Bastidores: polêmica com situação de Bauza gerou conflito entre dirigentes

Luiz Antônio da Cunha amadureceu a ideia de pedir demissão do São Paulo nos últimos dias. Antes de confirmar a decisão, ele teria condicionado sua permanência a levar profissionais de Cotia para trabalhar ao seu lado no lugar da atual comissão técnica, substituindo Bauza por André Jardine, treinador do time sub-20. Isso segundo pessoas ligadas à direção. O ex-diretor nega essa versão e explica seu lado.

– Claro que não. Penso assim: na interinidade deve assumir o treinador do sub-20 (André Jardine), até porque o auxiliar do Patón (José Daniel Di Leo) veio com ele e quando ele sair – que seja depois de muitos anos pois ele é excelente – talvez saia junto. O Bauza teve e tem todo o meu apoio e o da torcida – disse Cunha.

O presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, conversou com Cunha na última segunda-feira, no Morumbi, na tentativa de convencê-lo a permanecer. Mas o diretor preferiu sair. Apesar das divergências, os dois lados dão sinalização de que a saída foi resolvida sem rusgas pessoais entre os dirigentes.

Antes de trabalhar no profissional, Cunha era diretor de futebol em Cotia. O dirigente era um dos símbolos da integração entre categorias de base e profissional. Cada vez mais Bauza tem dado oportunidades a garotos revelados no clube, como Auro, Luiz Araújo e principalmente Lucas Fernandes.

A principal razão pela saída do dirigente foi uma divergência financeira e de prioridades. Cunha queria usar todo dinheiro disponível para segurar Maicon, emprestado pelo Porto até 30 de junho, e pediu ao diretor-executivo Gustavo Vieira de Oliveira para congelar novos reforços que envolvessem investimento.

Respaldado por Leco, Gustavo, diretor responsável por todo planejamento estratégico do clube, acertou com Christian Cueva, por cerca de R$ 8,8 milhões parcelados em três anos. O Tricolor entende que esse aporte financeiro não inviabiliza o caixa na tentativa de continuar com o defensor identificado com a torcida são-paulina.

Um dos últimos atos de Cunha como diretor foi participar da reunião pela renovação de Paulo Henrique Ganso, na última segunda-feira, em uma churrascaria na Zona Sul da capital paulista. O encontro entre Leco, Cunha, o empresário Giuseppe Dioguardi e o diretor-executivo da DIS, Roberto Moreno, foi flagrado pelo GloboEsporte.com. Todos saíram otimista por uma prorrogação.

Cunha substituiu Ataíde Gil Guerreiro no dia 21 de março. O antigo vice de futebol foi deslocado para a diretoria de relações institucionais. Cunha foi protagonista no processo de recuperação de Michel Bastos, antes alvo de protestos da torcida e agora um dos jogadores mais importantes do time. Uma das primeiras ações foi demitir Milton Cruz, auxiliar com mais de 22 anos de serviços no clube. Antes de entrar na diretoria do futebol profissional, ele exercia a mesma função na base.

 

Fonte: Globo  Esporte

Um comentário em “Bastidores: polêmica com situação de Bauza gerou conflito entre dirigentes

  1. Paulo pontes por favor vc reparou que muitos jogadores estão ficando contudidos somente com lesões musculares.sera que não tem nada de erado com esta preparação física.Nao estou querendo levantar polemicas mas acho que tem coisa errada nesta preparação física.

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