Trunfo do São Paulo na Libertadores, Bauza mantém convicções em estreia

O São Paulo chegou à Libertadores ainda em busca de um time, mas já sabe que tem em seu técnico o principal trunfo rumo à quarta conquista da competição. O modo como o treinador preparou o time para a estreia na fase de grupos, nesta quara-feira, às 19h30, contra o The Strongest (BOL), no Pacaembu, não deixa dúvidas. O Patón chamou a responsabilidade e manteve suas convicções, afastando qualquer tipo de pressão.

De cara, fez questão de bancar Lucão, que está confirmado para o embate mesmo após a falha grotesca na derrota de 2 a 0 para o Corinthians, no último domingo, na Arena. Patón não só aposta no jogador de 19 anos, como acredita em sua volta por cima diante dos são-paulinos, cuja promessa é de pegar no pé do atleta.

– Não posso responder pela torcida. E isso não importa porque tem o apoio de todos os companheiros e meu. Estou certo de que vai jogar bem – decretou Bauza.

O treinador não só tomou decisões que podem desagradar ao torcedor, como deu a cara para bater. Ontem, quebrou o protocolo ao conceder entrevista coletiva, algo que só faz às sextas-feiras e após os jogos, uma regra que o São Paulo adota há tempos. A troca acontece num momento turbulento, em que a assessoria de imprensa tenta blindar jogadores após a derrota no clássico para o Corinthians, no último domingo. Hudson, por exemplo, chegou a ser escalado para falar, mas depois foi substituído pelo comandante.

Além de Lucão, Bauza segue bancando outro jogador que tem sofrido críticas: Centurión, que será novamente titular mesmo com a sombra de Rogério, o queridinho da torcida.

– Centurión começou quase todas as partidas, creio que o que necessitava era uma continuidade, como está tendo. Estamos trabalhando com ele para tratar que seu jogo seja mais efetivo. Ele vem melhorando, mas necessitamos que melhore mais. É um jogador com potência, veloz, boa iluminação das jogadas, essa oportunidade que estamos dando vai ajudar para que ajude o time – falou, sobre o compatriota.

Em outra decisão de coragem, mas prezando pela razão, avisou que deixará Calleri no banco. O objetivo é poupar o camisa 12, que vem de três jogos seguidos. Alan Kardec, fora de dois jogos por conta de amigdalite, está de volta.

Essa é a postura de um técnico bicampeão da Libertadores, que parece convicto do que está fazendo e encontra respaldo no São Paulo. Hoje à noite o torcedor terá uma amostra se a aposta do clube está indo para o caminho certo.

Fonte: Lance

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