Casares demonstrou aversão à controvérsia e que não aguenta um apertão que entrega

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a entrevista do presidente Júlio Casares ao Roda Viva da TV Cutlura, nesta segunda-feira, tinha tudo para ser um elevador que o colocasse em alto patamar, mas tomou o sentido contrário. O presidente do São Paulo demonstrou total aversão à controvérsia, chegando mesmo a mostrar irritação em um pequeno debate, e justificou a razão de manter a imprensa tão longe do clube: basta um apertão que ele entrega.

Sua entrevista chegou a irritar vários torcedores nas redes sociais. Não foram poucos os sócios torcedores que se sentiram magoados, ofendidos com o descaso que vinham sentindo por parte do clube, agora chancelado pelo presidente, quando em momento algum defendeu ou deu explicações minimamente razoáveis para quem ficou sem ingresso nos jogos contra o Corinthians e o Flamengo, mesmo após ter frequentado as arquibancadas em jogos que “não valiam nada”. Foram preteridos pelos mais afortunados, colocados na classe Diamante.

Casares não conseguiu explicar os motivos de tantas contusões no São Paulo e um Refis, que outrora fora parâmetro internacional e hoje se encontra defasado em relação aos modernos equipamentos de fisioterapia. Ao chamar constantemente o local de Rafis Plus, Júlio Casares preferiu falar do restaurante, fartamente elogiado por Lucas Moura, do que detalhar os tais equipamentos de ponta que ele diz terem sido adquiridos.

Júlio também deixou claro, nas entrelinhas, que ainda há dívidas com os direitos de imagem dos jogadores. Quando alguém pergunta se você fez tal coisa, ou você diz que sim ou tergiversa. Foi o que ele fez. Alegando questão “interna corporis”, não quis falar sobre as dívidas. Apenas quero lembrar que muitas promessas de quitação foram feitas. A última, à véspera do jogo contra o Corinthians pela Copa do Brasil, prometendo que em caso de classificação para a final, dois meses de atraso seriam quitados. Ao que parece, mais uma promessa não cumprida por esta diretoria mitômana.

Não quis dar explicações sobre as questões dos ingressos, mudou o valor pago para Galoppo, fazendo crescer em dólares, disse agora que foi o São Paulo quem pagou pelo passe, desdenhou de quem quer saber se terá como comprar ingresso para o jogo do Rio de Janeiro, falou de venda de cervejas quando foi perguntado sobre a mudança de perfil dos sócios torcedores, ou seja, responde batata para uma pergunta sobre melão.

Mas quando foi apertado, entregou: admitiu textualmente ser candidato à reeleição e, contradizendo tudo o que pregou até agora, que a dívida do São Paulo hoje está em R$ 700 milhões, como vínhamos afirmando há tempos.

Casares demonstrou irritação ao ser questionado sobre os títulos conquistados pelos adversários enquanto o São Paulo comemora o Paulista de 2021. Deu respostas bruscas, se exaltando visivelmente. Isso por si só justifica sua resposta de ainda manter afastada do Centro de Treinamento da Barra Funda e também do Morumbi a imprensa. Afinal, tirando os cordeirinhos de plantão, os jornalistas costumam ser agudos. E isso não interessa para uma diretoria que só quer esconder o que há por detrás dos muros.

Triste entrevista de um grotesco presidente de um grande clube. Diria: de um clube gigante.

180 conselheiros decidiram que os conchavos políticos vão continuar

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, aconteceu o que eu esperava: a proposta de eleição direta para presidente do São Paulo foi derrotada no Conselho Deliberativo e, portanto, arquivada pelo presidente do CD, Olten Ayres de Abreu. 180 conselheiros decidiram que os conchavos políticos vão continuar. Os acordos, muitas vezes não republicanos, continuarão prevalecendo sobre a vontade do sócio são-paulino de eleger seu presidente.

É bem verdade que a mudança seria pequena. Afinal, ainda caberia ao Conselho Deliberativo indicar entre seus membros dois candidatos que iriam para votação na Assembleia Geral. Ou seja: democracia até a página 2. Mas de qualquer forma, os sócios teriam mais direito de cobrar seu candidato caso ele não cumprisse promessas feitas na eleição.

Vejam como a situação é hoje: Olten Ayres de Abreu prometeu que transmitiria todas as sessões do Conselho, para que conselheiros dessem satisfação aos sócios de atos e votos emitidos. Durou uma sessão e meia, se muito. Júlio Casares prometeu cumprir um mandato de três anos e teve um discurso veemente, como é normal em sua postura “marketeira”, e a primeira coisa que fez foi dar um golpe, passando a reeleição para si próprio (isso sem contar a praça com seu nome que foi inaugurada no clube) e foi firme e forte na defesa do voto antidemocrático, para derrubar a ideia de eleição direta, ainda que fosse para 2026. Isso, é lógico, porque novo golpe está sendo preparado, com texto de Carlos Miguel Aidar, para mostrar que ele pode se reeleger daqui a três anos, porque estará na vigência de um novo estatuto.

Os sócios não conseguem cobrar nada. Por mais que Olten e Júlio sejam frequentadores assíduos do clube, pouco tem contato com os sócios. Prendem-se às rodas políticas para aliciar, com falsos argumentos, conselheiros mais fracos de opinião.

Não me causou espanto ver que, além dos dois, Leco, José Eduardo Mesquita Pimenta, Leonardo Serafin, Osvaldo Abreu, Douglas Shwartzmann (a turma dos Jacks), Dorival Decousseau e Dario Speranzoni (ambos com problemas com a Justiça, e que já visitaram uma cela), Carlos Belmonte (mais uma gigantesca decepção) tenham votado pela manutenção do status quo. Mas os recém egressos da oposição (Fábio Mariz, Maurício Canassa, Itagiba Francês, Rodrigo Gaspar), isso já é demais. Acho que ali dentro a coisa é boa demais.

Vanglorio pessoas como Fernando Casal de Rey, José Douglas Dallora, Edson Lapolla, Carlos Sadi, Erovan Tadeu, Marco Aurélio Cunha, José Carlos Ferreira Alves, Alexandre Médicis, e mais alguns responsáveis e defensores da democracia, pelo voto Sim.

E chamo a atenção para mais dois nomes: José Sorrentino Dias e Sylvio de Barros. O primeiro, líder da oposição. Única abstenção na votação. O segundo, ex-provável candidato a presidente pela oposição. Votou NÃO. Depois se explicou ao grupo e disse ter errado. Ou seja: fosse candidato ficaríamos entre o marketeiro e o burro.

O São Paulo, após a votação do Conselho Deliberativo, deu milhares de passos atrás. Mostrou que continuará a ser um clube de conchavos, de igrejinhas, dominado pelos amigos do rei e que vai ficar cada vez mais distante de clubes, que outrora tinham que olhar para cima para nos enxergar. Hoje eles olham para baixo. E riem da nossa patética situação.

Votação de eleição direta para presidente será a democracia contra a ditadura

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o Conselho Deliberativo vota, nesta terça-feira, uma mudança no estatuto: ela permite eleição direta para presidente do clube, a partir de 2026. Quem votar SIM, estará aprovando o projeto; quem votar NÃO, estará contra. Será a democracia (o sim) contra a ditadura (o não).

É importante salientar esse ponto: a medida valerá para 2026. Isso derruba a narrativa de membros ligados a Júlio Casares, que estão alardeando ser mais um golpe, que vai tumultuar a eleição presidencial. Na realidade, golpe deu esta diretoria, ao aprovar, para essa gestão, a reeleição. O que se quer agora é aprovar a eleição direta para a próxima gestão. E se não for aprovada este ano, ficará para 2029.

Ouvi alguns relatos de sócios e conselheiros neste final de semana, entre eles e Júlio Casares, que esteve no clube tentando explicar a razão de votar NÃO.

Num dos diálogos, ele falou:

-Por que você é a favor do voto direto do sócio para presidente?

O interlocutor respondeu:

-O sócio quer votar para presidente.

Júlio: mas o sócio já vota para presidente, ao eleger o conselheiro, que elege o presidente.

Interlocutor: mas o sócio quer continuar elegendo o conselheiro e também votando direto no presidente.

Júlio: mas teremos corinthianos e palmeirenses elegendo o presidente do São Paulo, já que muitos sócios não torcem para o time.

Interlocutor: mas os corinthianos e palmeirenses já elegem o presidente do São Paulo, votando nos conselheiros.

Acho que ficou claro.

Outro ponto que os defensores do NÃO vão defender é que seria importante que nas eleições diretas fossem permitidos os votos dos sócios patrimoniais, sócios torcedores e proprietários de cadeiras cativas.

O que obtive junto aos signatários é que o projeto previu apenas sócios patrimoniais nesse primeiro momento para ser menos difícil de ser deglutido pelos situacionistas, mas que num segundo momento, nova alteração no estatuto seria proposta, com as inclusões de sócios torcedores e proprietários de cadeiras cativas.

Mas já que o discurso dos defensores do NÃO será esse, deixo aqui uma sugestão à oposição: feche um acordo com a diretoria, retire da pauta desta terça-feira esse projeto, apresente outro dentro de 15 dias, com essas inclusões e aprovem no Conselho Deliberativo, aí com voto da situação e da oposição. Mas atente, oposição: pegue assinaturas e registre em cartório, porque não dá para ficar na palavra com essa diretoria que adora flertar com a mentira.

Sei, de antemão, que Júlio Casares se fará presente na Sessão para defender o voto NÃO. Aqui encontro uma explicação: além dos flertes e casamento que citei acima, há também o temor de uma eleição direta, ainda que para 2026. Afinal, novo golpe será tramado, com apoio intelectual de Carlos Miguel Aidar, nos mesmos moldes que fez com Juvenal Juvêncio. Júlio Casares será eleito em um novo estatuto e, portanto, terá direito a mais uma reeleição em 2026. E ele não quer correr o risco de ter que disputar o voto do sócio.

Então, sócio, ligue para o seu conselheiro, mande mensagens, fale com ele. Diga a ele que, se votar sim, quando ele lhe pedir o voto você dirá sim, mas que se ele votar não, quando ele te pedir o voto, também ouvirá um não.

Nós, no Tricolornaweb e na Rádio São Paulo, vamos acompanhar minuto a minuto desta sessão. A votação será eletrônica, durante 24 horas (portanto acabando na quarta-feira), mas teremos debates na tribuna. E, principalmente, teremos os nomes dos que votaram SIM e dos que votaram NÃO.

Haverá uma página no Tricolornaweb, que ficará até o final do ano, com esses nomes.

O Tricolornaweb, neste editorial, defende o voto SIM. Aqui fazemos democracia e, por isso, a defendemos em todos os pontos. Porém, creio seja difícil a aprovação, já que esta diretoria, além de flertar com a mentira, é casada com a opacidade.

Mais uma grande decepção. E agora com o craque de R$ 1 milhão

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo nos fez passar mais uma decepção. A saga continua e nós permanecemos como simples coadjuvantes internacionais. E isso num torneio que é a segunda divisão da Libertadores. Imaginem, então, se estivéssemos nela. Talvez nem passássemos da primeira fase.

O time mudou completamente, apesar de estar com os mesmos jogadores e mesmo técnico. Ao contrário do que fez contra San Lorenzo e Corinthians (esse de forma impecável) o time estava frio, tenso. Não foi para cima. Ao contrário, foi a LDU quem mais criou no primeiro tempo. O time estava irreconhecível, e isso com um Morumbi, como sempre, lotado.

A zaga atrapalhada pela má atuação, de novo, de Pablo Maia. Beraldo estava visivelmente sem condição de jogo. Tinha receio de dar as arrancadas e os bons passes que dá para o ataque. Luciano e Calleri se esbaldando de perder oportunidades; Wellington voltou a tentar cruzamentos pelo alto e errou todos, como sempre. No único que deu rasteiro, deu uma verdadeira assistência, perdida por Luciano.

Pensei que Dorival viesse com mudanças para o segundo tempo. Afinal, já deu para perceber, ele está previsível para o técnico adversário. Mas não. Continuou com a mesmice, com Rodrigo Nestor não rendendo nada e o time não conseguindo atacar.

Aí veio a expulsão do zagueiro equatoriano. Pronto. Entraram James Rodriguez, Wellington Rato, Michel Araújo (cada um a seu tempo); ficamos sem volante (nem precisava mesmo). Houve uma avalanche para cima da LDU. E o gol saiu com Arboleda.

Só que o time começou a viver de cruzamentos altos na área. Mas Calleri perdeu um gol que, em condições normais, não perderia. O tempo passando e os pênaltis se aproximando. Tensão no Morumbi, entre os jogadores e os torcedores. E vieram os pênaltis.

Cantei, durante a transmissão, que Calleri, James Rodriguez, Lucas, Beraldo e Luciano seriam os batedores. Só errei no nome de Luciano, pois foi Wellington Rato. Queria ter errado no de James. Pois é. O cara dde R$ 1 milhão por mês (este ano, porque será R$ 1,3 milhão ano que vem), mais U$ 500 mil a cada 16 jogos, fez o favor de perder o pênalti. E a Sul-Americana ficou no passado.

Disse várias vezes que quero que se lixe a tal de Sul-Americana. Que, se perdesse, seria uma vergonha, eu iria xingar, reclamar, falar um monte. Mas que domingo, quando o time entrar em campo para pegar o Coritiba pelo Brasileiro, teria esquecido tudo. E é o que vai acontecer.

Só que o domingo ainda não chegou. Estou no day after do novo vexame do Morumbi. Mas, como está numa matéria, a “torcida que conduz” abraçou o time. Diria que abraçou mais a diretoria que o próprio time. Porém, a verdadeira torcida que conduz, essa está de saco cheio. E logo vai começar a gritar: é 24 de setembro. ! E eu vou gritar: É domingo!

São Paulo vive “pandemia” e decide trabalhar só “home office”

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo ressuscitou mais um: depois de tirar o peso do grande número de jogos sem vitórias do Atlético-Mg, agora deu sua mãozinha para o América-MG. Mas esse foi com requintes de crueldade – para nós -. Afinal, o América é o lanterninha do campeonato, nós ficamos com um jogador a mais boa parte do segundo tempo e conseguimos a proeza da derrota.

Desculpem o título que parece ser jocoso, ou para ganhar cliques, mas efetivamente é isso o que vem acontecendo: tiram dois jogos da primeira fase da Sul-Americana, onde conseguimos duas vitórias, e dois jogos da Copa do Brasil (Ituano, Sport e Palmeiras), não ganhamos uma única partida fora dos nossos domínios. No Brasileiro, já estamos no segundo turno e continuamos sem vitória; na Sul-Americana tivemos que virar o placar contra o San Lorenzo e agora temos com a LDU; na Copa do Brasil, tivemos que virar sobre o Corinthians. Por isso falei do home office, hábito criado a partir da pandemia de Covid-19.

E nossa situação no Brasileiro pode se tornar trágica nos próximos dias. Temos o Coritiba domingo à noite, n o Morumbi, mas como Dorival vai colocar o time titular para virar sobre a LDU, certamente voltará a colocar o reserva contra o Coxa. Só que já vimos que esse time reserva foi impotente contra Bahia, Atlético-MG e Botafogo, dentro do Morumbi. Para piorar, na sequência terá Internacional, em Porto Alegre.

Isso significa dizer que essa diretoria, nociva ao clube, gosta de conviver com o perigo e quer nos colocar na alça de acesso do Z4. Me obriga a voltar a fazer o que tinha desistido: contas para chegarmos aos 46 pontos. Como estamos com 28, faltam 18. Ou seja: seis vitórias, sendo que temos nove jogos no Morumbi. Com a média que estamos, alguém acha mesmo que será tranquilo conseguir essas vitórias?

A diretoria repetiu o mesmo erro do ano passado, quando abriu mão do Campeonato Brasileiro e se dedicou à Sul-Americana. Levou o AeroJúlio para Córdoba, mandou um ônibus sair de São Paulo com pessoas da Comunicação, fazendo um filme da viagem, tratou como uma espécie de final de Mundial, bem no estilo marqueteiro de Júlio Casares, para depois perder para o time do suco e voltar para cá com os rabos no meio das pernas, com Sul-Americana perdida e Brasileiro estragado, pois estávamos próximos do G6, e acabamos na rabeira da Sul-Americana deste ano.

Como eu disse, uma diretoria nociva ao clube e que a cada dia que passa nos coloca rótulos e mais rótulos de vexames a serem colecionados.

Derrota em Quito poderia ter status de tragédia, mas ficou de bom tamanho

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a derrota do São Paulo para a LDU nesta quinta-feira, pela Sul-Americana, poderia ter tido contornos de tragédia. Mas o gol de Lucas no final nos devolveu à competição e, acredito, temos um placar bem fácil de virarmos no Morumbi.

O primeiro tempo do time foi patético. Apanhado pela velocidade do time equatoriano, na altitude de 2.850 metros acima do nível do mar, o São Paulo virou presa fácil, tomando o primeiro gol logo aos 2 minutos. E a pressão continuou muito forte. Rafael foi fundamental para o placar não se elevar tanto, apesar do segundo gol ter saído ainda no primeiro tempo.

O problema que transformou o São Paulo em “presa fácil” foi o erro gritante de Dorival Jr na escalação. Ele nunca poderia ter entrado com dois segundos volantes e nenhum jogador à frente da área. Na ausência de Pablo Maia seria evidente que ele entrasse com Mendez ou Luan. Ao escalar Gabriel e Alisson deixou aquele setor à frente da área vazio, disponível para a velocidade e a verticalidade da LDU. Sem proteção à frente da zaga, Arboleda e Beraldo bateram cabeça e não conseguiam ganhar uma única jogada. Repito: a tragédia só não foi construída porque Rafael estava em grande noite.

Dorival acertou as coisas para o segundo tempo, tirando Gabriel e colocando Luan. Ao menos começamos a dar menos espaço para a LDU. Depois, com as entradas de Luciano e Michel Araújo nos lugares dos ineficazes Rodrigo Nestor e Wellington Rato, o São Paulo cresceu e passou a equilibrar as ações.

Depois Dorival ainda colocou James Rodriguez, que mais uma vez provou que está completamente fora de forma. Aliás, muito boa a convocação dele para a seleção da Colômbia, para as Eliminatórias da Copa do Mundo. Vamos ver se ele ganha ritmo ali.

Bem, mas no jogo de Quito, o 10 que funcionou foi o de Luciano, que deu excelente assistência para Lucas marcar o gol que nos permite acreditar numa virada no jogo de volta.

Agora é ver o que sobrou para o jogo contra o América-MG domingo, em Belo Horizonte. Não podemos brincar com o Brasileiro.

É uma no cravo, outra na ferradura. Assim é o São Paulo.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a instabilidade do time é algo que impressiona muito. Grande times nesse Brasileiro, como Palmeiras e Flamengo, tiveram fases ruins, com muitas derrotas, mas se superaram. O São Paulo entrou nessa fase ruim, conseguiu dois brilhantes resultados que culminaram com as classificações na Sul-Americana e na Copa do Brasil, mas continua naufragando no Campeonato Brasileiro. Já são cinco jogos sem vitórias nessa competição.

Não aceito a explicação de que o Dorival entrou com a escalação reserva e que do outro lado era o líder. Não foi time reserva não. Ou teremos que considerar Arboleda, Wellington, Pablo Maia, Gabriel e Luciano e James Rodriguez reservas. Além deles, Diego Costa não pode ser considerado um reserva. Então, de suplentes mesmo, tinha em campo Nathan, (horrível), Juan (muito horrível) e Michel Araújo (muito abaixo da média), além de Jandrei, que sequer apareceu no jogo.

Além do mais, no segundo tempo, entraram Lucas e Calleri, entro outros. Ou seja: time titular. Mas a pasmaceira continuou e, por mais que Jandrei não tivesse trabalho, o Botafogo só não goleou o São Paulo pela extrema ruindade de seus atacantes, que receberam vários “presentes” da defesa do São Paulo, principalmente Diego Costa, e não souberam aproveitar. Ouso dizer que estivesse em campo Tiquinho Soares, a história poderia ser bem diferente.

O que me preocupa não é essa inconsistência do time por conta dos jogos da Sul-Americana (não estou nem aí para eles) ou mesmo da decisão da Copa do Brasil, até porque decisão mexe com todos e ninguém consegue entrar em campo com sangue de barata. Me preocupa, mesmo, a sequência do Brasileiro.

Que não temos a menor chance de brigar pelo título, isso não é novidade. Mas ao menos brigar pelo G6, porque não podemos repetir o erro do ano passado, quando abrimos mão de tudo para “ganhar a Sul-Americana”. E deu no que deu.

Além do mais, o Flamengo também está na final da Copa do Brasil e lá na frente no Brasileiro. Só caiu fora da Libertadores, por absoluta crise dentro do elenco e com o técnico. Então, mesmo ainda na Libertadores, em nenhum momento abriu mão do Brasileiro. Maldita mania desta diretoria nociva ao clube.

Sobre o time, parece que Nathan e Juan não vão virar nunca. É perda de tempo. Se entram porque a diretoria quer vendê-los, pode esquecer.

E volto a me preocupar com o Brasileiro. Não quero passar a fazer contas, de novo, para os 46 pontos. Mas…

A noite de quarta no Morumbi me fez retornar aos tempos mágicos de nosso time

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a quarta-feira me levou de volta aos tempos mágicos de nosso time, quando os adversários eram dominados e massacrados em nosso campo e nós mostrávamos o por quê somos São Paulo. Falar que a classificação para a final da Copa do Brasil foi justa é chover no molhado. O que houve no Morumbi foi um verdadeiro massacre, onde, no primeiro tempo, só um time jogou.

Dorival Jr deu uma verdadeira aula tática em Vanderlei Luxemburgo. Colocou Alisson colado em Renato Augusto. O cara que desequilibra jogos para o Corinthians foi quase jogar de goleiro. A disposição das peças, deixando Rodrigo Nestor jogando pelo lado esquerdo, já que Wellington não faz o papel de Caio Paulista; Wellington Rato aberto pela direita; Lucas livre para voar e Calleri segurando dois zagueiros. O São Paulo sufocou o adversário. Fez 2 a 0 no primeiro tempo, poderia ter feito três, quatro, cinco.

Até os 20 minutos do segundo tempo o quadro foi inalterado. Luxemburgo fez cinco substituições nesse período, ou seja, trocou meio time, e o São Paulo continuou superior. Wellington Rato, que fez um golaço lembrando não sei quem, voltou as ser Wellington Rato perdendo um gol incrível após linda jogada de Lucas e assistência de Calleri.

Alguns dizem que o time cansou. Sim, depois de jogar o que jogou, da pressão que fez, do volume de jogo apresentado, não havia como não cansar, até porque o adversário havia trocado meio time.

Então Dorival começou a mudar. Entendo que com dois erros: ao tirar Alisson, recolocou Renato Augusto no jogo; ao tirar Calleri, liberou os dois zagueiros corinthianos para virarem centro-avantes e trouxe o time deles para cima do nosso.

Mas isso não desmerece o que Dorival fez na partida e o que o time inteiro realizou. Há anos, muitos anos mesmo, não vejo tanta intensidade, tanto volume, tanta técnica, tanta tática, como a vista no Morumbi nesta noite mágica de quarta-feira. Tudo me fez lembrar as grandes noites de Libertadores, quando a torcida fazia um verdadeiro show do lado de fora, esperando a delegação, e do lado de dentro, com cânticos e gritos.

Todos nós somos vencedores. E não é para menos. Uma Copa do Brasil que ficará para a história. Afinal, não é toda hora que eliminamos, em sequência, Palmeiras e Corinthians de um torneio. É certo que felicidade igual não há.

Podemos até não ganhar o título. Podemos até perder para o Flamengo e todo o sistema. Mas já me dou por satisfeito. Esse time chegou muito mais longe do que qualquer um de nós – menos aquele que mandou nos danarmos – poderia sonhar.

E fica aqui uma menção muito honrosa: Lucas Moura. Lembrou o efeito Raí, em 1998, ou o efeito Amoroso em 2005. Esse garoto vale ouro. A diretoria trouxe James Rodriguez para vencer o Corinthians. Mas foi Lucas quem decidiu, pois o colombiano sequer entrou em campo.

Mais do que nunca, Vamos São Paulo!!!

Falta de força nos bastidores da diretoria nos tirou a vitória no Maracanã

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, não podemos lamentar o empate no Rio de Janeiro pelo resultado em si. Afinal, mesmo se estivéssemos jogando com o time titular, um empate contra o Flamengo seria muito bem-vindo. Com o reserva, então, nem se fale. #SQN

Bem, não poderíamos lamentar, mas lamento sim. Era um jogo ganho. O São Paulo se aproveitou da tensão que envolve o Flamengo, com a torcida vaiando desde o início do jogo, colocando mais pilha ainda.

Lucas, mostrando o quanto poderá ser útil ao time, marcou seu primeiro gol na volta ao São Paulo. Impressionante como esses jogadores que vem da Europa, mesmo em fim de carreira, se sobrepõe aos que jogam por aqui. Prova que nosso futebol está nivelado muito por baixo.

Mas o São Paulo esteve muito bem o jogo todo, não sofreu pressão, não correu riscos. A defesa totalmente reserva, com Nathan, Diego Costa, Alan Franco e Wellington se portando muito bem. O meio de campo, com exceção a Alisson – errando tudo – também dando conta do recado.

Mas aí vieram nossos problemas, envolvendo jogadores e diretoria. Juan e Wellington Rato não podem perder os gols que perderam, que certamente definiriam a partida a nosso favor.

E a diretoria, onde entra? Na falta total de representatividade nos bastidores, seja da FPF, seja da CBF, seja da Conmebol. O pênalti marcado contra o São Paulo aos 50 minutos do segundo tempo foi um grande assalto. Duplamente assalto. Primeiro porque houve impedimento e o VAR, escandalosamente, aumentou a linha até colocar Luiz Araújo na mesma linha da defesa do São Paulo. Foi uma linha maldosamente entortada. Depois porque não houve pênalti. O toque de Michel Araújo foi muito sutil e não causaria queda de Luiz Araujo, que se atirou dentro da grande área. Como o árbitro estava doidinho para arrumar o empate para o Flamengo, a máfia conseguiu criar a oportunidade.

Tivéssemos um pouquinho de força nos bastidores, como tem Flamengo, Corinthians e Palmeiras, por exemplo, teríamos saiído do Maracanã com a vitória. Quando peço força nos bastidores não quero que roubem para o São Paulo, mas que não roubem o São Paulo.

Porém temos uma diretoria que se satisfaz em fazer selfies, seja com jogadores que vão bem na partida, ou mesmo para mostrar que está dentro do Maracanã, enfim, a elevação do próprio ego é o que importa. A reeleição também. O time, bem, esse que se vire e procure ganhar os jogos dos adversários, dos árbitros e do sistema. Sim, do sistema.

São Paulo mostrou eficiência, calma e qualidade, atributos que faltaram nos últimos jogos

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo cumpriu sua missão, venceu o San Lorenzo por 2 a 0 e está nas quartas-de-final da Copa Sul-Americana. O time foi firme, não correu riscos, impôs seu jogo e chegou ao resultado mostrando muita calma e qualidade técnica e tática.

Vamos reconhecer que não tivemos nada disso nos últimos jogos. Por isso ficamos cinco partidas sem vencer, com quatro derrotas e um empate. Mas contra o San Lorenzo o time estava concentrado, consciente da necessidade de vencer e não se desesperou em momento algum, ainda que o primeiro gol tivesse surgido no apagar das luzes do primeiro tempo. Calleri, sempre Calleri. Monstro Calleri.

É verdade que sofremos um susto, com uma bola no travessão. Mas foi só do adversário. Tivemos, também, e mais uma vez, uma arbitragem tendenciosa, que minou a defesa do São Paulo com cartões amarelos no primeiro tempo, permitiu que os argentinos se jogassem no campo a todo momento, simulando contusão, deu apenas quatro minutos de acréscimo no primeiro tempo, enfim, fez o jogo do adversário. Também derrotamos a arbitragem.

Dorival manteve o time que ele julga titular, a exceção de Gabriel, ainda sem condição de jogar o tempo integral, e teve Rodrigo Nestor em grande noite. Aliás, o time se fechou e fez uma grande partida.

Consta que houve uma reunião dos jogadores sem a presença de Dorival. Não acho que, com isso, possa parecer que o técnico perdeu o comando. Apenas avalio como algo salutar, quando um grupo se une em prol de algum objetivo maior. E esse objetivo era a classificação na Copa Sul-Americana, uma resposta que tinha que ser dada à torcida, que mais uma vez se fez presente no Morumbi com mais de 50 mil pessoas.

Não resta dúvida que essa vitória nos dará moral para a sequência, não só contra um derrotado e abalado Flamengo, domingo, pelo Brasileiro, mas principalmente para o grande Majestoso da próxima quarta-feira, quando nossa missão será a mesma que a desta quinta-feira, com a diferença que o adversário é mais cascudo. E a tensão, certamente, será ainda maior.

Mas estou feliz. Não me perco do pensamento que o que me interessa é o Brasileiro. Porém, não resta dúvida que uma vitória com classificação para outra fase de qualquer torneio, também faz bem ao meu ego de torcedor.