Como Cuca comandou SP e definiu até saída de atleta antes de assumir time

Nos últimos 45 dias, Cuca a viveu uma rotina completamente diferente da que estava acostumado. Apesar de ter fechado acordo como técnico do São Paulo em 14 de fevereiro, o treinador só começou a trabalhar no campo ontem, no CT da Barra Funda. Por isso, o seu dia a dia não tinha viagens, conversas com jogadores, estudo para a montagem de equipe e entrevistas.

Em Curitiba, sem receber salário ainda como treinador, ele acompanhou como pôde a evolução do time, que tentava se recuperar após a queda precoce na Copa Libertadores e a saída de André Jardine. Como não tinha licença médica para trabalhar por causa de um tratamento cardiológico, Cuca não poderia ficar exposto ao estresse que envolve uma partida oficial. Então, ele assistiu aos jogos pela televisão.

Preocupado com o planejamento do time, ele veio para São Paulo em ao menos três oportunidades para fazer reuniões. Em uma delas, conversou até com o diretor executivo financeiro do clube, Elias Albarello. Na ocasião, foi exposto que o Tricolor não vive um bom momento financeiro, por isso, para se contratar mais jogadores, era necessário reduzir a folha salarial.

Neste sentido, Cuca já passou a ser bastante ativo para a saída de Diego Souza. Quando soube do interesse do Botafogo, viu uma oportunidade para o jogador conseguir um novo clube e para o São Paulo economizar, pois o atacante tinha um dos maiores vencimentos no elenco.

Nos encontros, Cuca também quis deixar claro que gostaria de ver o São Paulo com um novo perfil. Uma equipe mais jovem, rápida e aguerrida. Tal ideia também era compartilhada pelo coordenador de futebol, e treinador interino, Vagner Mancini. Por isso, não foi necessário eles trocarem muitas informações sobre como o time deveria ser montado.

Quando estava em Curitiba, Cuca fazia contatos por telefone com integrantes do departamento de futebol. Uma das suas principais interfaces era o gerente-executivo, Alexandre Pássaro – pois era o responsável por tocar as negociações por reforços. Daniel Cerqueira, auxiliar de Cuca que também já estava com a delegação, e o executivo Raí, também recebiam muitas vezes as ligações.

No tempo livre, Cuca aproveitou para ficar com a família e até chegou a jogar bola com os amigos. Tal fato foi visto de maneira positiva pelos são-paulinos, pois mostrava que o treinador já estava mais perto de receber a liberação médica para trabalhar.

“Foi muito estranho, eu estava trabalhando, junto com o Pássaro. Era estranho estar longe. De uma forma geral, foi tudo muito bem conduzido tanto pelo Raí quanto pelo Mancini. Eles deram uma motivada geral em todos, inclusive no torcedor, que é muito importante para esses meninos. Estão recuperando a autoestima, é um passo gigantesco para as conquistas”, disse Cuca.

Na semifinal do Campeonato Paulista, neste domingo, no Allianz Parque, contra o Palmeiras, o São Paulo terá o comando duplo na beira de campo, com Cuca e o coordenador de futebol Vagner Mancini. Ou seja, a partir deste fim de semana, ele voltará a viver também as emoções de um jogo de futebol no estádio.

 

Fonte: Uol

4 comentários em “Como Cuca comandou SP e definiu até saída de atleta antes de assumir time

  1. Caros colegas tricolores. O Jardine não tem que ser responsabilizado de nada. Fez o que estava a altura. Agora é pensar em aproveitá-lo como auxiliar técnico, até ficar pronto. Não devemos nos esquecer de suas conquistas na base, inclusive ganhando a libertadores. Saudações tricolores!!!!

    • Tem sim de ser um bunda mole e não colocar os garotos antes, coisa que todo mundo pedia.
      Mas eh claro que o principal responsável não foi ele e sim o Sr. Raí em ser irresponsável de apostar em um técnico inexperiente pra comandar um time cheio de lobos velhos, em uma fase difícil pra se classificar em uma libertadores.
      O prejuízo quem deveria arcar era Sr. Raí e o Lecú, o pior presidente da história do clube!!!

  2. Com um técnico profissional no comando o time mostrou futebol. E a aventura Jardine nos custou a eliminação precoce da Libertadores, prejuízo estimado em R$ 23 milhões.
    O responsável por esse erro básico tem que ser punido.

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