Na vitória do São Paulo, uma constatação: James Rodrigues está pedindo passagem.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo fez uma grande exibição e bateu o Grêmio, diria, goleou o Grêmio por 3 a 0, no Morumbi. Como diz meu amigo Waldir Albieri, somos leões dentro de casa e gatinhos manhoso fora. Mas, os três pontos foram importantíssimos. Isso porque nossa situação, após horrível derrota para o Goiás, era delicadíssima. Com essa vitória voltamos a dar um bom respiro para os dois próximos compromissos, que serão Palmeiras e Athletico fora de casa.

O grande nome do jogo foi James Rodrigues. Diria que ele colocou a bola debaixo do braço e fez o jogo para ajudar o São Paulo a sair daquela situação delicada. Se Hernanes e Muricy foram trazidos em momentos diferentes para nos salvar do Z4, James, que foi trazido para ganhar do Corinthians na Copa do Brasil (e não entrou um minuto sequer), resolveu o problema agora.

Não há dúvida que Dorival vai ter que encontrar um lugar para James no time. Eu sempre tive o cuidado de não criticar nem o colombiano por não jogar, nem o técnico por não colocá-lo para jogar, pois ambos sabiam das limitações físicas. Mas agora ele provou que está apto para jogar e não pode ser reserva.

Sua visão de jogo é algo pouco comum no futebol de hoje. Talvez, no Brasil, haja De Arrascaeta com esse potencial. Um verdadeiro meia, como há muito não víamos no São Paulo. Aquele cara que vem no meio de campo pegar a bola com um volante, leva para a frente servindo os companheiros, esperando uma chance para colocar alguém de cara para o gol, que flutua numa linha entre o meio de campo e o ataque. James não tem a velocidade que o futebol de hoje exige, mas tem a condição técnica de fazer a bola correr por ele, sem errar um único passe.

Dito isso, com tudo isso, o São Paulo ganhou com um gol de cabeça de Michel Araújo, em cobrança de escanteio perfeita de James, um gol de Pablo Maia, com assistência perfeita de James, e um gol de Luciano, com oportunismo, roubando a bola do zagueiro e indo sozinho na direção do gol. Não dava para perder.

Foi um São Paulo que lembrou o futebol do time campeão da Copa do Brasil contra um Grêmio que não conseguiu me convencer da posição que ocupa no Brasileiro.

Destaques também para Beraldo, Michel Araújo, Lucas e Diego Costa. Os zagueiros não se intimidaram com a pressão feita, desde o início, por Luis Suares. E botaram o uruguaio no bolso, assim como Rafinha dominou completamente seu setor.

E seguimos assim: se continuarmos ganhando no Morumbi, faremos mais 12 pontos, o que nos levará aos 50 pontos, ainda que percamos os seis jogos que temos a fazer fora de casa.

Vamos São Paulo!

Copa do Brasil é passado. Risco de Z4 volta a ser presente

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, que sina é essa que temos tido, nos últimos anos, de ficar sempre olhando para trás na tabela para verificarmos a distância que temos do Z4? Sou do tempo em que olhávamos para trás na tabela para vermos a distância que tínhamos para o segundo colocado.

Depois das vitórias sobre Coritiba e Corinthians, no embalo e na empolgação da conquista do título da Copa do Brasil, me deixei levar pelo ufanismo mercadológico desta diretoria nociva ao clube e afirmei que não mais faria contas para chegarmos aos 46 pontos. Que isso seria algo muito natural. Só que o empate com o Vasco e a grotesca derrota para o Goiás, um time quase que previamente rebaixado, nos colocou de volta na alça de mira do Z4 e volto a ter que fazer contas.

O elenco do São Paulo, e aqui englobo toda a diretoria (até o presidente) continua comemorando a conquista da taça. Parece que é algo sem fim. Lembra a conquista do título do Campeonato Mundial Paulista que conquistamos em 2021, e que quase levou o time ao rebaixamento no Brasileiro. As comemorações não paravam e ficamos dez rodadas do Brasileiro sem vitória, o que acabou causando a demissão de Crespo.

Agora vejo a história se repetindo. No jogo desta quarta-feira ficou patente que o time é muito limitado e o elenco é de doer. Diego Costa esqueceu como se joga: Alisson, com contrato renovado, voltou a ser aquele de antes da Copa do Brasil; no ataque, Luciano, Erisson, David, Juan, todos (menos Pato) somados, não dão meio Calleri. Não que Pato faça a diferença. O problema é que ele, apresentado pelo marqueteiro Júlio Casares como sendo um dia histórico para o São Paulo, não consegue nem ser reserva do reserva.

Estamos a cinco pontos, mas aqueles adversários que estavam entre nós e o primeiro de saída do grupo de rebaixamento já se aproximaram e podem encostar em nós. Basta que Cruzeiro, Corinthians e Santos vençam hoje, ficaremos a um ponto dos dois primeiros e a dois do Peixe. Estamos a quatro do Internacional e a cinco do Vasco e do Goiás (e do Santos, que ainda não jogou).

Vejam nossa tabela imediata: sábado contra o Grêmio (3º colocado na tabela), no Morumbi; Athletico e Palmeiras fora. Ouso dizer que, se não vencermos o Grêmio sábado, temos 90% de chances de domingo da outra semana estarmos no Z4.

Não quero ser terrorista. Não sou anti-são-paulino. Amo muito mais o São Paulo do que a gigantesca maioria das pessoas que hoje administra o clube (incluo, aqui, conselheiros). Não faço coisas para o São Paulo em troca de lanchinhos, salgadinhos, vagas em estacionamento, cafezinhos, viagens, hotéis ou ingressos. Mas ou o elenco e a diretoria entendem que o o São Paulo está disputando um Campeonato de alto nível, como é o Brasileiro, e que as férias só começam em dezembro, ou seguiremos caminhos de Cruzeiro e Palmeiras, que ganharam a Copa do Brasil e mergulharam na série B.

Se o Conselho Deliberativo do São Paulo fosse sério, levaria Júlio Casares à destituição

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, qual o conceito de um orçamento que é aprovado anualmente? Definir as diretrizes que serão perseguidas pela diretoria, sem sair de qualquer ponto ali aprovado pelo Conselho Deliberativo.

Fazendo um comparativo com o cenário político nacional, o orçamento da União está englobado do Teto Fiscal, hoje Arcabouço Fiscal. Onde os números de débito e crédito, principalmente as despesas, não podem ultrapassar um determinado teto, como eu disse, que fora aprovado no exercício anterior pelo Congresso Nacional.

O que aconteceu com a ex-presidente Dilma Rousseff, por conta das suas pedaladas fiscais? Impeachment. Bolsonaro só não foi pelo mesmo caminho porque entrou em acordo com o Centrão, tirou os precatórios do orçamento, colocou o Auxílio Brasil de lado e seguiu em frente. Lula só não entra nesse caminho porque, da mesma forma, se uniu ao Centrão, tirou quase tudo dos gastos do governo e vai conseguir ficar dentro do Arcabouço Fiscal.

O Conselho Deliberativo do São Paulo, da mesma forma, aprovou um orçamento que previa R$ 145 milhões em empréstimos. Mas com a aprovação de mais R$ 86 milhões nesta última reunião (165 votos a favor, 37 contra, quatro abstenções e 52 ausentes), chegou a R$ 181 milhões, ultrapassando, em muito, o que já foi aprovado.

E vejam: esse orçamento previa que o São Paulo chegaria apenas às quartas-de-final da Copa do Brasil. O título e, principalmente, as bilheterias dos jogos contra Palmeiras, Corinthians e Flamengo, além de toda a premiação, deram dinheiro de sobra à diretoria.

É verdade que a previsão na Sul-Americana era final e ficamos nas quartas e que o Paulista era semifinal e também paramos nas quartas. Mas a defasagem financeira nesses casos não é tão grande pois foi recompensado com bilheterias fabulosas, não previstas nesse montante orçamentário.

A diretoria não explica a razão de tantos empréstimos. Sei perfeitamente que o Conselho os aprovou. Por isso disse, no título, que se o Conselho Deliberativo fosse sério, levaria Júlio Casares à destituição. Afinal, foi uma pedalada fiscal. Porém, isso não vai acontecer, até porque Olten Ayres de Abreu, que deixou escapar uma falsa briguinha com Júlio por ter perdido a vaga de presidente do Conselho para a próxima gestão, conseguiu um acordo e será candidato.

Então, o São Paulo vai continuar nas mãos dos seus donos, amparado por cordeirinhos que conseguem sua benesses em troca de votos.

Fotografia do jogo me passa a impressão que jogadores entraram em férias

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, vou parecer meio antagônico, incoerente no meu comentário, mas, acredito, vocês vão entender. O empate neste sábado, em São Januário, pode ser considerado um bom resultado. Porém, esse empate me soa como uma derrota. Estou louco? Não. vou explicar.

A semana toda venho falando que tinha convicção numa derrota do São Paulo, afinal, nas últimas rodadas venho observando uma “Operação Salva Vasco”. Em São Januário, um verdadeiro caldeirão dos infernos, o São Paulo, sem qualquer força nos bastidores, seria presa fácil. Portanto, nesse caso, jogando sem Calleri, Beraldo e Rafinha, considero que o empate foi um bom resultado.

Por outro lado, e aqui entra a sensação de derrota, nada do que eu imaginava aconteceu. Ao contrário, Bráulio da Silva Machado teve uma boa arbitragem. Marcou um pênalti, para mim claro, porém dentro de São Januário, aos 45 minutos do primeiro tempo. E aí se sucedem a sensação de derrota.

Wellington Rato pega a bola, autorizado por Lucas, capitão do time, e vai rebolando para a bola, dando pulinhos. Aí bate fraco no meio do gol, quase como um recuo para o goleiro do Vasco.

Daí para a frente gol perdido pelo Lucas, pelo Luciano (já no segundo tempo), outras jogadas inacabadas. O São Paulo, mesmo não querendo, jogou melhor que o Vasco. Só que chegou um momento, como não fazíamos nada, o Vasco foi para frente e transformou Rafael no nome do jogo.

Não foi só o pênalti que Wellington Rato perdeu. Ele fez uma das piores partidas de sua vida; Pablo Maia cansou de dar contra-ataque para o Vasco; Alan Franco também exagerou no direito de errar.

Salvaram-se Lucas – sempre ele -, Nathan, que fez boa partida; Caio e Rodrigo Nestor, além de Alisson, que foi razoável. Ou seja: conseguimos não ganhar, em condições normais, de um time muito ruim.

Isso me dá a clara impressão de que os jogadores, tidos como titulares, entraram em férias depois da conquista da Copa do Brasil e da vitória sobre o Corinthians. Portanto, resta a Dorival utilizar o que falta no campeonato para testar jogadores do elenco.

Ah!, Dorival, por favor: separe os cobradores de pênalti (Calleri, Luciano, James, Rato) e coloque para cobrar 200 pênaltis por dia no CT, com Rafael no gol. Assim você consegue fazer um baita treinamento para cobradores e goleiros. Porque eu estou de saco cheio de perder pontos ou ser eliminado porpênaltis mal cobrasos

São Paulo mostrou futebol de campeão para virar sobre o Corinthians

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, foi uma grande vitória no Majestoso deste sábado. Sofremos um gol com dois minutos de jogo, numa falha de Rafael, mas o time mostrou um verdadeiro futebol de campeão para virar sobre o reserva do Corinthians e vencer o jogo por 2 a 1.

A despeito de ser, como eu disse, reserva, do lado de lá estava uma camisa que merece respeito pela sua tradição. Já jogamos com time reserva contra eles, em Itaquera, nem por isso desdenhamos da nossa situação por ter perdido ou empatado algum jogo. Por isso respeito muito o resultado e a partida de alguns jogadores.

Destaco, principalmente, Calleri, Lucas, Alisson e Beraldo. Partida exemplar. Não que os demais tenham decepcionado. Mas procurei, nesse nomes, indicar os melhores em campo.

Calleri, como disse o amigo Waldir Albieri, tem uma simbiose com nossa caminha que é algo que impressiona. Além do profissionalismo acima de tudo, tem amor, tem feeling, tem tudo que faz dele um dos cinco maiores centroavantes que passaram pelo São Paulo.

Lucas traz consigo a experiência adquirida da Europa. Tem uma força de arranque fora do comum. Faço aqui um contraponto: o Corinthians destacou Maycon para marcar Lucas. De repente tinham Maycon e Giuliano. E Lucas ganhou todas. Do outro lado, quando entrou Renato Augusto, Alisso foi destacado para marcá-lo . E Renato Augusto não conseguiu jogar.

Também falei de Beraldo. Que zagueiro. Que sobriedade. Jogou sem Arboleda a seu lado e não deu sopa para o azar. É verdade que Diego Costa também fez boa partida.

Enfim, o primeiro tempo do São Paulo foi digno de time campeão. E o segundo, bem, o segundo também. Soube segurar o resultado sem correr riscos e ainda criou várias chances perdidas no ataque. A mais gritante a de Wellington, depois de ótima jogada de Lucas, deixa o lateral na cara do gol e ele chuta para longe do gol.

O ano acabou para o São Paulo. O pequeno risco de rebaixamento desapareceu. Estamos na Libertadores do próximo ano. Agora Calleri, que forçou o terceiro cartão amarelo, poderá fazer sua cirurgia. Outros poderão se tratar. Afinal temos o Vasco sábado que vem e depois paramos por dez dias por conta das Eliminatórias da Copa do Mundo.

No Brasileiro, é só manter o ritmo e terminaremos o ano com ótimo retrospecto geral. Mais uma vez, parabéns elenco. Você deu a resposta que esperávamos. Não vou me cansar de gritar: É Campeao!!!

Time reserva dá conta do horrível lanterna e traz alívio para a sequência

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o time reserva do São Paulo não teve a menor dificuldade para passar pelo horrível lanterna do Brasileiro nesta quarta-feira, no Morumbi. Depois de dois gols anulados, por impedimento, finalmente o terceiro valeu – apesar de ter sido anulado pelo bandeira, mas corrigido pelo VAR – e ratificou a superioridade impressionante do São Paulo em campo.

Por mais que tivéssemos levado um susto com o gol do Coritiba, absolutamente sem querer, pois foi um verdadeiro “passe” de Gabriel Neves, o São Paulo voltou ao domínio das rédeas do jogo e conseguiu o segundo gol, numa penalidade muito clara, no ângulo de visão do árbitro, mas só marcada pela revisão do VAR. Ou seja: uma arbitragem totalmente dependente do juiz de vídeo. E, por incrível que pareça, o VAR acertou todas as decisões.

Gostei muito da partida de James Rodriguez. Dá para perceber que ele está retomando a forma física e isso é fundamental para ele galgar uma posição de titular no time. Até porque, futebol ele tem e demonstra que, tecnicamente, está bem acima de quase todo o elenco.

Também vi em Diego Costa uma grande partida. E olha que ele teve que “carregar” a mala do Alan Franco. O argentino marcou o primeiro gol, mas por muito pouco não deu um gol para o Coritiba e ainda falhou em alguns botes lá perto da área. Nathan é outro que, por mais que consiga fazer algumas jogadas interessantes, tem esse lado bom superado pelas péssimas apresentações no restante dos jogos.

Gabriel está provando, a cada dia, que a reserva é o que melhor lhe cabe, enquanto Luan, ao que parece, está retomando a forma física e fez boa partida. Enquanto isso lá na frente, bem, contamos com Luciano, porque Juan continua devendo explicação para sua escalação como titular.

Não falei de Michel Araújo, ou melhor, deixei por último, assim como Wellington. O uruguaio tem repentes de craque, descola algumas jogadas meio mágicas, mas na maioria das vezes vive uma mesmice e não consegue passar ao torcedor a confiança de que pode ter uma vaga no time titular. Já Wellington, bem esse continua com um índice altíssimo de cruzamentos errados. Isso quando eles vão por cima, porque quando são por baixo, se tornam em verdadeiras assistências.

Enfim, o time reserva ganhou, tirou o São Paulo de uma situação não confortável, a apenas três pontos do Z4. Mais do que subir quatro posições e ficar a seis pontos do Z4, colocou seis times entre nós e o primeiro time da zona de rebaixamento, que é o Bahia. Isso quer dizer que uma vitória sobre o Corinthians no próximo sábado, praticamente nos tira de qualquer pesadelo de voltarmos a rondar o Z4. E, então, Calleri vai poder operar.

O campeão de todos os títulos que existem voltou!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o tempo de glória voltou. E com um rigor impressionante. Afinal, conquistamos o único título que faltava em nossa vasta coleção, com requintes de crueldade, eliminando, numa sequência, dois arquirrivais locais, como Palmeiras (não é o melhor da América?) e o Corinthians (não é nossa asa negra?) e, de quebra, o Flamengo (não é o melhor do mundo?). Foi um título com a marca do São Paulo, aquele que sempre foi gigante e estava um pouco adormecido, mas que deixaram acordar. Agora, segura.

Se há um acerto desta diretoria foi o momento da troca de técnicos. Rogério Ceni tinha criado atrito com todo o elenco e não conseguia mais fazer o time andar. Dorival chegou, mudou o clima, uniu o grupo e conseguiu tirar bons resultados dos mesmos jogadores que estavam com Ceni. Dorival disse na entrevista que havia pedido a Júlio Casares que, se não pudesse contratar, ao menos não vendesse ninguém. A diretoria atendeu o pedido e ainda trouxe, de quebra, Lucas e James Rodrigues (esse último um bom expectador dos grandes jogos).

Jogadores como Arboleda e Calleri não tinham nada a provar. Mas o crescimento de Rafinha, Beraldo, Caio, Rodrigo Nestor e Alisson nas mãos de Dorival é algo fora do comum. Essa somatória fez do São Paulo um digno e legítimo campeão.

Não teve Palmeiras, não teve Corinthians, não teve Flamengo, não teve ninguém. Chegamos como zebra contra todos eles, assim como acontecem em 1992 e 1993, quando Barcelona e Milan eram os favoritos disparados e conheceram a força do Tricolor. Agora, em menor intensidade por conta dos adversários, é claro, a história se repetiu.

O elenco está de parabéns, Dorival, acima de tudo, é sensacional. Todos que se envolveram nessa conquista devem ser reverenciados. Muricy voltou para ser campeão.

Falei durante a transmissão pela Rádio São Paulo e vou deixar marcado aqui. Sou um crítico desta administração, mas sou acima de tudo ético e sei bem separar as coisas. Devemos reverenciar algumas figuras que tem sido alvo de minhas críticas, às vezes, ferozes: Carlos Belmonte, diretor de Futebol, pois afinal foi ele quem montou, em última análise, o time que conquistou a Copa do Brasil; Dedé, diretor Social, que espalhou telões por todos os cantos do clube para que os sócios pudessem acompanhar a partida; Eduardo Toni, diretor de Marketing, pelo grande trabalho feito no final de semana, como um dirigível pelo céu de São Paulo, as bandeirinhas, a queima de fogos, etc. E, claro, Júlio Casares, o presidente que comandou tudo isso. Um presidente campeão.

Não vou permitir que o título encubra os erros da diretoria. Mas, como já disse aquele grande filósofo Confúcio, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. E, acima de tudo, de divergências e outras coisas mais, somos todos São Paulo.

Por último, quero apenas fazer uma retificação no título desta editorial. Não temos todos os campeonatos não. Há um Palmeiras e Corinthians tem e nós não. Aliás, esse eu não quero.

Salve o Tricolor Paulista, eterno amor da minha vida. Obrigado, São Paulo. É Campeão!!!

São Paulo jogo contra o Fortaleza pensando no Flamengo. Mas até o time reserva?

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo voltou a perder no Campeonato Brasileiro e só não se afundou na tabela porque os times que estão atrás de nós também perderam ou empataram. Mas a situação está ficando cada vez mais preocupante no Brasileiro, pois estamos a apenas quatro pontos do Z4. Mas estamos pensando no Flamengo, no título da Copa do Brasil e o resto que se dane.

Interessante é que o Flamengo mandou seu time principal para Goiânia ontem. Apesar de jogar um futebol pífio e só empatar com o Goiás, ele, que teve que viajar, que terá viajar no final de semana, que terá que ganhar o jogo na casa do adversário, não poupou jogadores. Apenas os que estavam suspensos ou machucados não jogaram.

Já o São Paulo, que joga por um empate, não viajou para jogar com o Fortaleza, não viajará no final de semana, vindo de uma folga de 15 dias, precisou poupar o time todo. Vai entender.

Aliás, parece que até o time reserva entrou em campo pensando no Flamengo, pois se esqueceu de jogar contra o Fortaleza, assim como já houvera acontecido contra o Internacional, semana passada.

Por mais que eu admita que o elenco do São Paulo é fraco – temos bom time titular, mas elenco ruim – não posso admitir que nossa camisa seja vilipendiada deste forma dentro do Morumbi. São oito jogos sem vitória, quatro deles no Morumbi.

Pensem: esse time reserva não é do Nacional da Comendador Souza, do Juventus da Mooca. É um time reserva do São Paulo, que tem, por obrigação, encarar diversos times no Brasil de igual para igual. Um time reserva com James Rodriguez, Luciano, Wellington, Michel Araújo, não pode perder tão facilmente assim para o Fortaleza.

Ah, o goleiro deles foi o melhor em campo no primeiro tempo. Pegou até pênalti. Então é fácil concluir que continuamos fazendo o nome dos goleiros, pois a cada jogo um goleiro adversário se torna herói do jogo. Tem algo errado aí.

James perdeu outro pênalti. O segundo cobrado desde que chegou, o segundo perdido. Mas ele não foi tão mal. Mostrou que é um verdadeiro meia, que vem buscar a bola no meio de campo, se desloca por todos os pontos do campo no ataque, sabe dar assistência, tem ótima batida na bola e fez um gol de craque. Mas ainda não está no ritmo do time principal e, por isso, deve continuar no banco contra o Flamengo.

Em compensação, Luan, Nathan, Gabriel e Juan, definitivamente, desaprenderam a jogar futebol. Ou, em alguns casos, nunca aprenderam

Enfim, que a vitória venha domingo para coroar o ano, nos colocar na Libertadores em 2024, trazer o título que falta para nossa prateleira e, claro, os R$ 70 milhões para os cofres do clube. Porque se algo der errado e não vier, a casa vai cair.

Vitória irrefutável, de um time que jogou com cara de campeão!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a vitória do São Paulo sobre o Flamengo no Maracanã mostrou que o time está com verdadeira cara de campeão. Não se assustou com os quase 60 mil flamenguistas presentes no estádio, nem com a fama do adversário tido como o melhor elenco das Américas. Mandou e desmandou na partida o tempo todo, criando oportunidades e não sofrendo com uma pífia pressão carioca no segundo tempo.

Desde o início do jogo já dava para perceber que o São Paulo havia entrado em campo consciente de sua força e possibilidade real de não se entregar facilmente ao adversário. Mais do que isso, que poderia vencer o jogo.

Dorival Jr armou um sistema de meio de campo muito forte, com Pablo Maia, Alisson e Rodrigo Nestor formando uma linha de três, ajudado por Caio que, por vezes, funcionava com quarto home, enquanto Rafinha ficava mais recuado formando a zaga com Arboleda e Beraldo.

Lucas tinha liberdade e se posicionava atrás do meio campo do Flamengo. Quando estava com a bola, Rodrigo Nestor virava ponta esquerda e Wellington Rato ponta direita. Aliás, as jogadas de Caio Paulista arrancando do campo do São Paulo, sem receber marcação, levando a bola em diagonal na direção da área, obrigavam Wesley a fechar para segurar sua descida. Rodrigo Nestor, aberto, sempre sobrava livre para receber as bolas. Na primeira que cruzou, Calleri desviou para a defesa do goleiro do Flamengo. Na segunda, Calleri colocou lá dentro.

O primeiro tempo terminou com 1 a 0 e o São Paulo sobrando em campo. Perdeu algumas oportunidades, não bem gols perdidos, mas demora em arrematar na direção do gol após chances criadas. Isso ocorreu duas vezes com Wellington Rato, uma vez com Calleri, outra com Rodrigo Nestor. A superioridade do Tricolor foi tão grande que levou o técnico Jorge Sampaolli a dar um chute nas placas de publicidade ao sair do campo para o intervalo.

Era evidente que o Flamengo viria para cima no segundo tempo. Everton Ribeiro entrou no lugar de um volante e o Flamengo passou a ter quatro jogadores na frente: Everton, Gabi, Pedro e Bruno Henrique. Só que o meio de campo do São Paulo estava fechado e o Flamengo não conseguia criar. Pablo Maia tirava tudo na frente da área e Alisson, bem, esse mais uma vez foi um gigante.

Restou ao Flamengo levantar bolas na área. Mas Arboleda, imbatível no quesito e Beraldo, também gigante no jogo não deixavam nada passar. Tanto que Rafael saiu de campo sem sujar uniforme. O que ele fez, o jogo todo, foi cobrar tiro de meta.

Vitória incontestável, irrefutável, de um time que mostrou ter cara de campeão. Mas como disse o próprio técnico Dorival Jr, nada está ganho. A torcida tem o direto de se empolgar, de rir, de comemorar. Ao elenco resta ter os pés no chão, treinar muito e manter concentração 100 por cento para o jogo do próximo domingo. São quatro tempos de 45 minutos. Ganhamos os dois primeiros. Precisamos manter o foco que o título inédito da Copa do Brasil está muito próximo de ser conquistado pelo Maior do mundo.

Depois de 15 dias treinando, é isso o que o São Paulo pode apresentar? Preocupa.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, é no mínimo preocupante a situação do time num momento de decisão de título. A derrota de virada para o Internacional nesta quarta-feira, pelo Campeonato Brasileiro assustou e nos deixou apreensivos em relação ao que pode acontecer domingo, quando começamos a decidir o título da Copa do Brasil, contra o Flamengo. Ainda que o Mengo tenha ido pior ainda, perdendo, no Rio, do Athelico por 3 a 0.

Não quero com isso dizer que a derrota vai abalar os jogadores, que vai tirar a confiança, coisa e tal, até porque ficou nítido que o São Paulo jogou contra o Inter pensando no Flamengo. Por isso foi presa fácil de um time medíocre como esse do Internacional, mais um que não ganhava há dez jogos e nós ressuscitamos.

Alguns dizem que Rafael falhou no segundo gol. Posso até admitir que era uma bola defensável, não que foi falha dele. E temos que lembrar que ele fez duas grandes defesas na partida, evitando que sofrêssemos uma goleada no Sul.

O time estava tão fora de sintonia que até o pênalti cobrado por Calleri foi pessimamente batido. A bola só entrou porque o goleiro gaúcho, Keller, é ruim demais. Além de cometer a penalidade por um erro grotesco, não segurou uma cobrança fraca, no meio do gol. Então, se Caller estava assim, imagina o resto.

Tiro deste resto Lucas, por mais que tenha sido colocado por Dorival Jr como assistente de lateral esquerdo, soube se posicionar em campo e era o único que levava a bola na vertical. Os demais jogavam para o lado o para trás. Ou erravam passes grosseiramente como Pablo Maia, Luciano, Rafinha, Caio, Rato.

Mas Dorival, quando sofremos o empate, tirou Lucas, o único que arrancava suspiros da torcida. E o time desandou. Tomou o segundo gol e ficou a mercê do Internacional, grogue no canto do ringue. Só não foi goleado, repito, por conta de duas defesas de Rafael e da limitação do time gaúcho.

Culpo a diretoria por essa situação toda. É ela quem, mais uma vez, optou pelas Copas. Está cometendo o mesmo erro do ano passado, quando jogou fora o Brasileiro para ganhar a Copa Mundial Sul-Americana. Perdeu e se acabou no Brasileiro. Saiu do sexto lugar em que se encontrava e foi parar na décima-terceira posição. Agora, outra vez, largou o Brasileiro e optou pelas Copas. Já dançamos na Sul-Americana. Mas se perdermos do Flamengo e cairmos, de novo, sete posições, iremos para o Z4.

Não estou dizendo que tem que abrir mão da decisão da Copa do Brasil. De maneira alguma. Mas afirmo que não troco um título inédito na Copa do Brasil por outro inédito ano que vem, na série B. Até porque, já estamos em 12º lugar. A depender dos resultados, poderemos chegar domingo, no Maracanã, em 14º, empatados com o Goiás, que só estará atrás pelos critérios de desempate, tendo entre nós e o Z4 apenas o Bahia.

Enquanto tudo isso acontece, no clube e nos camarotes corporativos do estádios as festas continuam. Quase todos os dias tem uma. De grupos políticos ligados ao presidente Júlio Casares. O que prova que eles não estão nem aí com o futebol.

E isso tudo é. no mínimo, para se preocupar. E muito.