Rojas segue na fila por transplante e sonha com retorno ao futebol

Já faz dois anos e meio que o ex-goleiro Roberto Rojas, de 56 anos, aguarda por um transplante de fígado, necessário após o chileno contrair hepatite C. Neste período, ele vive em tratamento e espera na fila para o dia em que, enfim, poderá ser operado. Enquanto isso, Rojas tenta levar a vida de forma normal. E sonha com um retorno ao futebol – apesar de não querer ser técnico, função que exerceu no São Paulo em 2003.

“Fiz exames de rotina, o médico viu um pouco de alteração no exame de sangue e agora eu estou em casa descansando. Estou na fila para o transplante já faz dois anos e meio com tratamento em andamento. Os médicos estão me tratando muito bem neste sentido, e estou esperando a possibilidade do transplante. Não é fácil, doença é doença, mas estamos levando, lutando…”, afirmou o ex-goleiro, ao UOL Esporte.

Em fevereiro deste ano, o UOL revelou o problema de saúde de Rojas. A hepatite C é uma doença que atinge o fígado de uma pessoa e pode provocar fortes inflamações. Ela é viral (vírus VHC) e adquirida, na grande maioria dos casos, por contato com sangue ou transfusões, possibilidade esta apontada pelo chileno – ele realizou uma operação de vesícula há cerca de 15 anos e acredita ter sido esse o momento de contágio.

Apesar da longa espera para poder realizar a cirurgia, não há como se prever uma data para o procedimento. De acordo com o ex-goleiro, a qualquer momento o telefone pode tocar para ele se apresentar no hospital. Não há sequer a garantia de que será neste ano.

“Isso depende de como a fila anda, depende da compatibilidade do doador, depende de muitos fatores. Os médicos estão trabalhando e a qualquer momento eu vou fazer.  Agora, se vou fazer este ano, depende de tudo isso que falei, a fila tem que andar. O que os médicos estão fazendo agora é me mantendo bem para ter condições lá na frente”, explicou.

Enquanto segue tratando de seu problema, o chileno ainda sonha em retornar ao futebol – seu último trabalho foi como preparador de goleiros do Sport (PE), em 2009. Um ano depois, teve a hepatite C diagnosticada. Ser treinador, como foi no São Paulo em 2003, não está em seus planos.

“Sim, claro, sempre tem (o sonho de voltar). A gente tem que se preparar e se sentir bem primeiro. Agora a prioridade é a minha saúde. Depois, o que vai acontecer lá na frente é outra coisa”, declarou.

“Vai depender das condições em que eu esteja. Tem tantas outras coisas para se fazer em volta ao futebol. Treinador é muito desgastante, não tenho saco para trabalhar como técnico. Tem que ser uma pessoa muito especial. Hoje em dia, o futebol está complicado. O problema é quem manda no futebol. Depois, tem que manter a torcida contente com bons resultados. Enfim são tantos detalhes no futebol que não dá, não dá”, completou.

Apesar de não ter sido procurado por ninguém da diretoria do São Paulo para oferecer ajuda diante do problema de saúde, Rojas diz não guardar mágoas. Tanto é que não descarta voltar ao clube paulista se, por acaso, retornar ao futebol.

“Não fico chateado. Não tem nada a ver. Trabalhei um bom tempo no São Paulo, me ajudaram muito, mas a fase acabou. Agora o clube não tem nada a ver com as pessoas que o comandam hoje. Pelo clube sou agradecido, mas com os diretores atuais eu não tenho contato nenhum. O fato de eu ter trabalhado lá não significa que eles têm um compromisso comigo e eu com eles. Claro (que pensa em voltar), mas depende das pessoas, das condições de trabalho, depende de vários fatores”, finalizou.

 

Fonte: Uol

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