Aidar detona gestão de Juvenal no CT de Cotia: “Era um cabide de emprego”

O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, voltou a questionar como era feita a gerência do CT de Cotia, usado pelo clube para a formação de novos jogadores. O local, um dos mais modernos do mundo, era administrado até setembro pelo ex-presidente Juvenal Juvêncio, com quem o novo mandatário rompeu relações depois que assumiu o cargo.

– Os recursos humanos existentes não estavam à altura das instalações. Havia um sistema de avaliação muito ineficaz. Tínhamos 320 meninos, 140 internados e 180 que se apresentavam diariamente. Se você pegar do sub-13 até o sub-20, cada grupo tinha 80 por categoria. É impossível avaliar. Era um cabide de emprego – afirmou, em entrevista à Rádio Jovem Pan.

Com a queda de Juvenal, saíram também Geraldo Oliveira e Marcos Tadeu, aliados do ex-presidente e responsáveis por cuidar do centro de treinamentos. Segundo Aidar, o São Paulo pretende terminar 2014 com apenas 180 garotos no local. A ideia é reduzir o número ainda mais em 2015, chegando a 140 ou 150 atletas.

Membros da atual diretoria e da comissão técnica reclamam que empresários de jogadores agiam livremente em Cotia, sobretudo na aproximação aos atletas que mais se destacavam. Muricy Ramalho chegou a ser barrado na porta do local ao tentar acompanhar um treino das equipes inferiores.

– Não havia quem avaliasse a relação extracampo de treinador, atleta e agente. Foram assinados contratos ilegais, sem validade nenhuma. Descobri centenas desse tipo no São Paulo. Estamos melhorando o ambiente, tentando criar uma unidade efetiva de produção de atletas. Temos de integrar a base ao profissional – disse Aidar.

O presidente traçou como meta que o CT de Cotia terá de fornecer quatro jogadores ao elenco profissional por temporada. Neste ano, foram promovidos o lateral-direito Auro, o meia Boschilia e o atacante Ewandro.

– Não precisa ser titular. São quatro para integrar o profissional. Se não cumprir a meta, o diretor (Ataíde Gil Guerreiro, vice de futebol) será substituído. Estabelecemos uma meta. Isso está muito claro na nossa gestão.

Nota do PP: tudo isso foi denunciado pelo Tricolornaweb e fomos alvo de processo, já devidamente arquivado (o que quer dizer que é decisão a nosso favor). O próprio clube está “descobrindo” tudo.

8 comentários em “Aidar detona gestão de Juvenal no CT de Cotia: “Era um cabide de emprego”

  1. Essas escolinhas e esses CTs que acabaram com os verdadeiros craques
    que eram moldados nas varzeas, praias e ruas.
    Hoje, esses atletas de escolinhas e cts sa’o cabrestados por agentes e cumplices.
    O futebol agoniza esse e’ um dos motivos, sacanagem e’ outro e apadrinhamentos.
    kotia e’ apenas um exemplo de brasileirada.

  2. Essas escolinhas e esses CTs que acabaram com os verdadeiros craques
    que eram moldados nas varzeas, praias e ruas.
    Hoje, esses atletas de escolinhas e cts sa’o cabrestados por agentes e cumplices.
    O futebol agoniza esse e’ um dos motivos, sacanagem e’ outro e apadrinhamentos.

  3. Ok, assunto Cotia verdadeiro, todo mundo sabia.

    Agora, o que aterroriza é saber que a BWA pode entrar nas categorias de base do SPFC com % no passe de jogadores, como informado aqui mesmo neste espaço.

    Daí sim, o estrago será pior que o do Juvenal.

  4. Fazem 10 anos que falo deste assunto e ninguém no São Paulo acreditou, inclusive muitos dos diretores que hoje continuaram com o Carlos Miguel, eram capangas no Juvenal em Cotia e se beneficiavam usando as peneiras para favorecer seus amiguinhos e até para seus negócios, atrairam muitos clientes fazendo festa em Cotia. A tal peneira que somente atende pedidos políticos é usada por todos estes diretores, passou da hora de acabar com isto, e abre o olho com um monte de adjuntos que tem ai, vários continuam empresariando garotos e são sócios nestes contratos surpresas que o Aidar encontrou.

  5. De que adianta revelar 4 jogadores por ano se o treinador do time profissional não os aproveitar?
    Para haver integração da base com o profissional, precisa haver uma política de aproveitamento; senão vai só aumentar o elenco e atrapalhar o dia a dia.

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