhões no início do ano, o ex-milanista já foi vaiado em pelo menos três oportunidades: contra Atlético-MG, Coritiba (ambos no Pacaembu) e Luverdense (fora). Dois de seus momentos de maior brilho, porém, foram justamente contra o São Paulo.

Na primeira fase do Paulista, ele marcou o gol da vitória corintiana e, na comemoração, pediu silêncio à torcida rival, que chamava os corintianos de “assassinos”. Na semi do mesmo torneio. Foi ele quem teve o privilégio de fechar a disputa de pênaltis, com direito a provocação a Rogério Ceni pela “adiantada”. Ganso, àquela altura em baixa com a torcida, havia perdido sua cobrança.

 

Fonte: Uol

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