Vitória suada que abafa uma crise

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, o São Paulo venceu o Cruzeiro em Belo Horizonte e espantou um pouco a crise que vem vivendo. Mais do que espantou, abafou e trouxe um pouco de paz. Mas a vitória, que poderia ter sido mais fácil, tornou-se difícil pela deficiência que temos de elenco, pela defesa medíocre e por termos no banco uma pessoa que pode ser qualquer coisa, menos técnico de futebol.

O São Paulo começou sendo pressionado mas deixando claro que utilizaria os contra-ataques. E para isso precisava contra com Lucas. Mais do que isso, teve Lucas em tarde inspiradíssima e Douglas fazendo uma grande partida, deixando o lado direito do São Paulo fulminante.

A contramão estava na defesa, falhando grotescamente nas bolas pelo alto e dando sustos após sustos. Edson Silva consegue ser muito, mas muito pior do que Paulo Miranda e não pode jogar no São Paulo. Para jogar nesse sistema 3-5-2 entendo que o melhor seria Paulo Miranda, João Felipe e Rhodolfo.

O primeiro tempo teve um São Paulo comandando o jogo, evitando a pressão do Cruzeiro e um ataque muito forte, com Luis Fabiano, também, em grande jornada.

O segundo tempo começou da mesma forma. O São Paulo logo fez o terceiro gol, em grande passe de Maicon, rebote do goleiro e chute de Jadson, mas, em outra falha da defesa pelo alto, sofreu o segundo gol.

O Cruzeiro cresceu e o São Paulo passou a viver de contra-ataques, sempre puxados por Lucas e “estragados” por Luis Fabiano. Num deles Lucas sofre pênalti mas Luis Fabiano desperdiçou a cobrança.

Aí começaram as besteiras de Milton Cruz. Primeiro tirou Jadson, que ajudava a puxar contra-ataques e dar qualidade aos passes e colocar Cícero, que é aquilo que já sabemos; aí veio o pior: tirou Lucas, único jogador a prender três defensores do Cruzeiro lá atrás, e colocou Casemiro, que entrou com toda aquela moleza que conhecemos.

O resultado destes erros foi o Cruzeiro bombardeando a defesa do São Paulo e o ataque inexistindo.

Portanto, longe de soltarmos rojões, vamos respirar um pouco, mas admitir que precisamos de zagueiros, de volantes e de um técnico urgentemente.

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