Ademílson joga bem, mas busca por parceiro de Luis Fabiano persiste

Com a venda de Lucas para o Paris Saint-Germain e a má fase de Osvaldo, que não marca desde fevereiro, o São Paulo aboliu de vez o esquema 4-2-3-1. Ney Franco insistiu no sistema o quanto pôde, Paulo Autuori arriscou e Muricy Ramalho também experimentou, mas o isolamento de Luis Fabiano no comando do ataque acabou de vez com a paciência do técnico.

No último sábado, no triunfo por 3 a 2 sobre o Vitória, o treinador resolveu apostar em Ademílson e restaurou o 3-5-2. A intenção era aproximar o segundo atacante de Fabuloso e deixar que as jogadas pelas pontas fossem feitas pelos ofensivos laterais Douglas e Reinaldo. O jovem criado em Cotia correspondeu bem no primeiro e criou as melhores chances da equipe. Na etapa complementar, mesmo caindo de rendimento, acertou bela enfiada de bola para o camisa 9 marcar.

“Tentei fazer aproximar alguém. Estou procurando um parceiro para ele, para dividir as atenções. Ficam dois zagueiros nele, um pegando e um na sobra. Com dois caras abertos ele ficava muito isolado, você olhava para a área e só chegava um. Coloquei o moleque para chegar mais próximo e ele foi bem até um bom tempo, mas depois cansou por estar sem jogar e ter entrado numa fogueira (foi substituído por Aloísio)”, analisou o comandante, que já testou Osvaldo, Welliton e Aloísio na função.

O trabalho de Muricy para vencer o Vitória, entretanto, não se restringiu aos treinamentos no CT da Barra Funda até a última sexta-feira. Segundo o técnico, os jogadores ficaram muito abalados com o gol de empate dos baianos no primeiro tempo, principalmente pela irregularidade na cobrança de pênalti de Juan, e precisaram ser orientados com frieza antes do retorno para o gramado.

“O técnico às vezes tem que pegar pesado, como fiz quinta-feira, mas hoje (sábado) não. Pegar pesado toda hora não adianta nada, tem que tentar arrumar o time. Não é nem motivar, mas sim arrumar. Posicionei o time novamente para não abaixar a cabeça. Se você exige demais, a resposta não vem pelo esgotamento físico e mental. Eles não dormem, não comem direito, só pensam nisso (fugir do rebaixamento) e é nessa situação que precisa do vigor físico”, finalizou.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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