Leco e Ceni podem se ajudar na eleição presidencial do São Paulo

Presidente interino do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, mais conhecido como Leco, falou nesta condição pela primeira vez na última quinta-feira, no Morumbi. O dirigente prometeu continuar investigando as denúncias que levaram Carlos Miguel Aidar, seu antecessor, a renunciar ao cargo. E também tocou no nome de Rogério Ceni. Consciente ou não, pode ter dado aí um grande passo para realizar seu sonho e, ao mesmo tempo, dar um fim de carreira à altura do goleiro.

– Quero devolver ao São Paulo a alegria de sempre. Quero parar de falar de problemas menores e políticos para falar naquilo que celebraremos muito proximamente como a despedida de Rogério Ceni, nosso mito. Falar do orgulho que todo são-paulino sente pelo clube – disse Leco.

A menção ao maior símbolo do São Paulo foi feita depois que Ceni demonstrou apoio público a Barros e Silva, após a derrota de 2 a 0 para o Fluminense, na última quarta-feira, no Maracanã.

– É hora de talvez eles (dirigentes) sentarem no São Paulo e escolherem o próprio Leco para ocupar esse restante de mandato, um ano e meio que ainda falta para acabar. Isso é importante para que possa se tocar um trabalho com mais calma – afirmou Ceni.

A fala do capitão não é pouca coisa. Desde 2006, quando Juvenal Juvêncio voltou à presidência, Ceni externa, sem alarde, sua posição política. Às vésperas da eleição, vestiu amarelo, cor da chapa da situação, da qual Leco sempre fez parte. Juvenal venceu e, no jogo seguinte, o gesto se repetiu. Se repetiria inclusive até a eleição de Aidar.

A diferença é que o goleiro nunca teve boa relação com o ex-presidente. Aidar era contra a renovação do contrato do goleiro, feita em julho. Coube ao departamento de marketing amarrar o acordo que permitiu Ceni jogar até o fim do ano.

Já o goleiro foi importante no processo de queda, ao pedir publicamente que as polêmicas fossem esclarecidas. Fez isso mais de uma vez antes de Aidar renunciar. Líder.

Ceni ainda pode ganhar um motivo maior para apoiar Leco: a entrada de Paulo Amaral como candidato. Foi o ex-presidente que questionou uma proposta do Arsenal levada pelo goleiro em 2001. Desde então, o capitão se recusa a falar do dirigente. Não seria nada agradável tê-lo no fim da carreira.

O nome de Amaral é um dos cogitados pela oposição. No entanto, hoje o cenário aponta mais para Leco como candidato único. Neste caso, Ceni não teria problema.
Fonte: Lance

Um comentário em “Leco e Ceni podem se ajudar na eleição presidencial do São Paulo

  1. Que triste saber que Rogerio se presta a ser cabo eleitoral. Se continuar assim, após sua aposentadoria, cairá na vala comum. E caso esteja pensando em se misturar com essa gente, será odiado e seu passado será irrelevante. Veja o Doriva, outrora campeão do mundo, hj técnico questionado com apenas um jogo.

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