Ofensividade e vibração preocupam o São Paulo na ausência de Ganso

A transformação de Paulo Henrique Ganso sob o comando de Edgardo Bauza é inquestionável. Após o comandante argentino revelar que seu objetivo era fazer o camisa 10 do São Paulo retornar à Seleção Brasileira, o meia deixou de ser aquele jogador lento e displicente que tanto irritou os torcedores no passado. A importância de Ganso fará com que o Patón trabalhe dobrado para que o time não sinta a falta do atleta no clássico desse domingo, contra o Santos, na Vila Belmiro.

Suspenso pelo terceiro cartão amarelo que recebeu na vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo-SP, na última quarta-feira, Ganso desfalcará o São Paulo pela primeira vez no ano. Ele iniciou seis partidas do Paulistão como titular e entrou no segundo tempo de todas as outras em que foi preservado por conta do desgaste físico. Com o meia em campo, o Tricolor ganhou em ofensividade e conseguiu criar boas chances de gol – embora nem sempre o ataque tenha convertido as oportunidades.

Só no Estadual foram quatro gols anotados pelo camisa 10 – ele marcou outros dois na Copa Libertadores e assumiu a artilharia isolada do time no ano. Pelo Paulistão, Ganso também acertou duas assistências para gol e 12 passes para finalizações, segundo estatísticas do site Footstats. Ao arriscar à meta, o meia emplacou 11 conclusões certas e oito que passaram longe do goleiro. Ao todo foram 384 passes que o jogador distribuiu para os companheiros.

Nos treinos de sexta-feira, Bauza voltou a aplicar o esquema tático com dois pontas abertos pelas laterais do campo e indicou a presença de Daniel no lugar ocupado por Ganso. O camisa 8 ainda não marcou gols, mas nos três jogos em que esteve em campo deu três assistências para finalizações, chutou duas vezes ao gol e acertou 86 passes. Além de se esforçar para equiparar os números do principal jogador são-paulino no ano, Daniel também terá de mostrar uma postura vibrante e que contagie o setor ofensivo do Tricolor.

A mudança na personalidade de Ganso foi a que mais chamou a atenção dos torcedores. O meia tem interagido mais com os companheiros e demonstrado mais garra durante as partidas. No gol marcado no empate por 1 a 1 contra o River Plate, pela Copa Libertadores, o jogador correu toda a extensão do gramado gritando até dar um efusivo abraço em Michel Bastos, que estava no banco de reservas.

Na última vitória contra o Botafogo-SP, o empenho de Ganso em ajudar na marcação custou o terceiro amarelo que o tirou do San-São. Minutos depois, ele acertou o passe pelo alto que Calleri concluiu para o gol. De acordo com o meia Michel Bastos, que retorna ao time após se recuperar de contusão, a vibração adotada por Ganso é o que os torcedores esperam de todos os jogadores do elenco. “Temos que botar a cara para bater. Precisamos nos cobrar e assumir a responsabilidade. Quem está dentro de campo não pode fugir disso”, afirmou.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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