Diretoria do São Paulo barrou compra de Dória por problemas financeiros

A diretoria do São Paulo barrou na terça-feira (21), em reunião, a contratação do zagueiro Dória, do Olympique de Marselha, da França, devido ao momento financeiro delicado. Depois de ter duas ofertas recusadas pelos franceses, encaminhou-se um acordo pela contratação do jogador de 20 anos com proposta de 6 milhões de euros (R$ 20,9 milhões) por 100% dos direitos econômicos. O endividamento e o caixa vazio do clube, no entanto, fizeram com que a operação do departamento de futebol fosse vetada por parte da cúpula.

O São Paulo iniciou as conversas com o Olympique de Marselha oferecendo 5 milhões de euros (R$ 17,5 milhões) por 80% dos direitos econômicos do atleta. Após recusa, foram oferecidos os mesmos 5 milhões de euros por 60% dos direitos econômicos. Segundo apurou a reportagem, o clube francês indicou que só faria negócio se os direitos fossem comprados totalmente. A oferta final de 6 milhões de euros (R$ 20,9 milhões) por 100% dos direitos econômicos, então, foi encaminhada. A proposta salarial ao atleta foi de R$ 350 mil mensais.

A tendência, pelo que o São Paulo obteve de informações, era que a proposta fosse aceita, mesmo sendo proporcionalmente menor às anteriores. Apesar de não ter admitido abertamente, a verba para a contratação viria do diretor de marketing Vinicius Pinotti – ele nega –, mesmo que deu o aporte para a contratação do argentino Ricardo Centurión.

A diretoria são-paulina não falou abertamente sobre a participação de Pinotti porque temia receber notificação da Fifa por supostamente descumprir a nova lei válida desde 1º de maio que impede a participação de investidores  em direitos econômicos de jogadores. Nesse molde, porém, Pinotti concederia um empréstimo ao clube e a verba seria destinada pelo departamento de futebol à contratação de Dória – o dirigente não teria qualquer participação nos direitos do atleta e o clube não descumpriria a norma da Fifa.

O problema atestado por parte da diretoria é que, em algum momento, o clube teria de pagar pelo empréstimo. E, neste momento, não é possível acumular mais uma dívida e, especificamente, tão grande. Neste ano o São Paulo chegou a dever quatro meses de direito de imagem aos jogadores e sofre agora com o descumprimento do pagamento ao Orlando City no empréstimo de Kaká. Além disso, o clube antecipou parte das receitas de contratos de marketing e televisão.

Sem a chegada de Dória, o saldo do último mês no elenco do São Paulo é a saída de seis jogadores e a chegada de apenas um reforço: Paulo Miranda, Denilson e Souza foram vendidos, Dória não ficou após o empréstimo, Ewandro foi emprestado ao Atlético-PR e Jonathan Cafu tem venda encaminhada ao Ludogorets, da Bulgária; o colombiano Wilder Guisao, atacante recomendado pelo técnico Juan Carlos Osorio, foi contratado por empréstimo de um ano.

 

Fonte: Uol

2 comentários em “Diretoria do São Paulo barrou compra de Dória por problemas financeiros

  1. Nossa, que engraçado. Acho que 18 milhões de reais poderiam ser usados para contratar um zagueiro necessário para o clube, ao invés de ser pago em comissão para o vice presidente né?
    Ainda bem que temos pessoas comprometidas com o bem do clube na direção.

    Mas vamos lá, o problema do São Paulo é o técnico.

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