Currículo vasto e “padrão europeu” dão confiança dos atletas a Bauza

A língua e o país são diferentes da maioria dos comandados, mas Edgardo Bauza conseguiu o respeito do elenco do São Paulo em menos de um mês de trabalho. Dono de dois títulos de Libertadores no currículo e de um apreço pela organização tática visível em seus treinamentos, o técnico conquistou total apreço pelas suas orientações, mesmo que a mensagem tenha certa dificuldade para transpor a barreira da língua.

“Pelo que ele está fazendo, é um cara que já passou por bastante situação. O trabalho tático dele e a aplicação são muito bons. No que ele precisar, estamos aí para corresponder”, comentou o meio-campista Wesley, que tem sido reserva desde o primeiro treino realizado pelos são-paulinos, mas não aparenta qualquer desânimo com a sua situação.

Na avaliação dos atletas, Bauza deve se adaptar facilmente ao Brasil. Campeão continental pela LDU de Quito e pelo San Lorenzo, duas equipes que ainda não haviam levantado a taça da Libertadores, o comandante tem impressionado pelo nível de conhecimento tanto do grupo de atletas quanto dos adversários, mesmo tratando-se de rivais do Campeonato Paulista.

“Para falar a verdade, acredito que ele não precisa de ajuda de ninguém, não, já está bem acostumado a encarar competições aqui no continente, de todos os tipos. O Paulista acaba sendo uma novidade no nome, mas no jogar, não. Joga da mesma forma que sempre”, avaliou Wesley.

Essa forma de jogar, aliás, é outro ponto que pesa a favor de Bauza. Desde o primeiro dia de trabalho, ele escalou a equipe com os 11 de sua preferência, ditando o que ele queria de cada posição. Para os tricolores, esse é o estio de trabalho mais parecido com o da Europa. A ideia é que, mesmo quando não tiver os atletas titulares, o argentino consiga extrair dos reservas o mesmo padrão tático.

“O professor tem uma filosofia europeia, mesmo padrão para ter uma filosofia bem sincronizada e não ser surpreendido. Ele veio começando pela defesa para não ter sustos, tem que marcar mais pelo setor do que para o jogador. Temos que ter ciencia do que fazer dentro de campo. Padrão de jogo que ele quer seguir”, encerrou o jogador.

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