Apesar das inúmeras polêmicas relacionadas à gestão e fortes acusações relatadas por conselheiros a partir de um e-mail de Ataíde Gil Guerreiro, o presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, avisou a importantes cardeais do clube nesta quinta-feira que não renunciará e cumprirá seu mandato até abril de 2017.
Na reunião, da qual participaram ex-presidentes e dois influentes conselheiros (Ives Gandra e Antonio Claudio Mariz), Aidar surpreendeu os presentes por mostrar certa indiferença com o conturbado momento político. Os cardeais pretendiam aconselhar o presidente a renunciar ao cargo, mas a ideia foi abortada rapidamente.
– Ele está aparentemente muito tranquilo, com planos novos. Ele acha que agora vai ter a oportunidade de reorganizar a diretoria. Afastando-se das amarras que ele tinha, o grupo que o elegeu, reorganizar tudo – afirmou José de Mesquita Pimenta, ex-presidente do clube e presidente do Conselho Consultivo.
O conselheiro disse que os presentes na reunião não sabiam das acusações partidas de um e-mail de Ataíde Gil Guerreiro, que agrediu Aidar na última segunda-feira e deixou o clube na terça. No entanto, segundo Pimenta, Aidar não parece dar importância às polêmicas.
– Sinceramente, não (se Aidar admite que errou em algum momento). Ele não reconhece nada, mesmo algumas falhas, pois ninguém é infalivel. Fala que não há nada de má fé, que pudesse prejudicar o mandato – afirmou.
Pimenta disse que o presidente minimizou a briga com Ataíde Gil Guerreiro e que Aidar afirmou ter sido motivada por um “mal-entendido”. No entanto, relatos de conselheiros que tiveram acesso ao e-mail enviado por Ataíde a Aidar dão conta de que o entrevero foi por conta de uma comissão sobre um jogador da Portuguesa de nome Gustavo.
– Ele falou que o Ataíde se alterou, foi pra cima dele, separaram, Ataide estava bastante nervoso. Não disse o motivo, falou apenas em algum mal-entendido, nada que reconhecesse alguma ofensa – declarou o ex-presidente, que foi afastado do clube em 1994 por suspeita de envolvimento na venda do atacante Mário Tilico.
Por fim, perguntado se achava que Aidar teria condições de seguir administrando o São Paulo, Pimenta citou até a presidenta Dilma Rousseff:
– Você deve ter uma sensibilidade maior que a minha, tudo muito difícil, dirigir futebol em temperatura. A pressão negativa… Acho dificílimo. A gente tem expectativa, esperança, cumprindo mandato. Talvez a Dilma (presidenta da República) também esteja dando motivos diferentes. E ele vai recompor também. Ele acha que tem liberdade para reorganizar – concluiu Pimenta.
Fonte: Lance
Tudo faz de conta.
Quando não se quer resolver nada, convoca-se reuniões para debates sucessivos até que as coisas fiquem exatamente como estão. Foi e continua assim com o PT; é e vai continuar assim no SPaulo. Alguém aí acredita que essa reunião de advogados, todos muito ricos; todos muito famosos; vai servir para acabar com a boquinha de um dos seus? Conversa. Espírito de corpo. Houvesse alguém ali que não sabia das falcatruas e fosse bem intencionado, no mínimo entraria com um processo penal para apuração dos fatos, principalmente agora que um dos envolvidos, não sei até que ponto, abriu o bico em um e-mail. E não se estaria discutindo o impedimento ou renúncia do Aidar; estaria, sim, discutindo sua prisão , que é o lugar que ele merece. Ele não roubou só o clube; ele roubou, principalmente, a ilusão e a alegria de milhões de torcedores são-paulinos. E, para este crime, não existe perdão…
Cara… se é tão difícil assim de arrancar um cara desse do poder, é porque essas regras estão muito mal feitas, ou feitas bem demais pra manter essas porcarias onde estão. Já passou da hora de rever isso tudo.
O problema é que quem poderá rever estas regras, estatutos, são os próprios…