Bauza cobra revisão da pena de Calleri e manda delegado “calar a boca”

O técnico Edgardo Bauza ficou indignado com a briga que acarretou na expulsão do atacante Jonathan Calleri após o São Paulo empatar por 1 a 1 com o Strongest, na quinta-feira, em La Paz. Ao desembarcar no Brasil, na sexta-feira, o treinador fez críticas ao comportamento dos atletas adversários e à inação das autoridades bolivianas que estavam no estádio Hernando Siles. Ele disse que a Conmebol tem a obrigação de revisar o cartão vermelho que o artilheiro argentino recebeu durante a confusão.

Calleri foi expulso após levar um soco de um jogador do Strongest. Ele estava comemorando a classificação às oitavas de final no centro do gramado quando os atletas do time boliviano iniciaram um tumulto para tentar agredi-lo. Como a Conmebol não divulga as súmulas das partidas, a diretoria tricolor enviará uma representação para que sejam conhecidos os motivos que levaram o juiz chileno Roberto Tobar a expulsar o atacante.

“O que me molesta é a injustiça. O árbitro disse que Calleri havia dado um golpe. Isso é mentira. Calleri não fez absolutamente nada. Ele levou um golpe”, afirmou Bauza, que acusou o Strongest de ter iniciado a confusão. “Não quero dar nomes, mas nós sabemos que eles começaram todo o problema. Espero que [a Conmebol] possa ser justa na hora de suspender. A afirmação de que Calleri deu um golpe é mentirosa. Espero que o comitê executivo analise isso e decida o que fará com a sanção”.

O Patón reiterou que não teve acesso à súmula do confronto e defendeu a reação de Calleri em meio à briga. “Por isso quero ver o informe oficial. O árbitro pode ter escrito outra coisa. Foi uma reação imediata. Calleri estava tentando se defender do golpe que havia recebido. Vamos ver, a diretoria do clube fará o necessário para que a Conmebol veja o que se passou no jogo”.

Ainda na Bolívia, o técnico chegou a dizer que estava “enojado” com o tumulto. Ele reforçou as críticas em sua chegada ao Brasil. “Eu não tenho ideia dos motivos que fizeram o juiz expulsar Calleri. Para mim, ele já havia se equivocado ao mostrar o vermelho ao Denis. Ele não conseguiu administrar os últimos minutos. Nem ele, nem o quarto árbitro e nem a polícia”.

O site do canal ESPN reportou que um dos delegados da partida creditou a expulsão de Calleri às provocações que o argentino teria feito aos rivais bolivianos. Bauza ficou indignado com a declaração. “O delegado da Bolívia tem que calar a boca e se preocupar com o problema que eles começaram”, esbravejou.

À Rádio Güemes, da Argentina, o Patón relatou que a polícia boliviana acertou um golpe de cassetete na sua cabeça durante a briga. Relatos de atletas indicaram que Centurión e Michel Bastos também foram agredidos em meio à confusão. O preparador físico José Di Leo foi outro são-paulino que teria apanhado dos rivais bolivianos e da polícia. Segundo o diretor executivo Gustavo Vieira de Oliveira, a diretoria já está elaborando a representação que questionará na Conmebol os incidentes ocorridos em La Paz.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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