Ceni por Ceni: relembre frases do ídolo do São Paulo de 1990 a 2015

Quem é Rogério Ceni? Chato, simples, vencedor, caseiro, velho… Tudo isso na voz do próprio Rogério Ceni. Ou melhor, de vários Rogérios Cenis. que, ao longo do tempo, fincaram o pé no Morumbi, fizeram história com seus recordes e mudaram bastante. Este vídeo, um monólogo de anos e anos do goleiro (veja acima), mostra que sua maneira de lidar com os companheiros mudou, assim como a chatice, o tamanho das entradas do cabelo, a lista de feitos… Só mesmo as declarações de amor ao São Paulo se mantiveram intactas.

“Time do meu coração”, “maior alegria da vida”… São expressões que Ceni sempre usou para se referir ao Tricolor, do qual se despediu, ao menos como goleiro, neste fim de temporada.

– Não poderia de forma alguma fazer parte de outra história que não fosse a do São Paulo.

Ao mesmo passo em que os traços envelheceram, o tom de voz mudou. Não que Ceni tenha ficado menos enfático, mas talvez calcule melhor as palavras. Fruto da maturidade. Ainda com carinha de menino, ele dizia que já se sentia um vencedor, que para um goleiro era até mais fácil cobrar faltas, e cogitava, pasmem, vestir outra camisa.

Rogério Ceni São Paulo (Foto: Marcos Ribolli)Rogério Ceni, em 2015, ao GloboEsporte.com: “Eu não sou maior do que ninguém” (Foto: Marcos Ribolli)

Quem conhece o Rogério fominha, que deseja jogar tudo a todo instante, pode imaginar o suplício que foi passar quatro anos no banco de reservas, ainda que do amigo Zetti.

– Ficar na reserva no ano que vem é difícil. Se ficarem com o Zetti, tenho certeza que vão entender meu lado, deixando que eu saia para jogar em outro clube – disse Ceni, no segundo semestre de 1996.

Zetti saiu, Ceni ficou. E em 2007, no gramado do Morumbi, comemorando o pentacampeonato brasileiro, revelou que já pensava no momento da aposentadoria.

– Às vezes acho que está na hora de ir embora, mas…

Mas Rogério não foi. Ainda ganhou o hexa do Brasileiro em 2008 e a Sul-Americana em 2012, e chegou a 131 gols na carreira até que chegasse o momento de pendurar luvas, chuteiras e órfãos corações são-paulinos.

– Eu não sou maior do que ninguém. Eu me sinto convicto de que, no tempo em que estive aqui, eu fiz o melhor que podia em todos os sentidos.

 

Fonte: Globo Esporte

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