São Paulo e Wesley negociam uma rescisão de contrato, mas o técnico Dorival Júnior não teve participação nesta decisão. Ao contrário. Nesta sexta-feira, o técnico disse que gostaria de contar com o jogador com o qual trabalhou antes no Santos e Palmeiras, mas explicou que a situação é “quase irreversível”. Dorival disse entender a diretoria e já falou como se Wesley estivesse fora.

– Ao contrário (que influenciou na decisão). Infelizmente, essa situação com o Wesley é quase que irreversível, por tudo aquilo que aconteceu nos últimos anos. Eu sempre tive o Wesley como grande jogador. Acho que nesses últimos anos para ele não foram positivos, porém é um momento que talvez lhe dê uma consistência maior, um aprendizado muito grande. Jogador que, não tenho dúvidas, em qualquer equipe que atue, terá condições de dar uma alavancada na carreira. Seria natural que eu gostaria de estar contando com ele. Ainda que entendendo a situação do atleta e do clube – declarou o comandante.

Wesley tem contrato com o São Paulo até o fim de 2018. Nos últimos dias, ele a diretoria conversaram e decidiram encontrar uma saída para a rescisão amigável – atleta busca um novo clube. Enquanto isso não acontece, ele vem treinando com o grupo normalmente, mas não está sendo relacionado para os jogos. Seguirá fora no duelo contra o Botafogo neste sábado no Rio de Janeiro.

O volante chegou ao São Paulo em 2015 por meio de um negócio acertado pelo então presidente Carlos Miguel Aidar. No entanto, nunca se firmou como titular e foi frequentemente criticado ter salários considerados altos. Entrou na mira da torcida e chegou a ser agredido por organizados em invasão ao CT no ano passado. Ele trabalhou com Dorival no Palmeiras e no Santos, em 2010.

Na entrevista, Dorival também falou sobre outros temas, como a situação do time. Confira abaixo os principais trechos:

Entrada de Hernanes
Acho que ainda é muito cedo para que tenhamos uma definição. A função do Hernanes em campo ele mesmo é que vai encontrando. Conciliamos o posicionamento dele com o Cueva para que tenhamos uma condição a mais na hora de atacar e acima de tudo um posicionamento inicial defensivamente falando. É um jogador que dispensa comentários e espero que ele novamente seja feliz no São Paulo. Esperamos que eles se adaptem rápido, talvez com um posicionamento de sustentação um por um lado, o outro por outro.

Manutenção de time
Teoricamente, seria um caminho. Eu acredito que você tenha que dar primeiro uma segurança aos atletas para renderem seu melhor. Recuperarem a confiança natural. Num primeiro instante, o ideal seria que acontecesse. Nem sempre a primeira resposta é positiva. Porém, é uma situação que para o momento inicial ela possa ser uma solução. Logicamente acreditando que o poder de observação junto ao elenco vai aumentando. Essa briga constante precisa ser intensificada para a gente ter mais possibilidades.

Balanço até agora
Quando eu assumi, já sabia que não teria tempo para trabalhar. Então tenho que lamentar nada, ao contrário. Aproveitar o máximo possível os períodos, tentar todas as correções. Acrescentar um ou outro detalhe a cada momento de trabalho. Não pode jogar uma quantidade de informações que os jogadores não vao absorver. Tem de ser jogado aos poucos para encontrar o caminho e dar mais possibilidades.

Emocional está faltando?
Eu concordo. Foi um dos aspectos que sentimos, existe uma dificuldade um pouco maior de assimilação, a partir do momento que você sofre o gol. Parece que existe uma pane, um fato ruim. Estejamos um pouco mais protegidos, joguemos com mais consistências. Encontrando isso, talvez tenhamos o alcance de resultados que serão importantes para nosso processo de recuperação.

Fonte: Lance