Baby descarta saída de Zubeldía e cobra diretoria: “Não é brincadeira”

O São Paulo vive um momento complicado dentro dos gramados. Apesar de já estar classificado às quartas de final do Campeonato Paulista, o Tricolor passa por um jejum de cinco jogos sem vencer e desempenha um futebol abaixo do esperado. Em função disso, o trabalho de Luis Zubeldía começou a ser criticado e questionado.

Devido à má fase, surgiram rumores de que o São Paulo já estaria de olho em Fernando Diniz para substituir o argentino. No entanto, tal troca foi prontamente descartada por Henrique Gomes, o Baby, presidente da Torcida Independente, principal organizada tricolor.

“O Diniz não virá para o São Paulo neste momento. O São Paulo Futebol Clube não é o ping-pong da diretoria de futebol. É fácil mandar o Zubeldía embora agora como fez com o Rogério Ceni, né. Mandaram o Rogério Ceni embora, nós fomos contra a demissão do Rogério, passaram dois anos e a diretoria contratou o Rogério novamente. Assim foi com o Crespo, a gente foi contra a demissão do Crespo também, com o Carpini ficamos até a última também. E agora com o Zubeldía. Isso aí é feio, cara. A diretoria colocando técnico em xeque aí, soltando informação para a imprensa de que o Diniz está próximo do São Paulo. Diniz foi um cara que eu até aprendi a gostar, mas hoje ele não é técnico para o São Paulo. Vai vir o Diniz ‘pra’ quê, cara? Se tivesse algo para mandar o técnico (Zubeldía) embora, eles teriam que ter mandado no último jogo do Campeonato Brasileiro”, disse Baby em entrevista ao canal Arnaldo e Tironi, no YouTube.

“O que eu posso falar para vocês sobre o Zubeldía é que há anos eu não via um técnico vibrar dentro de campo, dar carrinho, querer vencer e querer ganhar. O trabalho do Zubeldía é questionável? Sim, é questionável, como foram os dos últimos técnicos que passaram pelo São Paulo. Só que o São Paulo vem numa reformulação, vai mandar o técnico embora agora? Para trazer o Diniz, que já veio e não deu certo? Negativo. O São Paulo não é bolinha de gude. A diretoria do São Paulo, sabe o que eles fazem? Eles jogam na mídia o seguinte: ‘Diniz é o técnico do São Paulo’. Sabe por que eles fazem isso? Para ver a aceitação do torcedor. Mas nós não estamos enganados não”, completou.

 

Também não faltaram críticas e cobranças de Baby aos dirigentes e conselheiros do clube. O líder da Independente direcionou seus questionamentos especialmente ao diretor de futebol, Carlos Belmonte, e ao presidente Julio Casares.

“Senhor Belmonte, você tem que vir e dar as caras aqui. Eu não falo nem tanto do Julio (Casares), porque o Belmonte é o diretor de futebol do São Paulo. Você tem que vir hoje e falar assim: ‘Zubeldía é o nosso técnico. A gente confia no Zubeldía’. Essa informação do Diniz, espero que não tenha sido planejada por vocês aí dentro, porque com os outros técnicos que caíram foi sempre assim. Vocês jogam a informação para ver se o torcedor abraça e a culpa de vocês passa batido, porque o problema agora é o Zubeldía, né? Mas a gente sabe que o problema não é o técnico”, apontou.

“A relação deles (jogadores) com o treinador é a melhor possível. Tanto que nas entrevistas deles, eles sempre falam que estão fechados com o trabalho do Zubeldía. Eles sentem firmeza no trabalho. Eu acho que a situação do técnico tem muito a ver com a diretoria de futebol do São Paulo. Eu acho que eles tentaram fritar o técnico lá dentro para querer encaixar um outro treinador, um outro tipo de perfil. Acredito que não venha dos jogadores”, complementou.
Falta de transparência e planos para o clube

Baby também mencionou a falta de transparência da diretoria e dos conselheiros para com o torcedor do São Paulo. O presidente da Independente mencionou temas em que detalhes fazem falta, como a reforma do Morumbis e o FIDC para reestruturação de dívidas.

“Eu tenho que ser transparente. Eu não posso viver de sonho. A reforma do Morumbi vem desde lá debaixo, dos refletores, Morumbi 50 anos, a reforma da cobertura. Eu acho que o São Paulo não tem nada concreto ainda, nem do FIDC, nem da reforma. São coisas que aparecem, mas não tem nada firmado, nada assinado. Eu acho que o presidente também não quer colocar a cara dele. Imagine ele falando que a reforma está garantida e no final não tem a reforma. Já temos um plano do investidor, aí chega na hora e o investidor não assinou. Não adianta os conselheiros ficarem bravos lá dentro e dizerem que não estão sabendo de nada. Quem vota são eles, cara. O São Paulo é fechado entre eles lá, cara. Infelizmente, hoje não são os 22 milhões de torcedores que podem exigir algo, que podem reivindicar algo. O São Paulo, hoje, é uma bolha fechada em 260 conselheiros”, comentou o líder da organizada.

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