Vitória do São Paulo ratifica classificação para Libertadores 2025

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a vitória do São Paulo sobre o Athletico-PR neste sábado, no Morumbi, teve dois efeitos que me agradaram muito: o primeiro de praticamente ratificar nossa presença na Libertadores em 2024, ainda que seja na pré-Libertadores, e a derrota deste time que eu odeio com todas as minhas forças e energias e peço a todos os santos que o leve para a série B.

Nessa classificação para a Libertadores, que ainda poderá ser de forma direta à fase de grupos, a depender dos campões das Copas do Brasil e Libertadores, já que se reconhecer que o trabalho de Zubeldia foi preponderante. O elenco que nós temos não é sinônimo de qualidade que teria esse desempenho, estivesse quem fosse no banco.

Sobre o jogo deste sábado, o primeiro tempo foi monótono, horrível, com o Athlético só buscando se defender e o São Paulo não conseguindo forma de penetrar na área adversária. E ainda foi Rafael quem trabalhou pesado, com uma grande defesa.

Nossas dificuldades passavam pelos laterais. De um lado Igor Vinicius, eternamente fraco; do outro Sabino, um zagueiro pesado e que foi improvisado lá pela total incompetência de Jamal Lewis, mas que acabou se virando no setor defensivo. Não poderia esperar nada dele no setor ofensivo, tipo chegar a linha de fundo, fazer 1-2 com Ferreira e outras coisas que um verdadeiro lateral faz como ofício.

O segundo tempo não trouxe grandes alterações, porém contamos com um erro do meio de campo atleticano, uma ótima arrancada de Luciano que abriu para Lucas, e enquanto Calleri levava os zagueiros para outro lado, Luciano ficou sozinho para receber o passe aéreo de Lucas e cabecear para o gol.

Mas essa jogada aérea que nos deu o primeiro gol, nos fez sofrer o empate. Mais uma vez em cobrança de escanteio nossa zaga não chegou e tomamos o gol.

Aí quis o inusitado destino que as substituições feitas por Zubeldia aos 42 minutos do segundo tempo, no primeiro toque na bola, produzissem o gol da vitória. Um pouco provável passe excepcional de Liziero vendo Jamal entrado por trás da zaga, uma pouco provável assistência de Jamal para André Silva e um pouco provável gol de André Silva, que em um minuto em campo fez mais do que Calleri o jogo todo.

Ah, por falar em Calleri, é bem verdade que ele tem participado indiretamente dos gols deslocando zagueiros, abrindo espaço para quem vem de trás, dando assistência, mas o que está acontecendo com ele? Vem perdendo gols que nunca perderia em condições normais, fazendo lances que beiram a bizarrice. Está cabisbaixo, não sinto alegria no seu jeito de jogar. Deve ter algum pecado do lado de lá do Equador, e que nós, humanos, torcedores de um time que tem uma diretoria prá lá de opaca, desconhecemos.

Mas vamos comemorar a vitória e descansar mais dez dias. Isso é o que mais temos feito nestes últimos meses.

Se existissem mais Cruzeiros e Bahias, seríamos campeões de tudo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo goleou o Bahia e garantiu, se não matematicamente, virtualmente sua presença na Libertadores do próximo ano, só faltando saber se direto na fase de grupos ou na Pré-Libertadores. Isso não vai depender de nós, mas do que Flamengo e Botafogo farão com o Atlético-MG.

Contra o Bahia o São Paulo garantiu seis pontos no Campeonato Brasileiro, pois havia ganho o jogo aqui por 3 a 1 no primeiro turno. Se perdemos seis pontos para o quase rebaixado Cuiabá, ganhamos seis pontos de Bahia e Cruzeiro. Por isso disse acima que houvesse mais Cruzeiros e Bahias, seríamos campeões de tudo.

O resultado é absolutamente enganoso. Tanto que Rafael foi escolhido o melhor em campo. Fez, no mínimo, quatro grandes defesas, sendo que uma delas genial, em cabeçada de Juba. E o segundo melhor em campo foi Luiz Gustavo, nosso volante de contenção. Portanto, ao que tudo indica, o céu não foi tão claro e estrelado como o resultado que mostrar.

Vamos ao primeiro gol. Como aconteceu? Depois da defesa do Bahia ter perdido algumas bolas na frente da área, o goleiro resolveu o problema e entregou uma bola para o Luiz Gustavo. Até esse erro grotesco acontecer, o Bahia já havia perdido algumas oportunidades (estatisticamente é o time que mais perde gols no Brasileiro).

Com um a 0, tudo muda. O time do Bahia, que já não estava jogando fechado, abriu-se ainda mais, dando espaço para o São Paulo jogar. E aí o jogo se encaixou. No segundo tempo, mesmo com um placar magro, o São Paulo conseguia administrar o resultado.

Mas uma substituição providencial de Zubeldia mudou o jogo. A entrada, principalmente, de Rato, fez com que o time aumentasse o domínio da partida e ele acabou sendo, de certa forma, decisiva, pois fez um gol e deu uma assistência.

A se destacar, além das ótimas atuações de Rafael, Luiz Gustavo e Rato, a péssima jornada de Jamal Lewis. Aliás, isso é jogador? Ele tem uma coisa de bom: nos faz dar risada do jeito dele jogar.

Então repito: o resultado foi enganoso. O São Paulo esteve longe de mostrar um grande futebol. E temos que agradecer eternamente por existir Rogério Ceni em nossa vida. Foi o M1TO como goleiro. E continua tendo o coração são-paulino como técnico, pois não consegue ganhar do São Paulo. Que assim continue!

São Paulo fica dez dias sem jogar, entra em campo, e continua sem jogar

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, foi pífia, mais uma vez, a apresentação do São Paulo. Em Criciúma, só não saímos com a derrota por uma obra do acaso, um pouco provável golaço de Liziero. De resto, foi um jogo modorrento, com ambas as defesas falhando bastante e os ataques não aproveitando.

Aliás, falando em falhas, o que o Rafael e o Arboleda, assistidos por Igor Vinicius, fizeram de lambança no gol do Criciúma é algo que nem em jogo de várzea conseguimos ver. Dispensável dizer que e inadmissível para jogadores com passagem por suas Seleções, terem falhas dessa maneira.

Aos que criticam Zubeldía, entendendo que ele não é técnico para o São Paulo, que está travando o time, com a mediocridade que é esse elenco, ele nos colocou nas quartas-de-final da Libertadores e da Copa do Brasil (ou alguém achava que ele tinha obrigação de ganhar a Libertadores com esse elenco?), e estamos no G6 do Brasileiro. Aliás, eu falava lá atrás que esse time do São Paulo está mais para G6 do que para G4.

Mas, voltando aos críticos de Zubeldia (entre eles Carlos Belmonte, Muricy Ramalho, Nelson Ferreira, Chapecó, Rui Costa, Júlio Casares), foi ele quem colocou Liziero na lateral esquerda e por isso surgiu o improvável golaço. Portanto, o técnico substituiu certo, na hora certa e no lugar certo.

Aos críticos, ainda, de Zubeldia, uma dica: pode colocar o Abel Ferreira, ou o nome que falarem aqui. Com esse elenco e, principalmente, com essa diretoria totalmente amadora e desastrada, ninguém fará muito mais do que Zubeldia vem fazendo.

Agora mais dez dias de folga. Acho que o time vai folgar uns quatro dias no total e trabalhar seis. Veja o outro lado do muro e percebam como é a escala por ali. Talvez isso seja um dos diferenciais que tem nos colocado muito abaixo do verde nos últimos anos.

Postura do time demonstrou que elenco está fechado com Zubeldia

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo fez uma grande apresentação na noite desta quarta-feira, no Brinco de Ouro, e como consequência goleou o Vasco da Gama, que ao contrário que muitos pensavam que não fosse assim, veio, sim, com o time titular. E não me venham falar que os cariocas estavam com a cabeça na Copa do Brasil, pois é uma desculpa que não aceito.

O fato é que Zubeldía mudou o time, colocou o rápido Erick no lugar do lento Rato e promoveu a volta de Igor Vinicius no lugar do cansado e ultrapassado Rafinha.

Dessa forma conseguiu envolver o Vasco com facilidade, marcando o primeiro gol logo no começo do jogo, desmontando qualquer tática possível do adversário de se retrancar e apostar no contra-ataque. Sofrendo o gol no início, teve que se abrir e, a partir daí, gerar espaços para o São Paulo contra-atacar.

E assim foi feito. Chances apareceram, contra-ataques foram armados, mas todos perdidos nos pés de Luciano, Erick e o próprio Lucas. Muitas vezes por excesso de preciosismo, outras por pura ruindade mesmo. Não foram poucas as vezes que Wellington e Igor Vinicius chegaram na linha de fundo, mas os cruzamentos nunca acertaram a cabeça de um são-paulino.

Do outro lado, o Vasco vivia de cruzamentos altos na área procurando Vegetti, e ele sempre ganhava de cabeça da nossa dupla de zaga. Só assim, porque quando a bola estava no chão, Ruan e Sabino foram soberanos e ganharam todas. Sabino ainda se deu ao luxo de armar o jogo, ir ao ataque e chutar para o gol, fazer um lindo lançamento para Wellington. Enfim, tudo se encaixava perfeitamente.

Quando imaginávamos que poderíamos correr algum risco no segundo tempo, Lucas encontra uma bola no campo de defesa, parte para o ataque e vai parar no gol do Vasco, marcando um golaço. Isso decretava a vitória do São Paulo. O próprio técnico do Vasco apontava isso, porque começou a mudar todo o time, aí sim para poupar para sábado.

Ainda veio o terceiro gol, um improvável gol de cabeça de Lucas, saltando mais que toda a zaga cruzmaltina.

Talvez o placar não tenha retratado o que foi o jogo. Poderia ter sido bem mais. O fato é que a vontade, a determinação e a raça que tomaram conta do time mostraram que o elenco quis dar uma resposta a essa diretoria mequetrefe, que está por aí, usando as organizadas e os repórteres amigos do rei, para fritar Zubeldía e trazer Tite para o seu lugar.

A reunião da última quinta-feira deixou muito a pressão que Zubeldia recebeu de Júlio Casares. E o elenco respondeu que quer, sim, que o técnico argentino continue à frente do elenco.

E eu também estou fechado com Zubeldía, responsável direto por estarmos onde estamos e termos chegado onde chegamos.

Quem perde seis pontos para o vice lanterna, não merece perdão

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo continua dando milhos aos mais necessitados e consegue a proeza de perder seis pontos, no mesmo campeonato, para o vice lanterna. E jogando um futebol de dar dó.

Os mais fanáticos por essa diretoria dirão que estávamos sem Calleri, Wellington, Alan Franco, Erick, Pablo Maia, Alisson, Ferreira, Beraldo. Mas e o elenco? Não é equilibrado? Não é um dos 17 piores do Brasileiro?

Há tempos estamos falando que a posição do São Paulo no G4, depois G6, era ilusória. Alertamos que a hora que os times completassem seus jogos, nossa situação poderia mudar bastante. Imaginem que temos, dos próximos nove jogos, cinco fora de casa e não conseguimos ganhar de ninguém fora do Morumbi.

Longe de mim estar criticando Zubeldía. Até porque entendo que ele é o grande responsável por termos chegado onde chegamos na Copa do Brasil e Libertadores e estarmos onde estamos no Brasileiro.

Mas alguém considera um bom elenco mesmo quando tiramos os titulares e temos Jamal Lewis? Alguém considera Liziero um bom reforço? E o Bobadilla, é bom titular? E o André Silva, um bom substituto para o Calleri? E o Rato, é um bom titular? E se ele não for, quem será esse titular? O Marcos Antonio é um bom reserva? E o Rodrigo Nestor?

O Zubeldia olha para o banco e chora de angústia de ver tanta mediocridade e não ter o que fazer para mudar um resultado. Por isso muitas vezes ele tarda para mudar o time. Não há muito o que fazer.

Me digam o que essa diretoria ganhou, em termos técnicos, ao contratar o tal de Jamal? R$ 1,2 milhões por mês para entrar num jogo, pegar 18 bolas e recuar 16 para o zagueiro. Grande nome da Seleção da Irlanda do Norte. Quantos Mundiais esse País disputou? Quantas medalhas esse País ganhou? Qual a tradição da Irlanda do Norte no mundo do futebol?

Então, sei que vou continuar discursando no deserto. Minha felicidade é que esse deserto tem milhares de leitores e ouvintes.

E acho que a coisa começa a explodir no Morumbi. Apesar de ainda poupar Júlio Casares, o Baby já partiu para cima do Belmonte e do Rui Costa. O circo começou a pegar fogo.

Fundo aprovado pelo Conselho tem o lado bom, mas também o misterioso

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o Conselho Deliberativo aprovou o Fundo de Investimento em Direito Creditório (FIDC) que terá o gerenciamento da Galapagos e da Outfield. O fundo vai captar R$ 240 milhões, mas para tanto o São Paulo terá que dar uma garantia de R$ 400 milhões

Vamos pelo lado positivo. A ideia básica da criação do FIDC é captar esses recursos para pagar os juros bancários, que representam quase (ou até mais) R$ 7 milhões por mês para o São Paulo e inviabilizam qualquer administração.

A remuneração dos investidores, ou garantia, seriam as cotas da TV do Campeonato Brasileiro até 2029 e eventuais outros recebíveis, o que não havia ficado claro. Na sessão que aprovou o Fundo ficou patente que, não só das cotas de televisão do Brasileiro, mas também naming rights, patrocínios, mensalidades de sócios torcedores e sócios patrimoniais, entre outros. A partir da implementação, todos os recebíveis elegíveis poderão ser antecipados pelo fundo e transformados em caixa de maneira rápida.

Só para entender, se São Paulo recebesse esse ano aquele valor que obteve na venda do Antony do Ajax, o dinheiro poderia ser requerido pelo Fundo como garantia. Se o São Paulo vender o Pablo Maia, depois de recuperado, o Fundo pode pedir a anexação desse valor.

Então, a partir daí, começamos a viajar pelo lado negativo. A Outfield, empresa que está ao lado da Galapagos, tem como um dos objetivos a intermediação para criação de SAF. Ela já tem algumas por aí, sempre com capital de 10%, que é o máximo que a empresa pode ter numa SAF para poder participar de outra.

Além disso, está envolvido nesse Fundo, no papel de intermediador ou captador está Moyses Assayag, advogado amazonense com longa ficha de processos, de acordo com o Escavador. Um deles foi feito pelo Cade por formação de cartel no mercado de serviços prediais. Ele pagou R$45.000 no acordo para cessação do processo.

Tem uma consultoria e um sócio, proprietário de uma empresa de transportes e nos sites de consulta de CPF, os dados são ocultados por pedido expresso do “interessado”, como apurou o jornalista Dario Campos.

Me parece que uma nova Far East pode estar surgindo aí. Para que não se lembra, Far East é a empresa que surgiu para intermediar um acordo do São Paulo com aquela empresa de material esportivo e que gerou uma comissão de R$ 18 milhões para Jack Banasfeha, num contrato assinado por Carlos Miguel Aidar, Júlio Casares, Douglas Schwartzmann, Leonardo Serafim e Osvaldo Abreu.

Espero estar errado nessa minha leitura, mas tudo isso será discutido num programa extraordinário do Somos Todos São-Paulinos desta sexta-feira, dia 04 de outubro.

Mais uma vez sou obrigado a dizer: que Deus nos ajude!

Vitória foi importante, mas poderia ser de mais e sem sustos

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo deu a volta por cima e conseguiu boa vitória no Majestoso, porém não deixou de nos dar sustos e deixou, isso sim, de aplicar uma grande goleada e, talvez, devolver aqueles 6 a 1.

O São Paulo pode ter se surpreendido com o adversário. Num momento melhor que nós, afinal estão em duas semifinais de copas enquanto nós estamos fora das duas, era de se esperar que o Corinthians começasse o jogo em cima do São Paulo. Mas não. Especulou o tempo todo, jogou no nosso erro – e como erramos – e se defendeu bastante.

As chances do Corinthians foram criadas em contra-ataques nos erros de Luciano, Arboleda, Wellington, Rato. Mas o São Paulo teve chances claras. Mais uma vez temos a certeza que a fase de Calleri é, talvez, a pior desde quando voltou ao São Paulo. Perdeu dois gols que ele não tem o costume de perder.

O pênalti marcado pelo VAR, não contestado por ninguém do lado de lá, abriu o caminho para a vitória, não só propriamente pelo gol, mas também por estarmos com um a mais no final do primeiro tempo. Isso só valeria para afirmarmos que iríamos ganhar o jogo.

Só que o Corinthians, com as alterações que fez, conseguiu mudar o panorama e em determinado momento, a impressão que dava era a de que o São Paulo jogava com um a menos. Até que veio a expulsão do segundo jogador deles. Por incrível que pareça, a situação não mudou.

Zubeldia demorou a perceber que deveríamos ter dois jogadores agudos e abertos para envolver o Corinthians. Seriam óbvias as entradas de Igor Vinicius, William Gomes e Erick nos lugares de Rfinha, Rato e Luciano. Mas ele colocou Ferraresi e Liziero, além de Erick, tirando Rafinha, Luciano e Bobadilla. Fizemos o segundo gol em cobrança de escanteio feita por Rato (que bom que ele não saiu) cabeçada perfeita de Arboleda. Matamos jogo. Matamos?

Não. Nossa defesa conseguiu a proeza de, mesmo o time jogando com dois a mais, tomar um gol, pois Yuri Alberto apareceu livre e solitário dentro da área, num lugar onde deveria estar Wellington.

E tomamos sufoco. Quase eles marcaram o segundo gol, numa jogada idêntica ao primeiro, só com o lado diferente, e com Romeiro sobrando livre. Boa defesa de Rafael.

Depois, numa roubada de bola de Liziero, assistência de Ferraresi, gol de André Silva. Percebam que, mesmo errando, Zubeldia acertou. Mas o time poderia ter sido mais ofensivo, apertado mais, gerado uma grande goleada. Porém, nitidamente tirou o pé com pena do adversário. E tomamos sufoco, sem o menor sentido.

Mas no frigir dos ovos, a vitória serviu para nos colocar nos eixos e manter vivo o sonho de Libertadores 2025 via Campeonato Brasileiro.

São Paulo chegou longe demais. O duro foi que nossos ídolos nos enterraram.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, estamos fora da Libertadores. Surpresa? Não. Apenas para os corações mais aficionados e iludidos, como o meu, a vitória seria possível. Mas eu, mesmo com esse coração alucinado, pensava na tese de que o Botafogo era tão favorito, tão favorito, que o São Paulo iria se classificar. Afinal, quando enfrentamos o Barcelona, o Milan e o Liverpool, sempre chegamos como zebra, contra os grandes favoritos. E sempre vencemos.

Mas os tempos são outros. Os tempos são de Casares, Belmontes, Dedés, Schwartzmanns, Sefarins, Oltens, Babys, enfim, são destes que estão destruindo, dia após dia, um clube que nasceu em 1930, fruto de verdadeiros são-paulinos, esses, sim, abnegados, e que nos fizeram chegar onde chegamos. Até 2010, porque depois apareceram esses e os Juvenais, Aidares e Lecos da vida.

Eles não entram em campo? Não. Mas eles colocam o que temos em campo. E o que vemos, apesar de alguns entenderem que temos o 17º pior elenco do campeonato, que ele é abaixo de medíocre; apesar de alguns entenderem que o elenco não se mede por uma derrota, afinal, vários estavam improvisados (então não é sinônimo de elenco fraco?) , o grupo é muito forte. Eu tenho dito que o elenco é medíocre, e o time titular é bom. Mas não tão bom a ponto de poder eliminar um Atlético-MG, na Copa do Brasil ou um Botafogo na Libertadores, mesmo abandonando por completo o Campeonato Brasileiro.

Falando do jogo, Zubeldía, grande responsável por termos chegado até aqui, colocou o que tinha de melhor. Se há uma crítica a fazer é a de que não levou Longo para o banco, e ficamos sem um primeiro volante marcador para ser, eventualmente, usado. Mas em campo constatamos que o Botafogo, o time que não tem camisa, é muito superior ao do São Paulo, o time cuja camisa entorta varal.

E vejam que o Botafogo, em determinado momento do jogo, praticamente pediu para ganharmos. Mas nossos grandes ídolos, de quem o time depende diretamente, nos derrotaram: Lucas perdeu o pênalti no primeiro tempo, Callerei perdeu um gol debaixo da trave e depois perdeu um pênalti na decisão, por mais que tenha marcado o gol de empate.

Fora esses lances, no segundo tempo o Botafogo se encolheu e cansou de errar. Nós não soubemos aproveitar. Depois, quando empatamos o jogo e quase fizemos o segundo gol com Rodrigo Nestor, a “torcida que conduz” resolveu ajudar o combalido Botafogo e acendeu centenas de sinalizadores, propiciando ao banco do Botafogo que causasse aquela confusão no banco do São Paulo. Parabéns, “torcida que conduz….para baixo”. Vocês sabem de que torcida estou falando.

Se eu achava que tínhamos um bom time titular, agora já repenso até isso. Temos um grande goleiro? Temos um grande lateral direito? Temos um grande lateral esquerdo? Temos um grande volante? Temos um grande meia?

O ano para nós acabou. Não sei o que vai acontecer domingo, contra o Corinthians, mas, por mais que eu vá de novo tomar calmantes antes do jogo e sofrer como um demente, entendo que uma derrota para o Corinthians não vai abalar essa “impoluta” diretoria. Afinal, para ela o elenco é ótimo e o que vale são as copas. Ao Brasileiro o limbo. Portanto, cabe a nós a torcida. A diretoria que se recolha, como fez hoje em suas redes sociais, e se cale para sempre.

São Paulo provou que o elenco é fraco

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a derrota acachapante para o Internacional no Morumbi nos trouxe um recado claro: nosso elenco é, mesmo, fraco. O time reserva, que até começou bem o jogo, foi facilmente dominado e só não sofreu uma grande goleada porque o Inter parou de jogar.

A vitória do time reserva sobre o Cruzeiro semana passada foi pura ilusão. Aliás, o adversário era o Cruzeiro, nosso eterno freguês. Tivéssemos 20 Cruzeiros no Brasileiro, seríamos eternos campeões.

Zubeldía errou redondamente. Escalou o time com uma dupla de zaga prá lá de não confiável, dois laterais que são mais alas do que laterais, um dupla de segundos volantes, sem nenhum cacoete de marcação. Assim deixou o sistema defensivo do time completamente vulnerável e foi a peneira que vimos.

Ah, mas era o time reserva, dirão alguns. O Flamengo também foi com o reserva contra o Grêmio e perdeu. E eu direi que não tenho nada a ver com o Flamengo e que, se entrou em campo com a camisa do São Paulo, tem que ganhar. Ainda mais: será que Jandrei, Igor Vinicius, Ferraresi, Ruan, Michel Araújo, Bobadilla, Marcos Antonio, Lucas e Luciano ganham menos do que o time inteiro do Internacional?

Então fica provado que nosso elenco, que é muito, mas muito mais caro que o do Botafogo, é medíocre. Nossa posição no G6 há 15 rodadas é apenas provisória. O Internacional, que nos derrotou, foi a 41 pontos, três menos que o São Paulo, com dois jogos a menos. Domingo, contra o Corinthians, de novo iremos com o reserva, independente do que aconteça na quarta-feira, pois os jogadores estarão exaustos. Uma nova derrota, além de tirar o rival do sufoco do Z4, nos colocará, fatalmente, fora do G6. E temo que não tenhamos, em caso de eliminação na Libertadores, nem fôlego, nem cabeça para recuperarmos o terreno perdido no Brasileiro.

Muito triste quando uma diretoria abre mão do Brasileiro para disputar Copas. Uma já ficou para trás. Na outra corremos risco. Se algo der errado na quarta-feira, nosso ano terá acabado.

Depois de quase “morrermos”, estamos “vivos”

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo está mais vivo do que nunca na Libertadores. Parece que o time aprendeu a sofrer, sem matar os torcedores do coração e depois renascer num jogo onde parecia que sairia goleado e exterminado na Copa.

O primeiro tempo foi patético, um dos maiores massacres que me lembro da história recente do time. O Botafogo afundou o São Paulo, que não conseguia passar do meio de campo. Foram duas bolas no travessão, duas ótimas defesas de Rafael, jogador da defesa e do meio de campo se atirando na frente dos chutes dos cariocas. Um verdadeiro inferno.

Zubeldía quis se precaver para não bater de frente com o Botafogo, que reconhecidamente joga o melhor futebol do Campeonato Brasileiro no momento, e entrou com três zagueiros, formando uma linha de quatro no meio de campo, colocando três atacantes. A ideia inicial era que Rafinha e Wellington não fossem ao ataque e fizessem uma linha de marcação, com Luiz Gustavo e Bobadilla. Sabino e Alan Franco também não deveriam ir para a frente.

O que se imaginava era que Lucas fosse o articulador de contra-ataques, que encontrariam William Gomes em velocidade, que por sua vez partiria em diagonal para encontrar Calleri. O desenho tático era esse. Mas não deu nada certo.

Primeiro porque Lucas estava numa noite de pouquíssima inspiração; segundo porque William Gomes nitidamente sentiu o peso da partida e a forte marcação; e Calleri, bem, está numa má fase de dar dó.

O São Paulo deve levantar mãos aos céus, a todos os santos que se juntaram ao Paulo para garantir o empate em 0 a 0.

No segundo tempo, enfim, tivemos jogo. Zubeldía posicionou o time mais na frente, a força física do Botafogo também diminuiu, porque veio o cansaço, e as substituições feitas pelo nosso técnico surtiram efeito positivo: Rato deu mais combatividade pelo setor direito do que fazia Rafinha, também cansado; Ferraresi ocupou bem o lado direito, já que Alan Franco não dava conta por ali; Michel Araújo entrou muito bem, fez o verdadeiro papel de ala, deu assistência, envolveu marcação, fez uma grande partida. Só Luciano que foi mais do mesmo.

Em resumo, daria uma nota 0 para o primeiro tempo e 10 para o segundo. Porém, o importante foi que conseguimos trazer o empate, que reputo, um grande resultado e temos tudo para decidir a nosso favor no Morumbi e chegar a um não esperada, mas muito sonhada semifinal de Libertadores.

Quero aproveitar para deixar meus sentimentos ao presidente do São Paulo, Júlio Casares, pelo passamento da d. Maria, sua genitora, aos 96 anos, ocorrida nesta quarta-feira. Força, Júlio