Elenco do São Paulo pode tirar lição de derrota para o Bolívar

Se a derrota de virada para o Bolívar deixou o técnico Ney Franco e o capitão Rogério Ceni insatisfeitos, há quem veja chance de tirar proveito para o decorrer da Libertadores. Agora, o São Paulo chegou à fase de grupos, e tem em seu elenco poucos jogadores com experiência na competição. Após o susto em La Paz, chance para os debutantes aprenderem a lição.

Dos são-paulinos que começaram a partida da última quarta-feira como titulares em La Paz, apenas três já tinham experiências anteriores na Copa Libertadores. Além da vasta vivência de Rogério Ceni, só Luis Fabiano e Wellington já haviam participado em outras edições do torneio. O atacante jogou em 2004, pelo São Paulo, e foi artilheiro. O volante jogou apenas 45 minutos de uma partida em 2009.

Além do trio, o elenco conta com outros sete atletas que já jogaram a Libertadores. Antes do começo da fase de grupos, o São Paulo terá de enviar à Conmebol uma lista com 30 inscritos no torneio.

Para o atacante Osvaldo, que saiu de campo no segundo tempo após bom desempenho em La Paz, a derrota de virada vai trazer ensinamentos. Assim como outros tantos do elenco, o camisa 17 disputa sua primeira Libertadores.

– Todo time ficou chateado mas, particularmente, tirei lições importantes. Tenho certeza de que os aprendizados que tivemos nesse jogo contra o Bolívar serão muito úteis na sequência da competição.

Em 2005, no último título do São Paulo na Libertadores, o elenco, ao contrário do atual, tinha experiência no torneio. Rogério, Fabão, Lugano, Cicinho, Danilo e Grafite já estavam no clube em 2004, e participaram da campanha até a semifinal. Além deles, chegaram Júnior e Luizão, com títulos do torneio na bagagem, e Mineiro, que também jogou a competição em 2004, no São Caetano.

O primeiro susto já veio, e serve de alerta. Na opinião de quem conquistou a América pelo São Paulo (veja abaixo), o elenco pode aproveitar a lição para evitar que se repita no futuro.

Jogadores do São Paulo que já jogaram a Libertadores

Rogério Ceni: Está na 10 Libertadores e foi campeão como titular em 2005. Em 2009, por lesão, foi substituído por Denis.

Carleto: Jogou no ano passado, pelo Fluminense, e marcou gol nas oitavas de final que quase tirou o Boca do torneio.

Fabrício: Disputou quatro Libertadores: uma pelo Corinthians, em 2003, e três pelo Cruzeiro, em 2008, 2009 e 2010.

Wellington: Antes desta edição, jogou apenas 45 minutos de uma partida, em 2009. Subiu para o elenco profissional em 2008.

Ganso: No Santos, participou do torneio em 2012 e foi campeão no ano anterior, mesmo fora de alguns jogos por lesão.

Cañete: Chegou às quartas de final da Libertadores de 2011, com Universidad Católica (CHI). Foi sua única participação.

Aloísio: Atuou na Libertadores em 2007, após ser revelado pelo Grêmio, também na única participação.

Wallyson: Na única vez que jogou, em 2011, foi artilheiro pelo Cruzeiro, com 7 gols. Em 2012, não jogou por lesão.

Luis Fabiano: Até este ano, tinha jogado apenas em 2004, pelo São Paulo. Foi artilheiro, com 8 gols marcados.

A opinião dos campeões da Libertadores

Zetti: “Não é que foi mal, estava jogando o suficiente. Não vai repetir o mesmo jogo, talvez sirva de lição para alguns jogadores debutantes da Libertadores”

Pintado: “Concordo com o que Rogério falou. Uma derrota dessa maneira é sempre um aprendizado, mas longe de criar alguma situação maior do que esse aprendizado”

Ronaldão: “Acho que essa derrota surgiu na hora certa para o São Paulo colocar os pés no chão. Depois de um 5 a 0, o jogador sai do foco, 8 a 0 a favor o atleta fica ainda mais relaxado”

Amoroso: “Além de ter sido um alerta, serve para dizer que Libertadores é Libertadores. É uma competição diferente de qualquer outra. Não pode tomar quatro gols de um time fraco”

Lúcio: Sem Libertadores, mas com dez Liga dos Campeões e um título

Se Lúcio não chegou a ter oportunidades de disputar a Libertadores antes de 2013, pôde escrever história diferente na Europa. O zagueiro acumula dez participações em edições da Liga dos Campeões, e um título, em 2010.

Em seu segundo ano na Europa, Lúcio passou perto de logo entrar na história do Bayer Leverkusen (ALE). Em 2002, disputou a final da Liga dos Campeões pelo clube contra o Real Madrid. Na decisão, marcou um gol, mas viu o francês Zinédine Zidane fazer um dos mais belos gols da história da competição para garantir o título para o clube espanhol.

Depois, disputou mais uma edição do torneio continental pelo Leverkusen, e ainda jogou por mais cinco vezes no Bayern de Munique. Em 2009/10, temporada de estreia na Internazionale (ITA), levantou seu primeiro e único título da competição, em final justamente contra seu ex-clube, o Bayern.

Após o título, chegou a jogar mais duas edições da Liga dos Campeões da Europa pela Internazionale, mas não obteve o mesmo sucesso. Na Juventus, não teve chance de jogar a competição.

Antes de sair para a Europa, Lúcio atuou até o fim de 2000 no Internacional. No Colorado, não teve chances de atuar na Libertadores.
Fonte: Lance

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