Capacidade de sacrifício de Ceni tranquiliza Autuori a escalá-lo

Rogério Ceni não está com o pé direito perfeito, como ele disse para rebater Adalberto Baptista. As dores, no entanto, não o impedem de jogar e nem o limitam tecnicamente. Isso é o que dá a Paulo Autuori a tranquilidade para escalá-lo como titular do São Paulo, apesar da opinião do diretor de futebol de que o goleiro tem apresentado deficiência na reposição de bola.

“Vou citar uma cena que ilustra bem se ele está em condição ou não de jogar: o gol de falta que fez contra o Vitória (no domingo passado, em Salvador). Não preciso dizer mais nada”, avaliou o treinador, nesta sexta-feira.

Autuori ainda disse mais, sim. “Outra coisa que quero falar: para ser competitivo, além de qualidade técnica, tem que ter capacidade de sofrimento e espírito de sacrifício. Se pegar qualquer jogador do mundo, de uma equipe top, cada um tem uma dor, porque hoje o futebol exige sacrifício. Queria eu poder trabalhar só com jogadores que tenham esse espírito”.

Fernando Dantas/Gazeta Press

Incômodo no pé direito não o limita tecnicamente

Ceni tem as duas virtudes. No momento em que mais sofria com as dores, fez fisioterapia de manhã à noite para participar de partidas decisivas. O recesso em julho, pela Copa das Confederações, ajudou a diminuir o incômodo, porém o médico José Sanchez e ele próprio já admitiram anteriormente que o trauma só será superado quando houver tempo para repouso absoluto – na aposentadoria, portanto.

 

Nesta tarde, no último treino da equipe antes de enfrentar o Cruzeiro, Ceni trabalhou normalmente mais uma vez com os demais goleiros do elenco sem demonstrar desconforto na região que machucou no fim de março, em dividida com o atacante corintiano Alexandre Pato. Por isso, será o titular às 18h30 (de Brasília) deste sábado, no Morumbi.

“Assim se faz um grupo vitorioso, com pessoas que estejam dispostas a sofrer. Quero mais jogadores que não prefiram ficar no departamento médico e encarem a responsabilidade como devem encarar”, elogiou Autuori, que ainda se disse orgulhoso por ter trabalhado em 2005, no São Paulo, com “jogadores que não lamentavam absolutamente nada”.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*