Elenco pede, e diretoria fica mais presente no cotidiano do Tricolor

Os jogadores do São Paulo tiveram talvez a pior experiência de suas carreiras durante 2015 no que se refere à relação com a diretoria de um clube. Após começarem o ano bem, viram o técnico ser trocado quatro vezes, oito jogadores serem negociados e, no ápice das trapalhadas, troca de agressões entre dirigentes, que culminaram na renúncia de Carlos Miguel Aidar ao cargo de presidente. Vacinados, pedem que isso passe longe de acontecer na atual temporada.

A princípio, os jogadores fizeram pedidos internos para que os membros da cúpula tricolor fossem mais presentes no cotidiano de treinos, não só nos jogos. Aidar, por exemplo, nunca conquistou a simpatia dos atletas por dificilmente aparecer no CCT da Barra Funda. Usualmente, ele só comparecia ao local de treinamentos em ocasiões específicas: eventos da diretoria e apresentação de atletas/treinador.

“Fechados”, como eles próprios dizem, com Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, os jogadores fizeram questão de pedir essa presença constantes dos diretores no treinamento. Para os são-paulinos, principalmente os mais influentes dentro do elenco, esse contato direto com os superiores é essencial na busca pelo sucesso.

“Primeiro, quero pedir que eles estejam ao nosso lado em todo momento, presentes, para que a gente possa ter um ano vitorioso”, afirmou o zagueiro Rodrigo Caio, que pôde trocar ideias tanto com o mandatário quanto com o executivo de futebol, Gustavo Vieira de Oliveira, nos três trabalhos realizados pelo grupo em 2016.

“Não é só dentro de campo que as coisas se resolvem, o que acontece fora influencia bastante também”, avaliou o jogador, indo de encontro a uma lógica propagada durante 2015. Na ocasião da grave crise política que vivia o clube, a maioria preferiu seguir o caminho de que “o que acontece na diretoria pouco importava”. O motivo era evitar que isso atrapalhasse na briga por uma vaga na Libertadores, algo que, no final, acabou dando certo.

Para Rodrigo, a diretoria tem cumprido seu papel desde a eleição de Leco, no dia 27 de outubro, restando apenas compensar as perdas do último ano. “Infelizmente, no ano passado perdemos jogadores de qualidade, mas tenho certeza que a diretoria está correndo atrás para repor essas peças. Espero que eles possam ter um ano iluminado para ajudar a gente também dentro das quatro linhas”, encerrou.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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