Personagem, Aloísio diz que não é marqueteiro e brinca: ‘É voadeira?’

O atacante Aloísio se transformou em garoto-propaganda do São Paulo após conquistar definitivamente a torcida do clube com empenho acima da média em campo, comemorações agressivas e engraçadas e, claro, alguns gols importantes. Agora personagem de ação e marketing do São Paulo, ele assumiu o apelido Boi Bandido para vender camisas e promover iniciativas do clube, mas diz que não é marqueteiro.

Nesta semana, logo após os três gols do atacante sobre o Internacional na vitória de domingo por 3 a 2, o São Paulo lançou a campanha “Segura o Boi”, com ilustrações em mídias sociais e agora camisa promocional. Para o jogador, uma honra. Membros do departamento de marketing do clube contam que ele “pulou como uma criança” ao saber da ideia, dias atrás.

Famoso agora por aplicar chutes aéreos nas comemorações dos gols do time – não necessariamente dele –, Aloísio diz não saber se o movimento se chama voadora ou voadeira e tem de responder até para mãe os questionamentos sobre as comemorações exóticas. Solteiro e sozinho na capital paulista, Aloísio se comunica com a família, que ainda mora em Santa Catarina, por telefone. Na melhor fase da carreira, ele se diz realizado profissionalmente neste momento. O atacante afirma que hoje nada o tira do São Paulo.

Autor de seis gols nos últimos três jogos, Aloísio permanecerá no time titular nesta quarta-feira, no confronto contra o Atlético Nacional (COL), pelas quartas de final da Copa Sul-Americana, mesmo com o retorno do concorrente Luis Fabiano. Eles atuarão lado a lado.

UOL Esporte: Você tem marcado gols e agora virou até personagem de ação de marketing por conta da relação com a torcida. O pensa sobre esse momento e como está aproveitando?
Aloísio:
 Estou aproveitando da melhor maneira. Durante este ano tivemos muitos pontos negativos durante o campeonato, e procurei transformá-los em pontos positivos agora. Fiquei sem marcar em algumas partidas. Agora a gente tem que aproveitar esse momento nosso, depois de tanta coisa ruim. O principal é que as vitorias continuem. Agora as coisas começaram a caminhar bem.

UOL Esporte: O que pensou sobre a ação que o clube fez? Achou que as voadoras poderiam virar algo tão chamativo?
Aloísio:
 Não, não achei. Na hora, no calor do jogo eu fiz a voadora… Voadora? Voadora ou Voadeira? Voadeira, né? Não… Voadora! Os torcedores gostaram, todo mundo gostou, e começamos a fazer gols. Estávamos numa fase não muito legal, mas começou a acontecer. Depois me mostraram a foto da camisa [da ação de marketing], fiquei muito feliz, gostei para caramba. Nunca pensei que um clube teria essa capacidade de fazer uma camiseta para mim. É um orgulho tremendo, um clube da grandeza do São Paulo me colocar numa camiseta e fazer uma ação dessas, só tenho a agradecer.

UOL Esporte: E o que sua família e amigos têm achado de toda essa repercussão?
Aloísio: 
Minha mãe sempre antes dos jogos me liga para desejar boa sorte, sempre depois dos jogos me liga feliz, pelas vitórias, pelos gols e pelas brincadeiras. Na cidade, o pessoal liga, comenta e ela gosta, fica feliz. Ela mora com meu padrasto e com meu irmão em Timbé do Sul, perto de Araranguá, onde eu nasci. Isso me deixa feliz. Ela perguntou: “Que negocio é esse de voadora que tu inventou?” Aí falei que fiz no Figueirense uma vez ou duas, e que agora voltou e voltou legal.

UOL Esporte: Muitos jogadores ficam marcados pelo marketing ou pelo carisma. Você pensou que poderia se tornar um jogador midiático ao fazer isso?
Aloísio: Não, nem tinha o pensamento de fazer isso. Foi sem querer, no calor do jogo. Se fizer outras vezes e a torcida gostar, vou continuar, mas não por marketing. Fiz porque estava feliz e vou continuar fazendo pela minha felicidade, pela felicidade das outras pessoas. Vou continuar.

UOL Esporte: Isso já te rendeu algum convite para participar de anúncios publicitários, ou aproximação de patrocinadores?
Aloísio: 
Não, está louco? (risos). Nem vai acontecer. Isso é uma coisa nossa. Tudo na vida a gente tem que ver se vai ser bom, tem que saber relevar bastante coisa. Isso é mais para a minha alegria e para o meu torcedor.

 

Fonte: Uol

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