‘Superagente’ e até Dorival ajudam Diniz a ser o técnico do São Paulo

O São Paulo confirmou Fernando Diniz como seu novo técnico. O anunciou surpreendeu muita gente. Afinal, o treinador, que ficou conhecido pelo estilo ousado no plano tático, aparentemente não tinha ligações com o Tricolor. Porém, discretamente, o substituto de Cuca estreitou relações com o clube nos últimos anos. Para tanto, contou com pelo menos três fatores: o aval de jogadores considerados pilares do elenco, além de forte apoio do empresário Giuliano Bertolucci, um dos mais influentes do país, e até mesmo de Dorival Júnior.

Quando Dorival assumiu o lugar de Rogério Ceni, em julho de 2017, Diniz passou a ser visto quase diariamente no CT da Barra Funda. Amigo do então comandante, ele ganhou livre acesso nas dependências do clube. Na época, o ex-técnico do Audax estava desempregado e acompanhava as atividades do São Paulo para se manter próximo do mercado da bola e aproveitava a chance para trocar ideias com o colega de profissão.

Os dois ficaram amigos ainda quando Dorival dirigiu o Santos — os dois se enfrentaram na final do Paulistão 2016, com Diniz à frente de um sensacional Audax. O relacionamento segue até hoje, não sendo raros os momentos em que um peça conselho para o outro. Nesse período, Diniz costumava sentar no banco de reservas e observar bem de perto os jogadores. Daí, surgiu até seu interesse pela contratação de Lucas Perri, goleiro reserva do São Paulo, pelo Guarani, time que comandou no fim de 2017.

Ao considerar Diniz uma opção, integrantes do departamento de futebol também acharam importante ouvir a opinião de jogadores apontados como líderes do elenco. Nesta hora, o nome do escolhido ganhou ainda mais força para o Tricolor. Afinal, as referências eram positivas de quem já tinha trabalhado com ele, como Tchê Tchê, ou de quem o conhecia por referência de outros colegas.

Além do experiência do dia a dia do São Paulo e da palavra dos atletas, o treinador contou a ser favor com a força de Giuliano Bertolucci, agente de diversos jogadores candidatos à seleção brasileira, como o zagueiro Marquinhos ou mesmo o atacante David Neres, ex-São Paulo. Hoje muito influente no Morumbi, ele foi o responsável por conduzir as rápidas negociações com o departamento de futebol assim que Cuca pediu demissão.

O empresário chegou a ser persona non grata nos bastidores do Tricolor em 2009, quando Juvenal Juvêncio era o presidente do clube por causa. A rusga foi criada devido à saída forçada do meia Oscar. Nos últimos anos, Bertolucci, com toda a sua força no mercado, voltou a tratar com dirigentes Tricolor. Até se tornar responsável pela milionária transferência de Neres para o Ajax. Por isso, tem bom trânsito tanto com o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, quanto com o executivo de futebol, Raí, e o gerente executivo, Alexandre Pássaro.

 

Fonte: Uol

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