São Paulo só empata, mas segue na Sul-Americana

Foi mais perigoso do que o torcedor poderia prever, mas o São Paulo obteve nesta quarta-feira a classificação para as quartas de final da Copa Sul-americana. Em duelo apitado pelo confuso árbitro Julio Quintana, que deixou de marcar faltas e pênaltis, o time brasileiro garantiu a vaga com fraco empate sem gol, no Morumbi, depois de ter empatado o confronto de ida por 1 a 1, no Equador, em setembro.

O adversário será conhecido nesta quinta-feira, dia em que Emelec e Universidad de Chile voltam a se enfrentar, desta vez no Equador. Ojogo de ida, em Santiago, terminou 2 a 2.

Antes de voltar a se concentrar na Sul-americana, o São Paulo retoma a concentração noCampeonato Brasileiro, pelo qual tem compromisso no sábado, diante do Sport, no Recife. A competição nacional é outro meio da equipe de tentar se classificar para a Copa Libertadores depois de dois anos ausente do torneio.

Nesta quarta-feira, sem Luis Fabiano, vetado por conta de incômodo muscular na coxa esquerda, o técnico Ney Franco escalou Ademilson em seu lugar. E foi o jovem atacante, mesmo sem grande brilho, quem protagonizou as melhores oportunidades antes do intervalo.

A primeira saiu aos 12 minutos. Ele recebeu passe dentro da área, fez o corte no marcador e foi derrubado, porém o árbitro entendeu que ele havia se jogado e não marcou pênalti. Quatro minutos depois, ele chegou a driblar o goleiro Palacios e empurrar para a rede, só que a jogada já havia sido paralisada por impedimento.

O goleiro equatoriano, a propósito, chamou atenção. Não apenas por ter somente 1,75m, mas também pelo uniforme. Assim como o antigo titular, Alvarado, que já havia atuado com uma camisa do Arsenal na fase anterior da competição, o titular desta noite jogou com uma camisa verde sem escudo e com fornecedor diferente do que cede o material à LDU, muito provavelmente de improviso.

A baixa estatura, entretanto, não o impediu de fazer grande defesa aos 21 minutos, quando Ademilson, mais uma vez, recebeu passe de costas para a área, girou sobre a marcação e arrematou no canto direito. Palacios se esticou e espalmou para escanteio, evitando a abertura do placar. Quatro minutos mais tarde, saltou para desviar belo chute de Osvaldo, mas a bola foi direto para fora.

Sem ameaçar a meta defendida por Rogério Ceni, já que se posicionava atrás da linha do meio-campo e arriscava chutes apenas de longa distância, a equipe visitante se destacava pela marcação. Algumas vezes com força excessiva, como aos 42 minutos, quando Vera acertou o braço no peito de Ademilson na lateral direita e recebeu cartão amarelo.

Vera ainda acertou o braço também em Paulo Miranda, aos 46 minutos, dentro da área. O árbitro sinalizou confusamente para dentro da área, dando impressão de que havia dado pênalti. Rogério Ceni até caminhou para a cobrança, mas, assim que se desfez a confusão, o paraguaio Julio Quintana esclareceu que sua marcação era tiro de meta a favor da LDU, sendo alvo de reclamação dos são-paulinos.

Além do goleiro, que é capitão da equipe, e dos demais jogadores do São Paulo, também o diretor de futebol do clube, Adalberto Baptista, subiu ao gramado. Muito vaiada pela torcida, o trio de arbitragem não deu atenção à pressão e desceu ao vestiário cercado por policiais.

A segunda etapa começou da mesma forma, sem alterações e com o time visitante esperando os ataques do São Paulo, ainda que o empate sem gol fosse desfavorável. O time da casa aceitou a proposta de jogo e foi para cima, mas tinha pouca criatividade para furar a marcação adversária.

O grande momento da LDU poderia ser aos 19 minutos, quando o São Paulo fez linha para deixar Fábio Renato em impedimento, mas o brasileiro desistiu da jogada e deu condição a Feraud. O meia correu em direção à área, mas foi derrubado pelo último homem da zaga, e o árbitro não deu falta. Quatro minutos depois, Rogério Ceni teve que se virar para espalmar cobrança de falta que atravessou a área sem desvio.

O técnico Ney Franco colocou Willian José no lugar de Ademilson aos 31 minutos. O substituto teve pouco tempo para tirar o zero do placar. A única bola perigosa defendida por Palacios saiu dos pés de Osvaldo. Rogério Ceni, por sua vez, deixou de passar sustos e, sem ser vazado pelo quinto jogo seguido no Morumbi, viu a classificação se confirmar com o apito final.

FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 0 X 0 LDU DE LOJA

Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 24 de outubro de 2012 (quarta-feira)
Horário: 22h (de Brasília)
Árbitro: Julio Quintana (PAR)
Assistentes: Carlos Caceres e Dario Gaona (ambos do Paraguai)
Cartões amarelos: Osvaldo, Wellington (São Paulo); Larrea, Vera, Cumbicus (LDU)

Público: 15.208 pessoas
Renda: R$ 326.533,00

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rafael Toloi, Rhodolfo e Cortez; Wellington, Denilson e Jadson (Douglas); Lucas, Osvaldo e Ademilson (Willian José)
Técnico: Ney Franco

LDU DE LOJA: Palacios; Gómez, Vera, Cumbicus, Hurtado; Larrea, Mosquera, Uchuari (Wila), Feraud; Alcívar e Fábio Renato
Técnico: Paúl Vélez

 

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