Aidar e Juvenal estão brigados, mas conseguem vitória juntos no São Paulo

Carlos Miguel Aidar e Juvênal Juvêncio, atual e ex-presidente do São Paulo, não têm feito muitos esforços para esconder que estão brigados. Mesmo sendo agora inimigos declarados, conseguiram uma importante vitória, que beneficia os dois, na Justiça: o caso é o da mudança de estatuto feita por Juvenal, que permitiu que ele ficasse oito anos à frente do clube.

Foi Juvenal que escolheu Aidar para sucedê-lo, mas a amizade dos dois era bem mais antiga. Em 2011, Juvenal decidiu promover a mudança do estatuto: o novo texto diz que o presidente tem direito a dois mandatos de três anos, o que permitiu a segunda reeleição do ex-presidente. Quem preparou e escreveu a mudança foi o advogado e amigo Carlos Miguel Aidar. “Se for bom para o São Paulo, que o Juvenal fique 200 anos”, disse Aidar, na época.

A medida revoltou vários conselheiros oposicionistas, que acionaram a Justiça. Em primeira instância, chegaram a obter uma vitória; o São Paulo, porém, conseguiu reverter a decisão em recurso. Durante muitos anos, quem advogou pelo clube a favor da mudança foi o próprio Aidar.

Derrotados em segunda instância, os conselheiros não tiveram alternativa a não ser recorrer ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal, cortes máximas da Justiça no Brasil. A vitória de Aidar e Juvenal foi publicada na semana passada: os dois recursos foram considerados descabidos e negados.

No direito brasileiro, existe um recurso contra essa decisão que negou outro recurso, mas, agora, as possbilidades de que a mudança de estatuto promovida por Juvenal e Aidar seja anulada são praticamente nulas.

Se isso acontecesse, aliás, seria desastroso pra ambos: o ex-presidente teria questionada toda a validade de seu terceiro e último mandato. O atual poderia se forçado a ficar apenas dois anos no comando do São Paulo, ao invés de três.

O caso da mudança de estatuto tem tudo para ser a última batalha travada por Juvenal Juvêncio e Carlos Miguel Aidar na qual os dois estão do mesmo lado. A relação entre eles está deteriorada, e as trocas de farpas públicas, através da imprensa, são constantes. Por isso, essa vitória, eles certamente não vão comemorar juntos.

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