Calado, filho de Sócrates muda funcionamento do futebol no São Paulo

Em meio à maior crise da história do São Paulo, a diretoria de futebol do clube se reformulou desde o fim de julho. Criticado internamente por dirigentes, conselheiros e jogadores, o ex-diretor Adalberto Baptista pediu demissão após pouco mais de dois anos no cargo. Não houve reposição na vaga, mas Gustavo Vieira de Oliveira foi contratado como gerente executivo, remunerado. A mudança alterou o funcionamento do departamento.

Adalberto Baptista era criticado por centralizar opiniões, comando e não aceitar reivindicações. Também pela dificuldade de relacionamento. Colecionou desafetos pelo clube, e saiu uma semana depois de criticar publicamente Rogério Ceni. Isso é tudo que o novo gerente, Gustavo, sobrinho de Raí e filho de Sócrates, evitará.

“Não é o momento de falar. É de trabalhar. Isso é uma questão profissional, a ideia é de trabalhar e vamos passando nossas ideias pouco a pouco. É isso que tenho falado com a diretoria”, avalia o novo gerente.

 

Gustavo foi nomeado e não teve uma apresentação formal para imprensa e torcida. Tem evitado, também, conversar com jornalistas no dia a dia no CT da Barra Funda.

O novo gerente é a partir de agora o responsável por conduzir negociações. É ele quem negocia com clubes, jogadores e agentes. A experiência vem do tempo que prestava serviços ao clube como advogado. Foi ele, por exemplo, que acertou os detalhes do contrato do zagueiro Lúcio com o São Paulo, no fim do ano passado. Nesta semana, Gustavo comandou a transferência de Antônio Carlos, do Botafogo ao São Paulo.

Gustavo Vieira de Oliveira também tem autonomia para recomendar jogadores a serem contratados. Assim como a comissão técnica e, principalmente, o coordenador Milton Cruz. Personagem importante na formação das equipes até 2010, Milton recupera a autonomia fora de campo após a saída de Adalberto Baptista. O coordenador perdeu espaço no período em que o ex-diretor esteve à frente do departamento de futebol.

Desta forma, será Gustavo o executor do futebol. Ele se reporta ao vice-presidente do setor, João Paulo de Jesus Lopes, e também ao presidente Juvenal Juvêncio. Rubens Moreno e José Alexandre Médicis, diretores-adjuntos, já foram avisados de que permanecem mesmo após a saída de Adalberto. Eles atuam como consultores, e são conselheiros vitalícios.

Fonte: Uol

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