O vice-presidente administrativo do São Paulo, Ricardo Haddad, pediu demissão do cargo no final da tarde desta terça-feira. A decisão – irrevogável, segundo ele – foi comunicada, através de carta, ao presidente Juvenal Juvêncio, ao vice Carlos Augusto de Barros e Silva e aos conselheiros do clube.
“Pertenço a um grupo político cujo coordenador, o Leco (Carlos Augusto de Barros e Silva, vice-presidente), se coloca como candidato à eleição. Como apoio outro futuro candidato, achei que não ficaria bem, não seria ético continuar na diretoria”, explicou.
Haddad apoia Marco Aurélio Cunha, o qual tem atraído para seu lado diversos conselheiros na tentativa de conseguir 55 votos para formar uma chapa e concorrer ao pleito presidencial de abril de 2014. É possível que haja outros dissidentes dentro da diretoria nas próximas semanas.
“Não houve nenhum motivo pontual para pedir desligamento da diretoria, embora ela esteja um pouco desgastada. É preciso ter oxigenação na diretoria, colocar gente nova lá”, opinou Haddad, que estava no cargo havia sete anos e, a dez meses da eleição, dificilmente será substituído.
Recentemente, a GE.net noticiou uma discussão acalorada entre Juvenal e Kalil Abdalla, no Morumbi. O mandatário se irritou ao saber que, após um pedido seu para que fosse prestada assistência médica a um ex-jogador do clube, o diretor jurídico procurou Cunha, seu amigo pessoal, mas rival político de Juvenal e que já havia tomado medidas antes do presidente.
O bate-boca – que ocorreu antes da derrota para o Goiás, no Campeonato Brasileiro, quando Juvenal foi criticado pela torcida – causou mal-estar na situação.
Fonte: Gazeta Esportiva
Nota do PP: publiquei essa informação hoje logo cedinho, na coluna “Alguém me disse”. Mais uma vez, “na mosca”.