São Paulo dobra aproveitamento no returno e pode repetir “conquista”

Muricy Ramalho foi recontratado pelo São Paulo no início de setembro e reestreou na 20ª rodada, primeira partida do clube no segundo turno do Brasileirão. Desde então, o São Paulo dobrou o aproveitamento de pontos no campeonato. O índice de 31% na primeira metade pulou para 59% nos últimos nove jogos: campanha que dá à equipe o 4º lugar no returno e a esperança de repetir a conquista simbólica como melhor time da segunda metade do torneio.

Neste segundo turno, somente Cruzeiro (1º), Atlético-MG (2º) e Vitória (3º) têm aproveitamento de pontos superior ao do São Paulo de Muricy, que marcou 16 pontos em 27 disputados. O Vitória é treinado por Ney Franco, que em 2012 deu ao clube do Morumbi a conquista como melhor time na segunda metade do Brasileirão e que agora repete a boa campanha no comando de outra equipe.

Nesta quarta-feira o São Paulo enfrenta o Náutico, às 21h, no Morumbi. Caso vença, o time de Muricy Ramalho chegará a 19 pontos no segundo turno e ultrapassará, em dez jogos, o que foi feito nas 18 partidas da primeira metade do torneio.

Apesar da possibilidade de repetir a conquista, o São Paulo ainda concentra forças na luta contra o rebaixamento. Mesmo com a reação nas últimas rodadas, o time segue a dois pontos da zona da degola e não tem conseguido se distanciar dos quatro últimos colocados. Nas oportunidades em que deixou o grupo da lanterna, não conseguiu manter-se longe.

A briga contra o rebaixamento é foco até agora, às vésperas da 29ª rodada do Brasileirão, por conta do péssimo desempenho da equipe no primeiro turno do Brasileirão. O São Paulo terminou a primeira metade do campeonato em 18º lugar, melhor apenas que Náutico e Ponte Preta. O time conquistou só 18 pontos de 57 possíveis.

A equipe começou o Brasileirão sob o comando de Ney Franco, que caiu após seis jogos. Milton Cruz, coordenador técnico, assumiu e perdeu duas partidas. Foi então que Paulo Autuori, campeão mundial e da Libertadores em 2005 pelo clube, foi contratado para livrar o time do perigo que parecia irreal. Mesmo assim, não houve sucesso. Em meio à pressa e ao desgaste por conta da excursão para o exterior – para a disputa das Copas Audi, Eusébio e Suruga -, e do consequente desgaste físico, a equipe não conseguiu evoluir e teve resultados ainda piores. O presidente Juvenal Juvêncio optou, então, por mais uma troca de treinador. Ele não consultou outros membros da diretoria antes de demitir Autuori.

Muricy Ramalho, comandante desde o início do returno, herdou o desgaste físico, mas não precisou enfrentar viagem ou maratona de jogos imposta pela remarcação de jogos. Independentemente dos obstáculos, conseguiu fazer o time jogar melhor, encontrou uma formação que repete há oito jogos e fez o time conquistar o dobro dos pontos que vinha conquistando.

Internamente, o elenco não gostou da demissão de Autuori, que tinha o trabalho elogiado em todos os setores do clube. Jogadores gostavam da proximidade do técnico, que fazia reuniões individuais e coletivas com frequência e era adepto da conversa para tentar resolver todos os problemas. Agora, no entanto, parte do elenco reconhece que a atitude mais rígida de Muricy Ramalho foi importante para tirar o São Paulo do péssimo momento vivido no fim do primeiro turno.

 

Fonte: Uol

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