Rigidez da Conmebol frustra capricho de Calleri e pode tirar a 5 de Lugano

No dia em que anunciou a contratação de Diego Lugano, em 11 de janeiro, o São Paulo já avisou à torcida que o uruguaio voltaria a vestir a camisa 5 do clube. O Tricolor foi além e iniciou campanha de marketing misturando o apelido de Diós com o número usado pelo ídolo entre 2003 e 2006. Há, porém, uma pequena chance do zagueiro ser obrigado a escolher outra camisa na disputa da Copa Libertadores da América.

Pelo regulamento da Conmebol, os participantes da fase preliminar do torneio podem inscrever até 25 atletas, contra 30 da fase de grupos. Dentro disso, é obrigatório preencher exatamente os números de 1 a 25 com os nomes a serem enviados no início da semana que vem.

E é aí que mora a preocupação tricolor. Ainda em processo de reequilíbrio muscular, Lugano poderia ser preservado dos embates com o Cesar Vallejo (PER) nas duas próximas semanas, mas a inscrição na Libertadores pode ser acelerada porque não é permitido deixar números vagos na lista e nem alterá-los durante a competição. Caso isso aconteça, será computada uma troca ou adição de jogador (cinco entram para a fase de grupos).

A rigidez da Conmebol só não trará tanto prejuízo porque o elenco do São Paulo está reduzido. Edgardo Bauza conta efetivamente com 27 jogadores, sendo que Lyanco está fora da fase preliminar para jogar a Libertadores Sub-20. A última vaga a ficar livre para Lugano poderia ser de um dos quatro laterais-esquerdos. Mena tem sido titular e Carlinhos agrada pela versatilidade. A disputa, então, poderia ficar entre Reinaldo e Matheus Reis.

Mas se Lugano tem caminhos para escapar e continuar com a 5, outros não terão a mesma sorte, a começar por Jonathan Calleri. O argentino começou a carreira no All Boys e passou pelo Boca Juniors com a camisa 27, que já havia sido pedida por ele no Tricolor. Sem poder ultrapassar a 25, de Hudson, Jony terá de se contentar com outro número em seu uniforme.

Esperar uma classificação diante do Cesar Vallejo para inscrever Calleri somente para manter o número da sorte do atacante é algo impraticável, já que ele foi contratado para resolver na Libertadores. E não importa o número às costas, mas sim o curto contrato de até seis meses.

Confira as camisas do elenco do São Paulo:

DENIS – 1
O número não era usado desde 2007, quando Ceni passou a vestir a 01. Antes, Denis usou 24, 22 e 12.

RENAN RIBEIRO – ?
No amistoso contra o Cerro, voltou a usar a 30 depois de vestir a 28 em 2015, mas a Liberta permite até a 25.

LÉO – ?
De contrato renovado, já foi 40, 24 e 12, número que pode cair em seu colo já que Renan Ribeiro não o aprecia.

BRUNO – 2
Depois de um ano com a 22, escolheu a tradicional camisa de laterais-direitos e que era de Rafael Toloi.

AURO – ?
Desde que foi promovido em 2014, o lateral-direito já vestiu a 26 e a 27, alvo do argentino Calleri.

RODRIGO CAIO – 3
Na temporada em que completa cinco anos no profissional, seguirá com a 3. Já vestiu a 25 e a 7.

LUCÃO – 4
No profissional desde 2013, o zagueiro começou com a 34, passou para a 30 e tomou o número de Matheus Reis.

LUGANO – 5
Desde 2006, o número foi de Miranda, Wellington e Souza. Clube criou a marca Dio5 pela relação com o ídolo.

BRENO – ?
Em 2007 e no ano passado, usou a 33, número vetado na Liberta. Contra o Cerro foi 18, mas pode mudar para 22.

LYANCO – ?
Outro que terá o número barrado na Liberta, o 34. Fora da fase preliminar, terá mais tempo para pensar em outro.

CARLINHOS – 6
O lateral-esquerdo manteve o número do ano passado, embora tenha começado com a 16 em 2015.

REINALDO – 16
Repetirá a camisa pelo 3 ano, apesar de ter usado a 26 entre a chegada de Carlinhos e a saída de Alvaro Pereira.

MENA – 21
A camisa foi usada por Edson Silva entre 2014 e 2015. O ala também poderia ter usado a 2, que veste no Chile.

MATHEUS REIS – ?
Quando subiu em 2015, ganhou o número 4, que era de Antonio Carlos, e que agora foi passado para Lucão.

WESLEY – 11
Depois de usar a 19, aproveitou a saída de Pato para pegar a 11, com a qual atuou em Santos e Palmeiras.

THIAGO MENDES – 23
Destaque do time em 2015, viu a 8 ser oferecida, mas preferiu seguir com o mesmo número do último ano.

HUDSON – 25
O marcador utiliza a mesma camisa desde que foi contratado após o Campeonato Paulista de 2014.

JOÃO SCHMIDT – ?
Já foi 28 no passado, mas usou a 36 na temporada passada, algo que não poderá ocorrer na Libertadores.

MICHEL BASTOS – 7
Ganhou o número quando em chegou em 2014 e Rodrigo Caio havia operado o joelho esquerdo em agosto.

PH GANSO – 10
Maestro inicia a 2 temporada como 10. Em 2012, 2013 e começo de 2014, usou a 8 devido à presença de Jadson.

DANIEL – 29
O armador disputou apenas duas partidas no ano passado e já sofreu pequena lesão muscular em 2016.

KIEZA – 9
Carrega a responsabilidade de usar o número que pertenceu a Luis Fabiano nos últimos cinco anos no Tricolor.

WILDER – 13
Número de azar para alguns, a camisa tem sido usada por Wilder desde o Toluca (MEX) e era de Paulo Miranda.

ALAN KARDEC – 14
Escolheu o número ainda nos tempos de Palmeiras para homenagear o ídolo francês Thiery Henry.

ROGÉRIO – 17
Ganhou a camisa que foi usada por Jonathan Cafu e é uma das esperanças de gols para esta temporada.

CENTURIÓN – 20
O argentino completa um ano de clube e usou a mesma camisa desde a chegada. No Racing, foi 36, 26 e 10.

CALLERI – ?
Como no All Boys e no Boca, argentino queria usar a 27, mas lista da fase preliminar da Liberta só aceita 25 nomes.

Fonte: Lance

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