Participativo no ataque, Hudson diz que recebe mais liberdade de Bauza

Desde que assumiu o comando do São Paulo, em dezembro, o técnico Edgardo Bauza tem pedido mais comunicação entre os jogadores dentro de campo. Ele ainda vê no sistema defensivo uma fragilidade que preocupa. No entanto, o meio de campo tem mostrado evolução e maior produtividade se comparado a 2015 e tem começado a agradar o Patón, como o treinador é conhecido. Nos dois primeiros jogos oficiais sob o comando do argentino, contra RB Brasil, pelo Paulistão, e César Vallejo, do Peru, pela Libertadores, Hudson, Thiago Mendes, Ganso e Michel Bastos se revezam na armação das jogadas, tornando o time mais ofensivo com volantes que sobem ao ataque.

Hudson São Paulo (Foto: Erico Leonan / site oficial do SPFC)Hudson em treino do São Paulo na Barra Funda (Foto: Erico Leonan / site oficial do SPFC)

– Tenho mais liberdade. O Bauza tem uma característica diferente do (Juan Carlos) Osorio, que não gostava que saíssemos da frente dos zagueiros. Já com o Bauza não tem essa, posso revezar a subida com o Thiago – afirmou Hudson, um dos três titulares que enfrentam o Água Santa neste sábado, às 17h, pelo Campeonato Paulista.

 Para o comentarista da TV Globo Caio Ribeiro, a nova postura dos volantes traz maior movimentação e mais dinâmica para o time. Caio destaca que Hudson, além de cobrir as subidas dos laterais, teve espaço e liberdade para ir à frente.

– Ficou muito claro no segundo tempo do jogo (contra o César Vallejo) que o Hudson teve uma importância tática muito grande para poder liberar (os laterais) Mena e o Bruno, sem deixar o São Paulo desprotegido. Nos dez primeiros minutos do segundo tempo, ele já tinha chegado ao ataque três vezes. Quem ganha com isso é o time. No futebol moderno os volantes precisam participar mais. Eles não podem se limitar à marcação, principalmente quando tem um adversário mais fechado.

Mas Caio lembra que o time, por mais ofensivo que seja, não pode descuidar da defesa.

– Na defesa, tudo passa por um sincronismo de movimentos. Pode acontecer situação de jogo em que os dois (volantes) se apresentam, e o Mena pode segurar na função de terceiro zagueiro. Isso é treinamento e repetição até encaixar a forma e aparecer de forma automática. Quando atingir esse status o São Paulo vai crescer muito.

Juliano Bellettti, comentarista do SporTV, acha ampla liberdade aos jogadores de marcação no meio pode ser muito arriscado, principalmente contra times mais fortes.

– O que o Hudson falou vai de encontro ao que o Bauza disse logo que chegou, que o São Paulo era taticamente desorganizado e precisava se preocupar mais com o sistema defensivo. Em cima disso, ele não pode liberar os volantes para subir toda hora. Todo mundo é ofensivo nesse time. Alguém tem de marcar. É legal ver contra um time tecnicamente inferior, mas contra um time bom não vai dar para os dois volantes saírem. O certo seria ir um por vez e não passar da linha de bola, não querer receber em profundidade na frente  – disse Belletti.

Bauza comandou o São Paulo em dois jogos oficiais. Nos dois, o resultado foi o mesmo, empate em 1 a 1. Depois da partida deste sábado, o Tricolor enfrenta novamente o César Vallejo, do Peru, pela primeira fase da Taça Libertadores, na próxima quarta-feira – os ingressos estão à venda para o jogo no Pacaembu.

Fonte: Globo Esporte

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