Alimentação, exercícios, proximidade do gol: como Ganso voltou a brilhar

Unanimidade na equipe, ídolo da torcida, valorizado, convocado para a seleção brasileira. Paulo Henrique Ganso venceu a irregularidade que tanto o atrapalhou desde que foi contratado pelo São Paulo, em 2012, e atingiu a maturidade.

Hoje, é referência e um dos líderes da equipe e sua renovação de contrato virou prioridade da diretoria tricolor.

O que aconteceu para que o camisa 10 voltasse a jogar tão bem a ponto de ser chamado por Dunga? O GloboEsporte.com mostra abaixo os fatores que fizeram Ganso crescer novamente.

POSICIONAMENTO EM CAMPO

No esquema 4-2-3-1 do técnico Edgardo Bauza, Ganso é o jogador que atua mais centralizado na linha ofensiva, enquanto Kelvin e Michel Bastos jogam pelas duas pontas. Só que, além de buscar a bola para armar o jogo, o meio-campista enfim tem entrado mais na área para concluir – um pedido recorrente da maioria dos treinadores que o comandaram. Uma prova disso foi o gol marcado no clássico contra o Palmeiras, quando ele bancou o centroavante para aproveitar cruzamento de Bruno e garantir a vitória por 1 a 0.

O GOSTO PELO GOL E PELO ÚLTIMO PASSE

Com sete gols na temporada, o que o  deixa na vice-artilharia da equipe, atrás de Calleri, Ganso está a dois de atingir, em apenas seis meses, seu melhor ano com a camisa do São Paulo (em 2014, marcou nove). Na carreira, sua temporada mais goleadora foi em 2010, quando fez 13 gols com a camisa do Santos. Nas assistências, ele também se destaca: são cinco passes para gol na temporada .

– Voltei a fazer gols, ser o jogador que pode desequilibrar uma partida e ajudar o São Paulo. Foi muito trabalho e foco para voltar a ser jogador de Seleção – afirma Ganso.

IMPORTÂNCIA DO TÉCNICO EDGARDO BAUZA

edgardo bauza ganso são paulo (Foto: Leandro Martins/Framephoto/Estadão Conteúdo)edgardo bauza ganso são paulo (Foto: Leandro Martins/Framephoto/Estadão Conteúdo)

Desde que chegou ao São Paulo, em setembro de 2012, Paulo Henrique Ganso trabalhou sob o comando de Ney Franco, Milton Cruz, Paulo Autuori, Muricy Ramalho, Juan Carlos Osorio, Doriva e Edgardo Bauza. Somente o argentino conseguiu extrair o melhor do jogador. Ganso hoje não é apenas um armador que eventualmente chuta a gol. Ele também ajuda a defesa, marcando e desarmando. O jogador diz que essa mudança está totalmente ligada à chegada de Bauza.

– O Patón tem uma grande parcela de contribuição (para a minha convocação). Ele não só ajustou nossa equipe, mas também vem me ajudando bastante. Fora (de campo) conversa muito comigo, me orienta. Em campo me posiciona no melhor local para que eu possa desenvolver meu futebol – ressalta o meio-campista.

CUIDADO COM A ALIMENTAÇÃO

Desde o ano passado, com a anuência do fisiologista do São Paulo, Rogério Neves, Ganso começou a dar atenção ao trabalho de suplementação. Além disso, ele modificou sua alimentação, passando a dar prioridade a alimentos integrais. Até mesmo nas concentrações no CT da Barra Funda, o atleta toma cuidado para não exagerar.

EXERCÍCIOS DE MUSCULAÇÃO ALÉM DOS TREINOS

Ganso treina no São Paulo (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)Ganso trabalha diariamente no Reffis para estar sempre 100% fisicamente (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)

Com histórico de lesões nos dois joelhos, Paulo Henrique Ganso tem de fazer fortalecimento para evitar lesões musculares. Por isso, ele sempre tem um trabalho extra a fazer no CT da Barra Funda. Quando o treino é pela manhã, ele vai embora mais tarde que os companheiros. Quando o trabalho é à tarde, ele chega mais cedo que todo mundo. Além disso, o atleta tem aparelhos de fisioterapia em casa e, quando necessário, faz atividades à noite também. Com isso, Ganso não se machuca faz tempo. Na atual temporada, ele esteve em campo em 29 das 34 partidas da equipe.

LIDERANÇA
Paulo Henrique Ganso também cresceu como líder. Com as saídas de Rogério Ceni e Luis Fabiano, ele se tornou uma das referências do time. Dentro de campo, orienta os companheiros, quando preciso discute com a arbitragem. Ele até faz o técnico Patón Bauza mudar uma alteração. Foi o que aconteceu no clássico contra o Palmeiras, quando ele seria substituído para entrada de Rogério. Ele gesticulou avisando que Thiago Mendes estava mais desgastado. Imediatamente, o treinador mudou de ideia e sacou o volante da equipe .

VISTO COM PROJETO PARA O FUTURO PELA DIRETORIA

Paulo Henrique Ganso é visto não só como o presente do São Paulo, mas também como um dos pilares do futuro da equipe. A renovação do contrato do jogador, que vence em setembro de 2017, virou questão de honra para a diretoria tricolor. O diretor de futebol, Luiz Antônio Cunha, já iniciou as conversas com o empresário do atleta, Giuseppe Dioguardi, e está otimista com o desfecho desta história.

Fonte: Globo Esporte

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