Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, chegou o momento de refletirmos sobre o momento do São Paulo, em todos os seus setores, que influenciam, inevitavelmente, o futebol.
Está claro, ao menos em minha cabeça, que não se conserta em um ano o que estragaram em dez. E que estrago!
Com muitas pessoas com as quais converso, e que tem, de alguma forma, muito conhecimento sobre o todo do São Paulo, me dizem que é incalculável o buraco em que Juvenal Juvêncio nos colocou. Às custas de se manter no poder a qualquer preço e qualquer custo, foi conquistando apoiadores das mais diversas maneiras, com cargos, viagens com a delegação, obras que não cabiam no orçamento, antecipações de receitas, contratações erradas com preços acima do mercado. Enfim,, deixou o São Paulo com dívidas assombrosas, e estado pré-falimentar. E notem: ao cometar que escreveria esse editorial me disseram que tudo o que eu falasse ainda seria pouco para o quadro que encontraram no clube.
Veio, então, o nefasto Carlos Miguel Aidar, que chegou prometendo austeridade, corte de despesas, revolução administrativa, mas que acabou renunciando após diversas denúncias de irregularidades. A primeira sua namorada, Cinira, negociando jogadores. Vou lembrar aqui o caso Iago Maidana, o mais grave. A negociação envolveu três clubes. Uma empresa chamada Itaquerão Soccer tirou o zagueiro do Criciúma ao preço de R$ 800 mil e o registrou por dois dias no Monte Cristo (clube da terceira divisão goiana) antes de vender 60% de seus direitos econômicos ao São Paulo por R$ 2 milhões. Esse processo está no Ministério Público e corre em segredo de justiça, porque uma testemunha foi ameaçada.
Aliás, foi na gestão Carlos Miguel Aidar que apareceu o Jack. E não é um personagem. Ele existe. Trata-se de Jack Banafsheha, um empresário americano (ou chinês, é um mistério), que tinha como representante comercial (legal, mas imoral) no Brasil Douglas Schwartzmann, conselheiro e. à época, diretor de Comunicação e Marketing do São Paulo. Ele (Jack) receberia uma comissão de R$ 18 milhões pelo acordo firmado com a Under Armour para fornecer material esportivo ao São Paulo. A comissão só não foi paga porque o Tricolornaweb denunciou e o Conselho Deliberativo impediu. Seria mais uma fuga gigantesca de capital.
Leco pegou o clube nessa situação: estado pré-falimentar. Dívidas com bancos incalculáveis, linhas de crédito zeradas pela falta de credibilidade, jogadores sendo vendidos a rodo para que funcionários pudessem receber que o clube conseguisse cumprir com pagamentos que eram básicos.
Inegável o mérito da atual diretoria em recompor as finanças. Sem indicar nomes, prefiro deixar no coletivo. A promessa que foi feita e abril, quando o balanço de um ano da atual gestão foi apresentado era de que em 2019 as vendas de jogadores já não mais seriam necessárias para cobrir custos.
Os patrocínios voltaram, os bancos renegociaram, a dívida passou a ser reduzida e hoje já está num patamar aceitável para não afetar a saúde do clube.
Entro, então, no futebol. Ano passado ainda patinamos na briga contra o rebaixamento. Tínhamos uma diretoria política numa área tão técnica e que é, seguramente, a mais importante do clube. Com a indicação de Raí para a diretoria, e a formação com Ricardo Rocha e Diego Lugano, a profissionalização passou a existir com quem entende do assunto. É inegável a grande mudança que houve de 2017 para 2018. Hoje brigamos – ainda – pelo título, que pode estar difícil, mas o consolo de uma vaga para a Libertadores parece assegurado.
Quem em sã consciência achava, em janeiro, que estaríamos nesse patamar a esta altura do Campeonato Brasileiro? Se existe uma frustração, por termos caído da liderança para a quarta colocação em tão pouco tempo, é porque chegamos mais longe do que poderíamos. O time não foi desmontado no meio do ano e os jogadores que saíram, eram aqueles que a torcida não aguentava mais, representavam despesas e irritação ao torcedor. As contratações foram pontuais e, salvo um errinho aqui, outro acolá, o balanço foi muito positivo.
Entendo que o plantio que está sendo feito para 2019 é muito bom. E ainda acredito que será uma vitória descomunal se conquistarmos um grande título ano que vem, porque será o segundo ano da arrumação de uma casa devastada.
Mas ainda há o que se fazer e o que se reparar. O São Paulo ganhou muitos títulos importantes quando tinha uma grande estrutura por trás. Inesquecível o time do Reffis, envolvendo, além da fisioterapia, a fisiologia, quando contávamos com Turíbio Leite, Luiz Rosan e Carlinhos Neves. A falta de profissionais desse quilate talvez possa explicar o número excessivo de lesões musculares que nos causou a queda no Brasileiro.
Nosso estádio, que passará por uma pequena reforma de modernização no começo do próximo ano, precisa ser mais bem utilizado. Temos hoje o Maurinho, que foi administrador do Pacaembu por muitos anos e agora está conosco. Sinônimo de grande trabalho. Mas sinto falta de outros eventos para o estádio, como shows. Não podemos nos conformar com o fato de empresários preferirem as arenas. Temos estrutura superior para receber shows, mesmo para públicos menores, usando apenas parte do estádio. Enfim, é só sair e prospectar.
O horizonte que vejo para nosso clube é límpido e transparente. Não sou defensor – nem opositor – do presidente Leco, mas da mesma maneira que já fiz duras críticas a ele, sei também reconhecer o bom trabalho. Tenho sérias restrições a alguns acordos políticos que ele está fazendo, e serei um crítico ferrenho se forem concretizados. O risco de novos Jacks (re)aparecerem pode tornar turvo esse horizonte. Portanto, todo cuidado é pouco. #Ficaadica!
O trabalho desse ano independente do resultado final é excelente. O SP tem identidade novamente, é uma torcida que empurra o time, uma equipe que briga muito e que no Morumbi tem sido muito forte.
Começamos o ano muito mal e corremos o risco de cair pra 2a do paulista… poucos lembram disso. DJ demorou pra sair…
Aguirre tem feito um excelente trabalho.
Espero que a diretoria continue o bom trabalho com contratações visando o futuro e a construção de um elenco forte.
Pra mim o grande erro foi a contratacao do Jean. Não da pra pagar 10M em uma aposta. Enquanto o Weverton no Palmeiras custou 2M… mas um salário alto.
Everton Felipe, Carneiro foram boas contratações pois são novos e podem evoluir. Precisamos de 4 ou 5 jogadores nesse perfil.
Bruno Peres junto com Everton serão os pilares técnicos do time no ano que vem… mas Bruno é emprestado
A preocupação recai sobre jogadores veteranos de alto custo como Diego Souza e Nene e até Anderson Martins e Jucilei. Precisam render hoje pois daqui pra frente estão só em declínio.
Acho curioso essas coisas. Então tudo ainda é responsabilidade dos outros. Mas o autor (e suas “fontes”) esquece que dinheiro não foi problema nessa atual temporada (e aparentemente nem a temporada passada, qdo compramos o Pratto e pagamos uma milionária dispensa do Ceni). Ou pagar 10 milhões de reais para um goleiro, pagar uma diretoria de futebol com 3 funcionários (bem) remunerados, fora os varios cargos no clube, também (bem) remunerados. Isso pq atualmente não estamos fazendo nenhuma obra como um CT ou reformar por inteiro o estádio. E mesmo que dinheiro fosse a solução, é só ver a situação do Flamengo. Ou se for falta de dinheiro, pega o exemplo do cUrinthians, diga-se de passagem, com uma dívida muito maior que a nossa. É aquele tal negócio. Qdo o time vai bem, o responsável “sou eu”, qdo vai mal, a culpa são dos outros. O que falta realmente nas pessoas é caráter.
Tenho bastante confiança no trabalho do Raí . Esse ano foi a época da preparação e do plantio, a partir do ano que vem serão boas épocas de colheita .
E quanto ao véio cachaceiro e seu eterno chupim ( Leco ),
curto e grosso :
VÃO SE FODER !!
ps : um já deve estar se fodendo bastante no INFERNO !
ps 2 : NÃO tenho dó nenhum ! Quero mais é que se foda !!
Não tenho mais idade prá peninha !
Você fala como se não existisse o Leco nesses dez anos em que o Juvenal jogou o São Paulo no fundo do poço, como se ele fosse figura estranha as administrações “Juvenal Juvêncio”.
Quando não ocupou cargos no alto escalão, esteve no conselho deliberativo, quase foi indicado a sucessor do Juvenal, sempre deu muito apoio as administrações do Juvenal, que afundaram o clube. Não o coloque como algo novo, ele é parte desse desastre.
Mesmo em crise, o orçamento do São Paulo é gigantesco em relação a clubes como: Ponte Preta, Atlético PR, Bahia, Botafogo, Chapecoense, Vasco, que terminaram os campeonatos de 2016/2017 a frente do SP. Ele quase rebaixou o clube por dois anos consecutivos.
Raí, Ricardo Rocha e Lugano só tiveram autonomia para tocar o futebol em 2018, pelo fato do clube correr enorme risco de rebaixamento.
Leco só atrapalha, quando o time estava bem, e estabilizado na primeira colocação, começou aparecer e falar besteira. Se hoje o São Paulo está longe do rebaixamento, é pelo percentual de interferência dele (ZERO).
Foram quase 200 milhões de reais em vendas de jogadores em 2017, em 2016 não ficou longe disso, em 2018 venderam, Cueva, Buffarini, Lucas Pratto, Petros e Marquinhos Cipriano, cerca de 100 milhões só para o clube, e no ano seguinte o elenco é sempre mais fraco.
Muitos criticam o técnico, e com certa razão, mas duvido que nas mãos do Dorival Junior, esse elenco estaria na quarta colocação. O elenco é limitado em quantidade e qualidade.
Sobre as contratações, Bruno Perez, Carneiro, Jean, Edmar e Diego Souza, até o momento, são grandes equívocos.
Em tempo, não sou associado, tampouco tenho ligação política com qualquer ala do clube.
Só relatei fatos que ocorreram ao longo desses 10 anos de fracassos do São Paulo, que o dono do site deixou de mencionar.
Assino embaixo, João.
Leco era o capataz do Juvenal. E isso não deveria ser esquecido. Lembrando que ele nunca saiu do poder. Afinal, também fez parte da calamitosa gestão Aidar.
O alento é que possível sentir uma intenção de se fazer a coisa certa. Finalmente. Mas essas contratações que você mencionou, somadas a do Éverton Felipe, não ajudam em nada. (ps.também não sou sócio, nem conheço ninguém ligado à política tricolor.)
Não da pra comparar o SP com os clubes que vc mencionou… somos a terceira maior torcida e com certeza temos uma arrecadação gigantesca…
O grande problema dos 10 anos tem sido o imediatismo. Querer resolver tudo no mesmo ano “não deu certo recomeça do zero…”. Não é esse o caminho!!!
Pq o sp está sofrendo hoje? ELENCO! Pq digo isso? Porque cada suspensão ou contusão, resulta na entrada de um jogador com perfil diferente do titular. Nos grandes clubes do mundo, o reserva tem sempre o mesmo estilo do titular para manter o padrão tático.
Primeira definição… nosso esquema tático é esse? 4231? Com pontas que buscam o fundo e um centroavante de área? OK, contratem jogadores pra esse esquema tático e os times da base jogam assim desde o infantil, e quando chegarem pro profissional já sabem o que fazer nas suas posições. (Modelo de negócios do Barcelona?)
Espero que o Rai entenda disso e comece a contratar imediatamente, não precisamos de craques… precisamos de jogadores que cumpram bem as funções no esquema tático. Éverton é o melhor exemplo… não é craque, mas joga muito na posição dele. Outro exemplo? Rojas fora da sua posição, não joga nada.
Diretores se espelhem no modelo SP 2006,07 e 08…
Tuo bem que essa gestão pegou a terra arrasada por aquele TRASTE do Juvenal, venho dizendo isso a tempos, antes mesmo daquela praga sair da presidência do clube. Aliás, aquele maldito incompetente e safado, já havia destruído o clube na sua primeira infeliz “gestão”, de 1989/1990, onde deixou o clube em uma terra arrasada, tanto que nem foi reeleito. Porém, tivemos a sorte de ter uma gestão sucessora competente com o Pimenta, que levantou o clube.
Passados alguns anos, a praga voltou na cola do MPG, esse grande homem, mas ressuscitou o cachaceiro safado, que na carona do sucesso do MPG, conseguiu ser presidente novamente. Por 3 anos ele ainda se aproveitou do trabalho competente deixado pelo MPG, mas depois, após infelizmente falecer o grande MPG, a tranqueira começou a aplicar sua incompetência e safadeza, detonando o clube novamente.
Mas o que me admira eh que, todos aqueles que o apoiaram, inclusive o Leco, nada fizeram pra impedir, pelo contrario, se venderam e deixaram o canalha destruir o clube, fazendo o que queria.
O resultado eh esse ai, terra devastada e gente rica às custas do clube, provavelmente de negociação com jogadores, vendendo nossos craques e contratando porcarias com salários absurdos.
Aonde estava Leco e todos esses conselheiros? Com medo do velho safado? Agora está tentando consertar o que ele e esses vendidos conselheiros apoiaram ? Poucos tiveram coragem e amor ao clube pra contestar, lembro que apenas 7 votaram contra a reeleição do canalha, que deu 2 goles no estatuto.
Sabe o que eh pior, aquela praga nem saopaulino era, como disse uma vez um conselheiro do Corinthians, o Juvenal ia com ele ao Pacaembu para torcer pro timeco, só deve ter ido pro SPFC porque viu uma oportunidade de ficar rico.
No mais, acho que Leco não tem competência pra tirar o SPFC do limbo como fez o Pimenta, lamento.
Olá Paulo Pontes,
Concordo com o seu ponto de vista e já havia destacado a melhora de nossos indicadores financeiros entre 2015 e 2017 no artigo que escrevi para o espaço do “amigo do Tricolornaweb”.
Desde a publicação do artigo até agora tivemos a confirmação de que o nosso futebol voltou a ser conduzido de forma profissional sob a gestão do Raí. Temos que continuar apoiando o time no campo, enquanto cobramos dos dirigentes as contratações necessárias para 2019.
Prefiro terminar o ano frustrado por ter perdido um título e consolado com uma vaga na Libertadores a comemorar e permanência na Série A como em anos anteriores.
O preço da liberdade é a eterna vigilância. É muito importante a fiscalização para evitar novos casos suspeitos.
Parabéns pelo editorial.
Excelente comentário, é exatamente como sempre enxerguei a administração JJ, e como vejo também a atual situação, hoje nas mãos de profissionais do ramo.
Minhas expectativas são as melhores para o futuro do futebol, desde que os remanescentes asseclas do JJ fiquem sob controle.
Não votei no Presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, conhecido como “Leco”, em nenhuma das duas vezes que se candidatou ao cargo maior do SPFC.
Reconheço que seu trabalho evitou o naufrágio, e levou o navio a um Porto Seguro, porém nossa instituição precisa de excelência na gestão, para resgatarmos a liderança no cenário nacional e internacional.
Temos a obrigação de gerenciarmos o clube com equilíbrio fiscal, não podemos continuar a ser um clube formador de jogadores, e vendê-los para tapar o buraco dos contínuos Déficits, visto que as despesas são maiores que as receitas líquidas e certas.
Aguardamos o pronunciamento do Ministério Público Estadual, relativo às denúncias que fizemos, quanto aos desmandos relativos à gestão Aidar, referentes aos casos de possível lavagem de $$$$, nos casos do Iago Maidana e da Fars East.
Saudações Tricolores
Newton Ferreira
Conselheiro
Sócio 507
Caro Newton
Este caso da FAR EAST ,empresa “inventada” para recebimento de comissão, é um dos maiores escândalos da história do SPFC, supera o caso Mario Tilico/Todé.
Pena o Presidente da Comissão de Ética da época não ter dado o devido andamento ao caso.
Tenha certeza que apesar de termos evitado o pagamento que seria no “minimo”
R$ 18.000.000,00, o SPFC teve prejuízo. Provar??? é o mesmo caso do Triplex e do Sitio em Atibaia.
Como associado, constato que as mensalidades que pago sob a rubrica de “contribuição associativa”, continuam sendo objeto de desconto junto ao Banco Rendimento S/A. O desconto de duplicatas é, sabidamente, uma alternativa para obtenção antecipada de receita. É uma prática muito utilizada por empresas que estão desprovidas de capital de giro. Por sua vez, o último balanço apresentado pelo clube, não me deixou tão animado quanto a você, meu caro Paulo. A dívida continua muito elevada e as medidas administrativas restritivas, a meu ver, não surtiram o reflexo necessário nas contas. A despeito disso, e assim como você bem colocou, o estrago feito ao final da gestão CM Aidar, realmente foi muito grande. Diante dessa circunstância nefasta e assim como, penso que ainda temos que conceder um prazo de vigência para esse “voto de confiança” na atual gestão. Obviamente, a performance obtida pelo futebol na atual temporada, não poderia deixar de estar enquadrada nesse contexto. Portanto, no meu entender, o saldo obtido no futebol foi positivo, restando a esperança de, mantido o status quo, possamos ter um 2019 mais profícuo e vitorioso. Associado número 2501.
Olá Paulo!!!
Bastante esclarecedor.
Fico convicto assim do bom trabalho.
Espero e desejo ansiosamente que o São Paulo volte a ser grande e que em curto espaço de tempo possamos ganhar títulos e recolocar o Tricolor no seu lugar onde nunca deveria ter saído, como protagonista e vitorioso no futebol brasileiro e mundial.
Abraços