O São Paulo não terá mais semanas livres para treinar, caso avance para a fase de grupos da Copa Libertadores e até as finais do Paulistão.
Da estreia do Paulista, neste sábado, às 19h30, contra o Mirassol, no Pacaembu, até a primeira final do estadual, no dia 14 de abril, o São Paulo fará 25 jogos em um intervalo de 85 dias. Ou seja, média de uma partida a cada pouco mais de três dias.
Essa maratona só será confirmada se o time passar dos dois mata-matas antes da fase de grupos da Copa Libertadores (Talleres e um outro rival) e avançar nas eliminatórias do Paulistão (quartas de final e semifinais).
Ou seja:
- 4 jogos de mata-mata em duas fases antes da fase de grupos da Copa Libertadores
- 4 jogos pela fase de grupos da Libertadores
- 12 jogos pela primeira fase do Paulistão
- 5 jogos pelas quartas de final, semifinais e primeira final do Paulistão
Neste caso, a próxima semana livre seria entre as finais do estadual (veja abaixo a tabela completa da maratona Tricolor).
Maratona do São Paulo
Data | Adversário | Competição | Local |
19/01 | Mirassol | Paulistão | Pacaembu |
24/01 | Novorizontino | Paulistão | Jorjão |
27/01 | Santos | Paulistão | Vila Belmiro |
31/01 | Guarani | Paulistão | Pacaembu |
03/02 | São Bento | Paulistão | Pacaembu |
06/02 | Talleres-ARG | Libertadores (1ª fase – ida) | Córdoba |
09/02 | Ponte Preta | Paulistão | Moisés Lucarelli |
13/02 | Talleres-ARG | Libertadores (1ª fase – volta) | Morumbi |
16/02 | Corinthians | Paulistão | Arena Corinthians |
19, 20 ou 21/02 | Palestino ou Independiente Medellín* | Libertadores (2ª fase – ida) | a definir |
23/02 | RB Brasil | Paulistão | Morumbi |
26, 27 ou 28/02 | Palestino ou Independiente Medellín* | Libertadores (2ª fase – volta) | a definir |
02/03 | Bragantino | Paulistão | Nabi Abi Chedid |
06/03 | Internacional* | Libertadores (fase de grupos) | Morumbi |
10/03 | Ferroviária | Paulistão | Morumbi |
13/03 | River Plate* | Libertadores (fase de grupos) | Monumental de Nuñez |
17/03 | Palmeiras | Paulistão | Morumbi |
20/03 | São Caetano | Paulistão | Anacleto Campanella |
24/03 | a definir* | Paulistão (Quartas de final – ida) | a definir |
26/03 | Alianza Lima* | Libertadores (fase de grupos) | Morumbi |
31/03 | a definir* | Paulistão (Quartas de final – volta) | a definir |
03/04 | a definir* | Paulistão (Semifinais – ida) | a definir |
07/04 | a definir* | Paulistão (Semifinais – volta) | a definir |
09/04 | Internacional* | Libertadores (fase de grupos) | Beira-Rio |
14/04 | a definir* | Paulistão (finais – ida) | a definir |
*Algumas datas poderão sofrer alterações
Com 16 dias de pré-temporada, o preparador físico Carlinhos Neves explicou o trabalho realizado nos Estados Unidos e como vai lidar com a maratona de jogos.
– Sempre voltamos a questão do calendário mal elaborado e muito mal distribuído. Em alguns meses se joga oito ou nove partidas, e em outros quatro jogos. Enquanto não distribuir melhor a densidade de jogos teremos problemas. Temos de saber lidar com ele. Acho que o São Paulo lidou bem nesse início. Foi muito importante ir para os Estados Unidos. Apesar de não ter vencido os jogos, voltamos mais fortes, consistentes e organizados. E com essa semana aqui no Brasil a probabilidade de uma boa estreia existe – disse Carlinhos Neves.
– É conduzindo competição a competição, rodada a rodada, seja qual campeonato for, com um elenco capaz de suportar essa maratona. E aí vai caber à comissão técnica saber rodar esses jogadores no momento certo, aproveitando o potencial de todos. Temos muitos jovens no elenco. Isso pode ser um facilitador – completou.
Carlinhos Neves, André Jardine e o auxiliar Sandro Forner em treino do São Paulo — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net
Com larga experiência no São Paulo e sete títulos conquistados no clube (dois Paulistas, três Brasileiros, uma Libertadores e um Mundial), Carlinhos Neves acredita que só com o rodízio de jogadores é possível enfrentar essa maratona.
– Não existe (outra forma), porque o tempo de recuperação é muito curto. O número de horas entre as partidas não possibilita que os jogadores se recuperem plenamente. Se não colocar jogadores em boas condições, esses jogadores vão ter desgaste, contusões e queda de rendimento. Não é só físico e fisiológico. É mental também. Há viagens, principalmente de Copa Libertadores, com logísticas difíceis – disse.
– Vamos ter de ter competência, habilidade e experiência para saber escolher sempre aqueles em melhores condições para aquele determinado jogo – afirmou.
Por outro lado, apesar de aprovar o rodízio, Carlinhos Neves diz entender a importância de manetr a espinha dorsal do time titular.
– É importante o time não perder sua estrutura, sua base. Alguns jogadores suportam mais a sequência de jogos. Outros não. Imagino que teremos sempre uma base e uma rodagem de quatro ou cinco jogadores, quando necessário. Imagino que nas partidas iniciais, não, mas tão logo comece a Copa Libertadores vamos precisar usar esse mecanismo. Não é nenhuma novidade. Na Europa fazem isso. Aqui no Brasil há alguns anos os clubes trabalham assim. O próprio São Paulo fez isso em muitas ocasiões. E é a única arma que se tem para combater esse calendário.
Fonte: Globo Esporte
Por favor: não me falem de calendário! O calendário é igual para todos. Se no primeiro semestre vai apertar um pouco para o tricolor, foi em virtude de não classificação direta para a Libertadores. Então … bola pra frente e vamos pensar positivo, porque cansaço tem para todos (também ganhando o que ganham…)